Senhor, já estou velho e de cabelos brancos, não me desampares até que tenha anunciado o teu poder a toda esta nova geração.
“Sairei na força do Senhor DEUS, farei menção da Tua justiça, e só dela.” - Salmos 71:16
No Salmo 71, encontramos a “Súplica de um ancião” que diz: “Não me rejeites na minha velhice; não me abandones quando se vão as minhas forças. Pois os meus inimigos me caluniam; os que estão à espreita juntam-se e planejam matar-me” (Salmos 71:9,10). Spurgeon nomeia este salmo como sendo o SALMO DO CRENTE IDOSO. Ele retrata a fé de alguém que depois de tantas experiências vive pela confiança e fé em Deus. Daquele que em sua jornada de vida foi fortalecido pelo Senhor - de quem adquiriu um longo e extraordinário conhecimento. Por conta de sua vasta experiência de vida com Deus, ele tem certeza de uma resposta graciosa, sua certeza é tal, que ele promete magnificar grandemente ao Senhor.
Isso me faz lembrar dos
últimos dias de Billy Graham, o maior evangelista do nosso século, que precisou
deixar o seu ministério por conta dos muitos problemas de saúde. Ele sofreu da
doença de Parkinson por muitos anos, acrescentou-se ainda ao seu estado um
quadril e uma pélvis quebrada, câncer de próstata e a instalação de uma derivação
em seu cérebro para controlar o excesso de fluido.1
Isso se passa na vida de um
homem reconhecidamente por todos como o maior evangelista do nosso século, “um
homem de Deus”, que amou a Deus durante toda sua vida, alguém que
certamente podia dizer: “Desde o ventre materno dependo de ti; tu me
sustentaste desde as entranhas de minha mãe. Eu sempre te louvarei! Tornei-me
um exemplo para muitos, porque tu és o meu refúgio seguro” (Salmos
71:6,7). “Desde a minha infância me tens ensinado, ó Deus. E sempre até
aqui tenho anunciado as maravilhas que tens feito”. (Salmos 71:17). Fico a imaginar a sua agonia em querer continuar “anunciado as maravilhas
de Deus” mas, estar limitado pela degradação contínua de seu corpo; contudo expressando a gratidão por envelhecer e, o lamento por não mais ter
condições de exercer o seu ministério.
Temos, aqui, o registro do
lamento de uma pessoa que sofreu forte adversidade durante a sua vida nesta
terra. Lemos o relato de perseguições, doenças, calamidades e provações, tais
como: ‘"Deus o abandonou", dizem eles; "persigam-no e
prendam-no, pois ninguém o livrará"’ (Salmos 71:11). “Livra-me,
ó meu Deus, das mãos dos ímpios, das garras dos perversos e cruéis” (Salmos
71:4). Certo é que esses inimigos caluniadores que planejam matar”
o servo de Deus, não resistem ao poder da Palavra de Deus: “Homem que
planejava matar Billy Graham se entregou a Jesus ao ouvir pregação”2.
Por essas e outras: “eu sempre terei esperança e te louvarei cada vez
mais. A minha boca falará sem cessar da tua justiça e dos teus incontáveis atos
de salvação” (Salmos 71:14,15).
Certamente existem muitos motivos para lastimar, entretanto muito mais para agradecer: “Falarei dos teus feitos poderosos, ó Soberano Senhor; proclamarei a tua justiça, unicamente a tua justiça” (Salmos 71:16). Assim ele mantém a sua confiança no Senhor buscando ainda mais íntima comunhão com Deus, comunhão construída desde sua infância. O tempo pintou de branco os cabelos de sua cabeça, testemunho da sua fidelidade: “O cabelo grisalho é uma coroa de esplendor, e se obtém mediante uma vida justa” (Provérbios 16:31).
Sua súplica está alicerçada
em suas experiências do passado: “Pois tu és a minha
esperança, ó Soberano Senhor, em ti está a minha confiança desde a juventude”
(Salmos 71:5). Diante desta convicção, seu desejo é viver o suficiente para
instruir as próximas gerações a experimentar ter uma íntima comunhão com
Deus: “Agora que estou velho, de cabelos brancos, não me abandones, ó
Deus, para que eu possa falar da tua força aos nossos filhos, e do teu poder às
futuras gerações” (Salmos 71:18).
Essa intimidade o faz ver
que, apesar das intempéries da vida, ele só tem a agradecer a Deus pelos momentos de lutas e persistentes tribulações: “Tu, que me fizeste
passar muitas e duras tribulações, restaurarás a minha vida, e das profundezas
da terra de novo me farás subir” (Salmos 71:20). Tais experiências só
reforçam a certeza de que: “Tu me farás mais honrado e mais uma vez me
consolarás” (Salmos 71:21). Porque o mesmo Deus restaurou a sua vida,
trazendo-o de volta das profundezas da terra, consolando e honrando-o diante de
todos: “Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me
honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice”
(Salmos 23:5).
Diante de tão grandiosa
honra - apesar das limitações físicas de um ancião, ainda resta uma coisa a
fazer: proclamar, a quem possa ouvir, um louvor exaltando a fidelidade Divina:
“E eu Te louvarei com a lira por Tua fidelidade, ó meu Deus; cantarei louvores
a Ti com a harpa, ó Santo de Israel. Os meus lábios gritarão de alegria quando
eu cantar louvores a Ti, pois Tu me redimiste. Também a minha língua sempre
falará dos Teus atos de justiça (Salmos 71:22-24a). pois “Tua
justiça chega até as alturas, ó Deus, tu, que tens feito coisas grandiosas.
Quem se compara a ti, ó Deus?” (Salmos 71:19).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
1 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Billy_Graham
3 - https://www.europanet.com.br/billygraham/index.php?
BILLY GRAHAM - A Caminho de Casa - "Neste livro, convido você a explorar comigo não apenas os desafios da vida que enfrentamos ao envelhecer, mas também a esperança, a plenitude e a alegria que experimentamos e aprendemos ao olhar para esses anos a partir da perspectiva de Deus, descobrindo a Sua força para nos guiar, dia após dia. Desejo que você e eu possamos aprender não apenas a envelhecer, mas, com a ajuda de Deus, a envelhecer com graças e dignidade." - Billy Graham.
Glorias a Deus! Já pensou em colocar estas reflexões no YouTube e no Instagram- IGTV! Pense nisso! Ore a respeito!!
ResponderExcluirObrigado querido amigo, ore por nós, vamos pensa e ver como viabilizar as meditações nestes canais, abraço.
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