Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. (Tiago 5:17)
Antes de partir, nosso Senhor expressou a seguinte preocupação: “quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?" (Lucas 18:8).
Tal interrogação deve perturbar o espírito de todo filho de Deus, a ponto de repensar se verdadeiramente está “vivendo pela fé”.
Eu particularmente, vejo com preocupação e serenidade, que a “apostasia da fé”, sem sombra de dúvidas, se faz real em nossos dias, e não estou falando de descrentes, mas de um ateísmo crescente em nossas igrejas, cultos dedicados a mamom, centrados no homem. E assim, as pessoas têm se afastado dos princípios do evangelho, tudo está ultrapassado: o culto, os louvores, a Palavra. A fé, antes uma confiança absoluta em Deus, agora tem explicação científica e já não mais é, “a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” (Hebreus 11:1). Já a muito tempo, temos nos tornado discípulos do discípulo incrédulo Tomé, a máxima espiritual do momento é “preciso ver para crer” “Os outros discípulos lhe disseram: "Vimos o Senhor! " Mas ele lhes disse: "Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei". (João 20:25).
Vejo com tristeza, que infelizmente, parecemos viver a ação de uma fé mais alinhada com a fé dos fariseus, saduceus, mestres e doutores da Lei, muito conhecimento teórico e total ignorância quanto ao relacionamento real com Deus. “Então lhe perguntaram: "Que sinal miraculoso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? Que farás? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto; como está escrito: ‘Ele lhes deu a comer pão do céu’". (...). Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. (...). E diziam: "Este não é Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como ele pode dizer: ‘Desci do céu’?"” (João 6:30-42). Como podemos ver, não adiantam todas as teorias bem-intencionadas sobre a fé que só aceitam experiências religiosas pessoais e pré-concebidas como “sinal miraculoso,” e coisas semelhantes como prova real e incontestável para que creiamos. Portanto “Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. (...). Vemos, assim, que foi por causa da incredulidade que não puderam entrar.” (Hebreus 3:12-19)
Em tempos de teorias bem-intencionadas, para muitos, somos vítima de uma ilusão, uma miragem em meio ao deserto, logo, nossa visão está distorcida da realidade. Entretanto, a Palavra Divina nos desafia a puramente crer: "Não tenha medo; tão-somente creia". (Marcos 5:36b). como podemos ver, a fé nos provoca, incita ao combate, lutar, guerrear contra o grande obstáculo que devemos superar: a falta de fé. Agora por que devemos lutar contra a falta de fé? Porque “foi por causa da incredulidade que não puderam entrar.” Por que devemos insistir na fé enquanto muitos a abandonam? “Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.” (2 Coríntios 5:7).
Hoje o nosso maior desafio é “vivermos por fé.” Lutando contra nós mesmos, contra a ausência de fé em nossas vidas. Para isso precisamos guerrear contra a perda de interesse nas coisas Divinas, resistindo diuturnamente e teimosamente em “crer”, sem duvidar, pois, “o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele". (Hebreus 10:38).
A fé genuína e pura agrada a Deus; já as mirabolantes teorias bem-intencionadas, são argumentos humanos que visam destruir a nossa fé e consequentemente o nosso relacionamento com Deus. Assim sendo, quando nós “vivemos pela fé,” nós é que: “Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.” (2 Coríntios 10:5). “Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.” (2 Coríntios 10:3,4).
Louvo a Deus, pois mesmo diante de toda incredulidade que enche os nossos corações, por conta de teorias bem-intencionadas, Ele, com grande misericórdia, toma a iniciativa de destruir todo e qualquer “argumento e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus”. Com amor Ele diz: "Não tenha medo; tão-somente creia". (Marcos 5:36b). A Tomé e seus incrédulos discípulos, que precisam “ver para crer”, Ele faz o que for necessário para que a fé renasça em seus corações, “E Jesus disse a Tomé: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia". Disse-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu!"” (João 20:27,28)
Hoje somos desafiados pela fé, a viver pela fé! Desafiados a “Destruirmos argumentos”, destruir fortalezas” da incredulidade galopante, reconstruindo os alicerces da fé em nossas vidas, usando para isso, a poderosa arma da fé, “crendo”, sem duvidar, pois, se “alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.” (Tiago 1:8). “Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor” (Tiago 1:7). “Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.” (Gálatas 5:16,17). Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno.” (Efésios 6:16).
Lembre-se: Viver pela Fé é maravilhoso e libertador. Portanto repita comigo: “Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos.” (Hebreus 10:39).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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