O SENHOR é o meu pastor, me sinto vivo na Casa de Deus. Ali sou abençoado ao desfrutar de uma comunhão íntima com Ele.

“Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver” (Salmos 23:6)



O que te faz feliz? Dinheiro, trabalho, uma casa nova, um carro zero, ser aceito em um grupo social, saúde? Você tem alcançado seu objetivo? Independente do que você tenha alcançado, certo é que ainda não se sente plenamente satisfeito. Ainda falta algo que o faça verdadeiramente feliz. Posso afirmar com toda convicção que, todos sem exceção buscam viver bem, buscam auto realização e alívio para os seus sofrimentos. Mas, infelizmente, nem todos conseguem alcançar a tão almejada paz interior “Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:11-13).

Hoje quero lhe apresentar a “bem-aventurança do contentamento”. Que consiste em aprender “o segredo de viver contente em toda e qualquer situação”. Segredo que revela a maneira vazia em que vivemos. Por querermos edificar a nossa vida em coisas perecíveis como prata ou ouro. E não alicerçada na certeza, convicção e confiança, em outas palavras: na Fé em Deus: “Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida” (Salmos 23:6a).

O segredo da fé

Quando as coisas vão mal em nossas vidas a primeira providência não é ir ao banco, hospital..., mas dizer: “Senhor tem misericórdia de mim”. Nós nos agarramos não em coisas materiais, mas na fé: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11:1). Nós não vemos a "misericórdia", a "bondade", o "amor". Mas, os sentimos em toda sua intensidade. Não como algo abstrato, mas real envolvendo nossas vidas. Por isso o salmista, após “andar por um vale de trevas e morte” (Salmos 23:4) e enfrentar os seus “inimigos” (Salmos 23:5), expressa sua felicidade dizendo: “Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida” (Salmos 23:6a).

A certeza  de que o "amor fiel", esse "amor infalível" nos cobriu, cobre e cobrirá enquanto vivermos, certeza avalizada pela “lealdade” e “fidelidade” amorosa, que não merecemos  do fiel e bom Pastor. Lealdade que se revela ainda mais surpreendente à luz da infidelidade e desobediência: "Mas foram desobedientes e se rebelaram contra ti; deram as costas para a tua Lei. Mataram os teus profetas, que os tinham advertido que se voltassem para ti; e te fizeram ofensas detestáveis. Por isso tu os entregaste nas mãos de seus inimigos, que os oprimiram. Mas, quando foram oprimidos, clamaram a ti. Dos céus tu os ouviste, e na tua grande compaixão deste-lhes libertadores, que os livraram das mãos de seus inimigos” (Neemias 9:26,27).

Graças ao próprio Deus, a nossa infidelidade não é parâmetro para “fidelidade” D’Ele, mas o Seu grande amor: “Mas TU ÉS UM DEUS PERDOADOR, UM DEUS BONDOSO E MISERICORDIOSO, MUITO PACIENTE E CHEIO DE AMOR. Por isso não os abandonaste, mesmo quando fundiram para si um ídolo na forma de bezerro e disseram: ‘Este é o seu deus, que os tirou do Egito’, ou quando proferiram blasfêmias terríveis. "Foi por tua grande compaixão que não os abandonaste no deserto. De dia a nuvem não deixava de guiá-los em seu caminho, nem de noite a coluna de fogo deixava de brilhar sobre o caminho que deviam percorrer“ (Neemias 9:17b-19). Diante disto o salmista declara: “O teu amor é melhor do que a vida” (Salmos 63:3a).

Uma coisa comum em nós é que conseguimos ver a perseguição imposta pelos nossos inimigos. Mas, mesmo crendo em Deus, não conseguimos enxergar a sua presença conosco. Quando o salmista, depois de tudo que passou, diz: “bondade e a fidelidade me ACOMPANHARÃO todos os dias da minha vida”; ou "seguirão"; ou ainda "estará comigo" na verdade o “acompanharão”, "seguirão"  tem um sentido mais aguerrido, o salmista está falando de uma busca ativa, uma perseguição, como um militar que persegue o seu inimigo, ou mesmo um caçador que persegue a sua caça. No bom sentido ficaria assim: “bondade e a fidelidade me PERSEGUIRÃO todos os dias da minha vida”.

Agora pare e pense! Quando você se sentia perseguido por seus inimigos, a “bondade e a fidelidade” de Deus também “Perseguia” você! A exemplo de Davi,  Volte agora seu olhar para tudo que aconteceu em sua vida, e veja quem está “perseguindo” você. Sim “perseguindo” você! E não permitindo que nada lhe falte”. Te conduzindo “em verdes pastagens”; àságuas tranquilas”. Dando-lhe “repouso” e “restaurando o vigor”; “guiando nas veredas da justiça”. Quando você andou “por um vale de trevas e morte”, certamente os seu inimigos te perseguiam para te fazer mal, mas Deus também te “perseguia” com bondade e a fidelidade, só por isso  podemos dizer: “não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem”. Não só protegeu, foi Ele quem preparou “um banquete” para nós “à vista dos” nossos “inimigos”. Nos honrando, “ungindo” a nossa “cabeça com óleo e fazendo transbordar” o nosso “cálice” (Salmos 23:1-5)

Portanto, em gratidão “voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver”. É como se Davi ao observar todos estes detalhes dissesse: vou tomar uma atitude: "Habitarei na casa do Senhor para sempre". Habitar na casa de Deus não tem nada a ver com ser um beato. Mas, viver uma vida de amor e fidelidade à Aliança. Viver uma vida diária de adoração verdadeira, porque “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (João 4:24).

Não quer dizer que devemos deixar de ir a “Casa de Deus”. Nem negligenciar os cultos realizados no templo. Hoje a “Igreja do Senhor”, sofre um ataque infernal, que procura desqualificar o culto no templo, seus dirigentes, liturgia e propósito. Os filhos do inferno dizem: “Você pode ser crente sem ir à Igreja”; Posso ser um cristão mesmo sem fazer parte da igreja”; “Não Preciso ir à Igreja para estar com Deus!”. Tal qual seu pai, eles usam de meias verdades - que são mentiras completas, para afastar você da comunhão dos santos. Satanás utilizou desta tática ao tentar Jesus. O próprio Jesus ao entrar na cidade ia a sinagoga e a templo. Por mais imperfeita que a Igreja seja, ela ainda é um local de refúgio, comunhão e adoração ao Deus vivo! Portanto: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia” (Hebreus 10:25). Por isso o salmista assevera: “voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver” (Salmos 23:6), visto que “Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar; prefiro ficar à porta da casa do meu Deus a habitar nas tendas dos ímpios” (Salmos 84:10), tanto é verdade que “Alegrei-me com os que me disseram: "Vamos à casa do Senhor!" (Salmos 122:1), pois “Quero contemplar-te no santuário e avistar o teu poder e a tua glória. O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão. Eu te bendirei enquanto viver, e em teu nome levantarei as minhas mãos” (Salmos 63:2-4).

Eis “o segredo de viver contente em toda e qualquer situação”! A “bem-aventurança do contentamento” saber que a “bondade e a fidelidade” de Deus nos “acompanharão todos os dias” da nossa vida.  E com o coração cheio de gratidão voltar à “casa do Senhor enquanto eu viver”. Só assim viveremos aqui na terra a experiência do que será nosso dias nos céus! "Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo. Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação; no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança sobre um rochedo. Então triunfarei sobre os inimigos que me cercam. Em seu tabernáculo oferecerei sacrifícios com aclamações; cantarei e louvarei ao Senhor" (Salmos 27:4-6).



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“Ó talvez alguma vida possas alegrar,
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).

No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

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