“Floresçam os justos nos dias do rei, e haja grande prosperidade enquanto durar a lua” (Salmos 72:7).
Na primavera florescem os campos, numa época de temperaturas amenas e moderadas, a natureza faz brotar flores e frutos em abundância, trazendo consigo prosperidade e beleza sem igual. Chama a atenção o florescer do brilho da alegria, crescente no rosto das pessoas: “Veja! O inverno passou; as chuvas acabaram e já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e chegou o tempo de cantar; já se ouve em nossa terra o arrulhar dos pombos. A figueira produz os primeiros frutos; as vinhas florescem e espalham sua fragrância. Levante-se, venha, minha querida; minha bela, venha comigo” (Cânticos 2:11-13).
A semelhança disto, podemos
dizer que os justos florescem mais em uma estação do que em outra. Ele passa a florescer
mais “nos dias do rei”. Quando está na presença do Senhor: “Moisés
depositou as varas perante o Senhor na tenda que guarda as tábuas da aliança. No
dia seguinte Moisés entrou na tenda e viu que a vara de Arão, que representava
a tribo de Levi, tinha brotado, produzindo botões e flores, além de amêndoas
maduras” (Números 17:7,8).
Na vida dos justos há abundância de
frutos, seu crescimento revela que está plantado em solo santo: “Mas eu
sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de Deus para
todo o sempre” (Salmos 52:8) e isso lhe garante abundância e
prosperidade: “Que os montes tragam prosperidade ao povo, e as colinas, o
fruto da justiça” (Salmos 72:3). “O fruto da justiça” da abundante
redenção, abundante perdão, abundante amor, abundantes promessas, abundância de
paz. Abundância do Espírito Santo, o Selo da paz.
Este é o fiel retrato do Reino
do Messias que nos faz lembra de “Como é feliz a nação que tem o Senhor
como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer!” (Salmos 33:12).
Feliz é a nação cujo rei é revestido de justiça e retidão: “Reveste da tua
justiça o rei, ó Deus, e o filho do rei, da tua retidão, para que ele julgue
com retidão e com justiça os teus que sofrem opressão” (Salmos 72:1,2).
Onde “Florescem os justos” e assim “Haja fartura de trigo
por toda a terra, ondulando no alto dos montes. Floresçam os seus frutos como
os do Líbano e cresçam as cidades como as plantas no campo” (Salmos
72:16).
Este Reino não é uma utopia! Ele é real e pode ser uma realidade em nossos dias. O salmo 72 é uma oração que
invoca as bênçãos de Deus sobre o rei que se assenta no trono: “Tenha o
rei vida longa! Receba ele o ouro de Sabá. Que se ore por ele continuamente, e
todo o dia se invoquem bênçãos sobre ele” (Salmos 72:15). Uma oração
incessante por aquele que está investido de poder sobre nossas vidas.
Temos aqui uma grande lição.
Muito embora Deus seja todo-poderoso, Ele nos dá o privilégio de lutarmos ao
Seu lado contra a injustiça imposta por aqueles que foram investidos de
autoridade; orando para que ele venha a governar com justiça e zelar pelo
bem-estar do povo e assim “Defenda ele os oprimidos entre o povo e
liberte os filhos dos pobres; esmague ele o opressor!” (Salmos 72:4). O
Senhor nos arregimentou para pelejarmos por meio de nossas orações, rogando que
todos os que governam, recebam dos céus sabedoria, submetam-se ao Seu Senhorio
a fim de caminhar em retidão e governar com justiça.
Quando tudo vai bem,
dificilmente nos lembramos de que devemos orar pelos que estão investidos de
autoridade. Entretanto quando encaramos problemas somos relembrados do conselho
Paulino que diz: “Aconselho-te antes de tudo, que se ore, que se suplique
e que se agradeça a Deus, intercedendo a favor de toda a gente, sem esquecer os
que governam e estão investidos de autoridade, a fim de que possamos viver em
paz e sossego, conformando a nossa conduta com a vontade de Deus, com
honestidade” (1 Timóteo 2:1) Quando o Apóstolo Paulo deu este conselho
a Timóteo - de orar pelos governantes o povo era governado por Nero, um rei
notadamente cruel, sobretudo com os cristãos. Em seu reinado a perseguição era
uma ameaça crescente para eles e a única forma de lutar contra a injustiça era
através da oração.
Sem sombras de dúvidas vivemos
hoje - dias de injustiça, corrupção, mas não devemos lastimar, antes precisamos
seguir o conselho do Apóstolo e o exemplo do salmista de rogar a Deus que dê
aos governantes a qualidade que mais almejamos: que eles sejam sábios e justos. Visto que, “Quando os justos florescem, o povo se alegra; quando os
ímpios governam, o povo geme” (Provérbios 29:2). Se realmente almejamos
um governo justo em nossa nação, devemos então rogar por Justiça e Retidão
clamando: Concede ao Rei, ó Deus, os teus juízos, uma oração pedindo pelas duas
mais importantes qualidades que almejamos em um governante – “justiça e
retidão”, que ele tema ao Soberano Rei e tenha como base o juízo divino
para agir com justiça, trazendo felicidade a um povo tão sofrido.
Portanto, ore por Domínio e
Paz. ‘Orem pela paz de Jerusalém: “Vivam em segurança aqueles que te
amam!”’ (Salmos 122:6); orem pela paz no Brasil para que “Vivam
em segurança aqueles que te amam!”.
Somos advertidos a orar em qualquer época por aqueles que estão investidos de autoridade em nossa nação e ao redor do mundo. Para que a justiça impere em seus reinos e assim possamos viver em paz e sossego, sem nos esquecer de rogar que eles sejam favoráveis à propagação do evangelho. Quando orar lembre-se: “A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tiago 5:16).
Por último ore para que “Floresçam os justos nos dias do rei, e haja grande prosperidade enquanto durar a lua” (Salmos 72:7). E assim o inverno passe rápido. Para que apareçam as flores sobre a nossa terra, e finalmente chegue o tempo de cantar: “Sejam abençoadas todas as nações por meio dele, e que elas o chamem bendito. Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único que realiza feitos maravilhosos. Bendito seja o seu glorioso nome para sempre; encha-se toda a terra da sua glória. Amém e amém” (Salmos 72:17-19).Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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