De uma coisa eu tenho certeza: Deus está do meu lado. N’Ele eu confio. Portanto andarei na Sua presença e não terei medo de nada.

“Com isso saberei que Deus está a meu favor. Confio em Deus, cuja palavra louvo, no Senhor, cuja palavra louvo, nesse Deus eu confio, e não temerei” (Salmos 56:9b-11a).


A confiança está em descrédito. As pessoas estão desconfiando de tudo, do vírus, da vacina, da China, das autoridades (e com razão), dos amigos, da Igreja, de Deus, e por aí vai. São pessoas que dizem “sim, vou trancar todas as janelas de casa. Sei que não vamos demorar muito, mas seguro morreu de velho.” Se seguro morreu de velho “o desconfiado está vivo até hoje” pois não acredita em tudo que vê e escuta conferindo todas as circunstâncias.

Toda essa desconfiança tem origem: no “enganador”, "caluniador", "acusador" chamado diabo "Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Sua existência consiste em enganar as pessoas lançando desconfiança sobre o amor, misericórdia e fidelidade de Deus. Fazendo com que elas creiam em mentiras e ignorem a verdade: “No entanto, vocês não creem em mim, porque lhes digo a verdade!” (João 8:45). Tanto é verdade que essa desconfiança pôs em xeque a fidelidade de Deus: “Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão!” (Gênesis 3:4) e, por conta disto vivemos as inseguranças diárias da nossa vida.

Gostaria muito que Eva tivesse desconfiado daquela serpente maldita e agido a fim de verificar se eram ou não verdadeiras suas palavras. Que agisse a semelhança dos Bereanos: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” (Atos 17:11).

Confiança se refere à credibilidade, ela está firmada na verdade. Este é um conceito positivo que temos a respeito de alguém ou de algo; este crédito gera um sentimento de segurança e firmeza, nos fazendo crer que algo é de qualidade superior e não falhará.

Já a dúvida é companheira da falta de fé gerada pela desconfiança e, quando a incredulidade põe em xeque a Palavra de Deus ela traz consequências: ‘Mas o anjo lhe disse: "Não tenha medo, Zacarias; sua oração foi ouvida. Isabel, sua mulher, lhe dará um filho, e você lhe dará o nome de João. Zacarias perguntou ao anjo: "Como posso ter certeza disso? Sou velho, e minha mulher é de idade avançada". O anjo respondeu: "Sou Gabriel, o que está sempre na presença de Deus. Fui enviado para lhe transmitir estas boas novas. Agora você ficará mudo. Não poderá falar até o dia em que isso acontecer, porque não acreditou em minhas palavras, que se cumprirão no tempo oportuno". Quando saiu, não conseguia falar nada; o povo percebeu então que ele tivera uma visão no santuário. Zacarias fazia sinais para eles, mas permanecia mudo.’ (Lucas 1:13;18-20;22).

Uma constante que encontramos nos salmos é a “confiança em Deus”, no “único e verdadeiro Deus”. Esta certeza de credibilidade é repetida inúmeras vezes em todo livro, principalmente quando o salmista encontra-se com medo. Ele diz: “nesse Deus eu confio”, tanto é verdade que quando “examinamos todos os dias as Escrituras” podemos constatar que em todas as ocasiões a confiança prevaleceu sobre o medo “não temerei”.

Esta confiança foi consolidada em momentos de profunda angústia e humilhação. Davi sabia que por mais poderosos que fossem os seus inimigos, eles não passavam de homens mortais, que podiam causar grande medo com suas maldades, mas comparados ao poder Divino são fracos e finitos. Assim, recorre à justiça Celestial, na certeza “que Deus está com ele”. Deus tem visto toda a sua agitação, tem recolhido as suas lágrimas numa taça e registrado o motivo de cada uma em um livro para servir de prova contra os malfeitores: “Deixarás escapar essa gente tão perversa? Na tua ira, ó Deus, derruba as nações. Registra, tu mesmo, o meu lamento; recolhe as minhas lágrimas em teu odre; acaso não estão anotadas em teu livro?” (Salmos 56:7,8). Muito embora esteja em forma de interrogação, suas perguntas estão carregadas de confiança no caráter e na reposta Divina: “Os meus inimigos retrocederão, quando eu clamar por socorro. Com isso saberei que Deus está a meu favor. Confio em Deus, cuja palavra louvo, no Senhor, cuja palavra louvo, nesse Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer-me o homem?” (Salmos 56:9-11). Davi tinha tal convicção na fidelidade de Deus, sempre presente em sua vida, que chega a proclamar: “isto sei eu, porque Deus é por mim”.

Mas afinal de contas, o que leva alguém a confiar plenamente em alguém que nem mesmo se pode ver? Em primeiro lugar Ele é um profundo conhecedor da Palavra de Deus. É através deste conhecimento que ele compreendeu que o propósito de Deus sempre foi ser amigo do homem. Isso fica bem claro quando diferentemente de toda criação: “Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida” (Gênesis 2:7). Algo exclusivo em toda criação. E quando a Sua Palavra nos informa que “o Senhor Deus ANDAVA pelo jardim quando soprava a brisa do dia” (Gênesis 3:8), “ANDAVA” pelo jardim para estar com Adão. Também temos conhecimento de que “Enoque ANDOU com Deus; e Deus para si o tomou” (Gênesis 5:24). Davi conhece a história de seu povo e sabe que mesmo diante da dureza do coração deles o Senhor sempre se mostrou fiel, digno de confiança, pois jamais abandonou os Seu filhos à própria sorte. Portanto, tenha convicção de uma coisa: “Deus te ama com amor leal” Seu amor é o amor de um amigo confidente: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15:13-15). ELE te conhece pelo seu nome, tanto que ‘O Senhor disse a Moisés: "Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome"’ (Êxodo 33:17).

O passado revela o Deus zeloso, cuidador, amigo fiel que sempre esteve ao lado dos seus, este passado é a garantia de que no presente Ele continua conosco. Pois tem livrado a nossa alma da morte, firmado os nossos pés para não escorregarem, para que possamos andar na terra dos vivos confiantes diante de d’Ele.

Diante de tão grande nuvem de testemunhas, hoje você é desafiado a não duvidar e tão somete crer. Confiar de tal forma que possa afirmar: “isto eu sei, que Deus está comigo”. Confiando plenamente em Sua promessa ‘Ele pediu uma tabuinha e, para admiração de todos, escreveu: "O nome dele é João". Imediatamente sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus’ (Lucas 1:63,64). Louvando a Deus que jamais nos abandona à própria sorte: “eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20). Certamente Deus fará o que nos prometeu para que da mesma forma que o salmista possamos também afirmar: “Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem” (Salmos 56:11).

Seguro morreu de velho”, mas morreu, já “o desconfiado está vivo até hoje”, mas também morrerá, pois, sua desconfiança não o torna imortal. “Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor nosso Deus. Eles vacilam e caem, mas nós nos erguemos e estamos firmes” (Salmos 20:7,8). Pois como Deus promete em Sua fiel Palavra “Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre. Como os montes cercam Jerusalém, assim o Senhor protege o seu povo, desde agora e para sempre” (Salmos 125:1,2).

Se você foi abençoado, abençoe também, não deixe de compartilhar.

“Ó talvez alguma vida possas alegrar,
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

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