“Porque vivemos por fé” - Parte 30 (Profeta Elias) – Porque a oração do justo que vive pela fé, daquele que se dirige ao Senhor com toda a sua confiança alcançará resultados muito grandes.
‘Ora, Elias, o tesbita da Tisbe de Gileade, disse a Acabe: "Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra"’ (1 Reis 17:1).
“Que direi dos profetas? Que direi eu de Elias?” Considerado como um dos maiores profetas do Antigo Testamento, tanto que ele é visto ao lado de Moisés conversando com Cristo: “Naquele mesmo momento apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus” (Mateus 17:3). Contudo este grande profeta, nos afirmam as Escrituras, era tão humano como qualquer um de nós. Ora “Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e o céu enviou chuva, e a terra produziu os seus frutos” (Tiago 5:17,18).
Elias, um homem comum, como está escrito: “Elias era homem semelhante a nós.” Apenas em
uma coisa se diferenciava de muitos:” Ele orou fervorosamente” e
com fé. Elias era um homem de oração, que orava com veemência. Tanto que somos
apresentados a Elias revelando ao rei Acabe o conteúdo de sua oração, uma
oração rogando por juízo: ‘Ora, Elias, o tesbita da Tisbe de Gileade,
disse a Acabe: "Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo,
que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha
palavra"’ (1 Reis 17:1). Pois “Estes homens têm poder para
fechar o céu, de modo que não chova durante o tempo em que estiverem
profetizando, e têm poder para transformar a água em sangue e ferir a terra com
toda sorte de pragas, quantas vezes desejarem” (Apocalipse 11:6). Tanto
que eu “Asseguro-lhes que havia muitas viúvas em Israel no tempo de
Elias, quando o céu foi fechado por três anos e meio, e houve uma grande fome
em toda a terra” (Lucas 4:25).
A missão do verdadeiro profeta
de Deus, por vezes é espinhosa. Sua mensagem costuma não agradar ao
ouvinte, entretanto precisamos entender que Elias não ora para amaldiçoar seu
povo, mas para que haja uma disciplina rigorosa que seja capaz de levar o povo
e seus líderes ao arrependimento e assim detê-los de cada vez mais se aproximarem
do abismo e viverem distante de Deus. Sua oração tem como finalidade impedi-los de dar os próximos passos em direção a queda fatal, um desastre provocado por
conta da sua rejeição ao único e verdadeiro Deus. Assim sendo “Pergunto,
pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou
israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu
povo, o qual de antemão conheceu. Ou vocês não sabem como Elias clamou a Deus
contra Israel, conforme diz a Escritura?” (Romanos 11:1,2). A reposta é
taxativa: De modo Nenhum.
Pela fé, Elia obedeceu sem
questionar as orientações Divinas: ‘Então a palavra do Senhor veio a
Elias: "Vá imediatamente para a cidade de Sarepta de Sidom e fique por lá.
Ordenei a uma viúva daquele lugar que lhe forneça comida"’ (1 Reis
17:8,9). Como está escrito: “Contudo, Elias não foi enviado a
nenhuma delas, senão a uma viúva de Sarepta, na região de Sidom” (Lucas
4:26). Uma mulher que estava depositando sua esperança na morte, pois como ela
mesma disse: ‘"Juro pelo nome do Senhor, o teu Deus", ela
respondeu, "não tenho nenhum pedaço de pão; só um punhado de farinha num
jarro e um pouco de azeite numa botija. Estou colhendo uns dois gravetos para
levar para casa e preparar uma refeição para mim e para o meu filho, para que a
comamos e depois morramos."’ (1 Reis 17:12). Foi neste contexto de
desesperança que este “humano como nós”, profetizou pela fé dizendo:
“Pois assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘A farinha na vasilha não se
acabará e o azeite na botija não se secará até o dia em que o Senhor fizer
chover sobre a terra’" (1 Reis 17:14).
A oração da fé - oração feita por um homem justo, tem grande poder e gera resultados
maravilhosos na vida dos que confiam nas Palavras de um “humano como nós”,
mas que “têm poder para fechar o céu”. A viúva creu nas palavras
do homem de Deus, tanto que “Ela foi e fez conforme Elias lhe dissera. E
aconteceu que a comida durou todos os dias para Elias e para a mulher e sua
família. Pois a farinha na vasilha não se acabou e o azeite na botija não se
secou, conforme a palavra do Senhor proferida por Elias” (1 Reis
17:15,16). A fé neste caso foi maravilhosamente contagiante.
Entretanto a vida de um “humano como nós”, não é fácil. A tranquilidade não é duradoura, por vezes é destruída por fatalidades que nos pegam de surpresa e a fé já não se mostra presente na vida daquela que todos os dias presenciou o milagre da “jarra” e da “botija”: ‘Algum tempo depois o filho da mulher, dona da casa, ficou doente, foi piorando e finalmente parou de respirar. E a mulher reclamou a Elias: "Que foi que eu te fiz, ó homem de Deus? Vieste para lembrar-me do meu pecado e matar o meu filho?"’ (1 Reis 17:17,18). Que tragédia maior poderia acontecer àquela mulher do que perder seu único filho? Foi então que diante do impossível, pela fé o “humano como nós” disse: “Dê-me o seu filho” (1 Reis 17:19a). Elias não desanimou diante do que parecia impossível: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11:1). Então na “certeza daquilo que esperamos”, Elias orou com fé, pedindo que o menino voltasse à vida: ‘Então ele se deitou sobre o menino três vezes e clamou ao Senhor: "Ó Senhor, meu Deus, faze voltar a vida a este menino!" O Senhor ouviu o clamor de Elias, e a vida voltou ao menino, e ele viveu’ (1 Reis 17:21,22). Por conta da fé deste homem tão inteiramente humano quanto nós, temos o registro verídico da primeira ressureição na Bíblia. Até então a Bíblia não havia relatado tão grande feito. Na firmeza de sua fé Elias fez com que um “humano como nós”, fosse reconhecido como “Homem de Deus”: ‘Então a mulher disse a Elias: "Agora sei que tu és um homem de Deus e que a palavra do Senhor, vinda da tua boca, é a verdade"’ (1 Reis 17:24).
Elias, um “humano como
nós”, que viveu pela fé ao ponto de ser chamado de “Homem de Deus”
demonstra sua fé ao reconstruir o altar dedicado ao Senhor que estava em ruínas: ‘Depois apanhou doze pedras, uma para cada tribo dos descendentes de
Jacó, a quem a palavra do Senhor tinha sido dirigida, e disse: "Seu nome
será Israel". Com as pedras construiu um altar em honra do nome do Senhor’
(1 Reis 18:31,32). E pela fé ele resgata o fundamento e simbolismo da fé no Deus
de Abraão, de Isaque e de Israel. Assim o profeta, humano, age com
autoridade não humana, mas Divina, que em consequência de sua fé, trouxe juízo sobre
os profetas de Baal que desencaminhavam o povo de Deus e assim houve um
quebrantamento daqueles que presenciaram o agir de Deus: ‘À hora do
sacrifício, o profeta Elias colocou-se à frente e orou: "Ó Senhor, Deus de
Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em
Israel e que sou o teu servo e que fiz todas estas coisas por ordem tua. Responde-me,
ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus, e
que fazes o coração deles voltar para ti". Então o fogo do Senhor caiu e
queimou completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão, e também secou
totalmente a água na valeta. Quando o povo viu isso, todos caíram prostrados e
gritaram: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!"’ (1 Reis
18:36-39). Só então Elias finalmente orou pela suspensão do juízo Divino, pela
chuva tão urgentemente necessária. ‘"Vá e olhe na direção do
mar", disse ao seu servo. E ele foi e olhou. "Não há nada lá",
disse ele. Sete vezes Elias mandou: "Volte para ver". Na sétima vez o
servo disse: "Uma nuvem tão pequena quanto a mão de um homem está se
levantando do mar". Então Elias disse: "Vá dizer a Acabe: Prepare o
seu carro e desça, antes que a chuva o impeça". Enquanto isso, nuvens
escuras apareceram no céu, começou a ventar e começou a chover forte, e Acabe
partiu de carro para Jezreel’ (1 Reis 18:43-45).
Todavia Elias, um “humano
como nós”, que viveu pela fé ao ponto de ser chamado de “Homem de
Deus”, agora suplica pela morte: ‘Elias teve medo e fugiu para
salvar a vida. Em Berseba de Judá ele deixou o seu servo e entrou no deserto,
caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou,
pedindo a morte. "Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou
melhor do que os meus antepassados."’ (1 Reis 19:3,4). O “Homem
de Deus” se acovarda, sua humanidade finalmente sobressai à sua fé. Muito
embora tenha vivido com integridade e sob a direção de Deus, um dos maiores
profetas que já pisou nesta Terra teve medo, temor, ele não deixou de sentir angústia
ao ponto de ficar profundamente deprimido. A confusão é tanta em seu coração,
que ele foge para não morrer e ora pedindo a morte. Felizmente, Deus não
atende às orações absurdas que nós fazemos diante das angústias que nos cercam e
nos fazem esquecer os grandes feitos do Senhor em nossas vidas, na vida
daqueles que vivem pela fé.
Através da vida de Elias o “Homem de Deus”, mas um “humano como nós”, vemos que os servos fiéis do Senhor também sofrem momentos terríveis de profunda angústia, dúvidas e medo, como está escrito: "Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo" (João 16:33). Pois “O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5:4).
Meu querido irmão não sei o
que você está enfrentando. Mas lembre-se de que pela oração da fé os filhos de
Deus vencem o mundo, porque a oração da fé restaura o abatido: “Entre vocês
há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele
cante louvores. Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os
presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em
nome do Senhor. E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará.
E se houver cometido pecados, ele será perdoado” (Tiago 5:13-15). Pela fé
Elias um “humano como nós”, venceu o seu medo, depressão, prova
disto que “Este mesmo Respondeu Elias: "Se sou homem de Deus, que
desça fogo do céu e consuma você e seus cinquenta soldados!" De novo fogo
de Deus desceu do céu e consumiu o oficial e seus soldados” (2 Reis
1:12).
Precisamos ser gratos pela
vida de Elias um “humano como nós”, um exemplo de fé de pessoa real,
que como muitos outros “humanos como nós”, vivenciaram o poder da
fé. Dessa maneira a fé se torna mais compreensível para nós em toda e qualquer
situação. Portanto, façamos nós também com veemência a oração para que hoje, os
céus nos dê chuvas de bênçãos na aridez da nossa terra seca e assim cresçam os frutos
que encherão as nossas “jarra” e “botija” nos
preservando da miséria do mundo da discórdia, da injustiça, das dores e até
mesmo da morte. Isso se dá quando somos visitados pela compaixão de Deus. Como está escrito: “Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que
Jesus é o Filho de Deus” (1 João 5:5).
Elias um “humano como
nós”, tal qual Enoque, viveu pela fé e pela fé andou com Deus “e
já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado” (Gênesis 5:24). Aquele
que fugiu com medo para não morrer, pela fé não experimentou a morte, pois ‘Quando
o Senhor levou Elias aos céus num redemoinho aconteceu o seguinte: Elias e
Eliseu saíram de Gilgal, e no caminho disse-lhe Elias: "Fique aqui, pois o
Senhor me enviou a Betel". Eliseu, porém, disse: "Juro pelo nome do
Senhor e por tua vida, que não te deixarei ir só". Então foram a Betel. (2
Reis 2:1,2). De repente, enquanto caminhavam e conversavam, apareceu um carro
de fogo, puxado por cavalos de fogo, que os separou, e Elias foi levado aos
céus num redemoinho’ (2 Reis 2:11).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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