“Porque vivemos por fé” - Parte 16 (Anrão e Joquebede) – O poder da fé nos oculta “na fé” de todo o mal. Um ato de fé carrega consigo a promessa profética de futuras bênçãos de Deus.
“Pela fé Moisés, recém-nascido, foi escondido durante três meses por seus pais, pois estes viram que ele não era uma criança comum, e não temeram o decreto do rei” (Hebreus 11:23).
“Anrão” e “Joquebede” são dois heróis da fé que não tem seus nomes relacionados na lista que o autor de Hebreus elaborou com fé, eles são descritos como: “seus pais”. Aqui seus nomes estão ocultos, entretanto os seus atos de fé não, porque “estes viram que ele não era uma criança comum, e não temeram o decreto do rei” (Hebreus 11:23b). Pela fé “Anrão” e “Joquebede”, desobedeceram aos decretos de morte de faraó, pois ‘"Ao se aproximar o tempo em que Deus cumpriria sua promessa a Abraão, aumentou muito o número do nosso povo no Egito. Então outro rei, que nada sabia a respeito de José, passou a governar o Egito. Ele agiu traiçoeiramente para com o nosso povo e oprimiu os nossos antepassados, obrigando-os a abandonar os seus recém-nascidos, para que não sobrevivessem’ (Atos 7:17-19). ‘Por isso o faraó ordenou a todo o seu povo: "Lancem ao Nilo todo menino recém-nascido, mas deixem viver as meninas"’ (Êxodo 1:22).
É interessante notar que a
benção dada por Deus: ‘Então o Senhor deu-lhe a seguinte resposta:
"Seu herdeiro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu
herdeiro". Levando-o para fora da tenda, disse-lhe: "Olhe para o céu
e conte as estrelas, se é que pode contá-las". E prosseguiu: "Assim
será a sua descendência"’ (Gênesis 15:4,5). Bênção da
fertilidade, multiplicação e prosperidade Divina entre outras, fazem o povo
abençoado de Deus ser perseguido bem de perto pela maldição da inveja, ira e ameaças
de morte: ‘"Quando vocês ajudarem as hebréias a dar à luz,
verifiquem se é menino. Se for, matem-no; se for menina, deixem-na viver"’
(Êxodo 1:16).
O deus deste mundo
aterroriza com decretos de morte e desafia o Deus da Vida que diz: “Não
tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa"
(Gênesis 15:1b). Diante da ameaça e da promessa a quem você obedeceria?
Pela fé as parteiras
decidiram confiar no Deus de Abraão: “Todavia, as parteiras temeram a Deus
e não obedeceram às ordens do rei do Egito; deixaram viver os meninos”
(Êxodo 1:17). Elas “temeram a Deus e não o rei do Egito”. Em seus
corações estava o temor ao verdadeiro e único Deus e, em seus corações
certamente diziam: “Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti. Em
Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio, e não temerei. Que poderá
fazer-me o simples mortal?” (Salmos 56:3,4). Assim sendo “Deus
foi bondoso com as parteiras; e o povo ia se tornando ainda mais numeroso, cada
vez mais forte” (Êxodo 1:20).
Pela fé “Anrão” e
“Joquebede”, pais de Moisés, o esconderam desafiando uma ordem real
específica de morte. Diante destas terríveis ameaças eles em oculto clamaram ao
Senhor, creio que pela fé já exercitando as orientações de nosso Senhor: “Mas
quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está
no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará” (Mateus
6:6). Assim, Moisés foi ocultado “na fé” e protegido através “da
fé”. Como está escrito: “Além disso, usem o escudo da fé, com
o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno” (Efésios
6:16).
Pela fé seus pais esperavam pela ajuda de Deus e por Seu livramento de todas as “setas inflamadas do
Maligno”. Foi vivendo a vida de fé, de plena confiança em Deus e em
suas promessas, que eles extraíram as forças necessárias para se apegar à
ordem preservadora de Deus e transgrediram os preceitos humanos. Como
também está escrito: ‘O Senhor falou comigo com veemência, advertindo-me
a não seguir o caminho desse povo. Ele disse: "Não chamem conspiração tudo
o que esse povo chama conspiração; não temam aquilo que eles temem, nem se
apavorem. Ao Senhor dos Exércitos é que vocês devem considerar santo, a ele é
que vocês devem temer, dele é que vocês devem ter pavor’ (Isaías
8:11-13), assim como temos aprendido: "É preciso obedecer antes a
Deus do que aos homens!” (Atos 5:29).
O ato de fé de “Anrão”
e “Joquebede”, demonstrado em seu comportamento, manifesta que
este preceito fundamental da fé no temor de Deus, já estava enraizado em seus
corações. Por isso “ela engravidou e deu à luz um filho. Vendo que era
bonito, ela o escondeu por três meses” (Êxodo 2:2). "Naquele
tempo nasceu Moisés, que era um menino extraordinário. Por três meses ele foi
criado na casa de seu pai” (Atos 7:20). Fico a imaginar a dificuldade
de ocultar o nascimento de um menino recém-nascido por três meses dentro de
casa sem que ninguém tomasse conhecimento. Creio que só o poder da fé
para ocultar “na fé” aquela família de todo o mal que certamente os
aguardava se fossem descobertos.
Entretanto as promessas de Deus ressoam nos corações dos que o temem: "Ouçam-me, vocês que sabem o que é direito, vocês, povo que têm a minha lei no coração: Não temam a censura de homens nem fiquem aterrorizados com seus insultos. Pois a traça os comerá como a uma roupa; o verme os devorará como à lã. Mas a minha retidão durará para sempre, a minha salvação de geração a geração" (Isaías 51:7,8). Além disso a Palavra de Deus diz que “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 João 4:18).
Em seu ato
de fé “Anrão” e “Joquebede”, experimentaram o poder
do amor sobre o medo pois eles olharam para o bebê e viram nele uma formosura
fora do habitual, certamente eles viram além da beleza, um presságio de futuras
bênçãos de Deus. Seu amor por seu filho e sua fé no Deus invisível, foi maior do
que o medo. Portanto: “Foi pela fé que os pais de Moisés, vendo nele uma
criança encantadora, o esconderam durante três meses e não temeram o edito real”.
Pense na dificuldade de esconder
uma criança saudável e robusta com pulmões possantes propício ao choro gritante,
além de espernear, além dos guardas do Egito que deviam fazer rondas constantes para aprenderem os infratores e condená-los à morte. Podemos concluir realmente
que “Anrão” e “Joquebede”, tiveram um ato de fé. Contudo,
sua fé ainda experimentaria o poder ilimitado dos que creem no Deus que existe, chegou
o tão terrível momento: “Quando já não podia mais escondê-lo, pegou um
cesto feito de junco e o vedou com piche e betume. Colocou nele o menino e
deixou o cesto entre os juncos, à margem do Nilo” (Êxodo 2:3), então
mais uma vez eles usaram o poder da fé. Seu precioso e amado filho, Moisés, foi
colocado numa “arca de junco” e esta lançada nas correntezas do
rio Nilo. No mesmo rio onde os meninos foram jogados para morrerem afogados e/ou devorados pelos crocodilos, visto que o decreto dizia: “Lancem ao Nilo todo menino
recém-nascido” (Êxodo 1:22b). Contudo o impossível aconteceu mais uma vez; as mãos divinas conduziram aquela
pequena “embarcação” em segurança para o seu destino, porque naquele mesmo dia ‘A filha do faraó descera ao Nilo para tomar banho.
Enquanto isso as suas servas andavam pela margem do rio. Nisso viu o cesto
entre os juncos e mandou sua criada apanhá-lo. Ao abri-lo viu um bebê chorando.
Ficou com pena dele e disse: "Este menino é dos hebreus"’ (Êxodo
2:5,6). Ao vê-lo chorando "moveu-se de compaixão”.
Podemos ver então que desde
o primeiro momento o poder da fé ocultou e protegeu não só Moisés, mas toda
sua família de toda sorte de mal. Porque a proteção Divina estava e sempre estará
presente na vida daquele que teme ao único Deus verdadeiro. Daqueles que por um
ato de fé carregam consigo a promessa profética de futuras bênçãos de Deus. Pois
Deus havia escolhido, aquele bebê formoso para libertar o seu povo da
escravidão. E o levou para ser protegido justamente por aquele que o procurava
matar. Porque: “Quando os caminhos de um homem são agradáveis ao Senhor, ele
faz que até os seus inimigos vivam em paz com ele” (Provérbios 16:7). E
isso se dá pelo poder da fé. Tanto que ‘Tendo o menino crescido, ela o
levou à filha do faraó, que o adotou e lhe deu o nome de Moisés, dizendo:
"Porque eu o tirei das águas"’ (Êxodo 2:10).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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