Aleluia! Minha vida é marcada por orações, lágrimas, confiança e obediência. Portanto, humildemente estou pronto a fazer a vontade de Deus em todas minhas aflições.
“Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hebreus 5:7).
“Jesus chorou” (João 11:35). Deus está chorando... Ele chora ao ver o triste destino da coroa de Sua criação, pois aquele que “fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra” (Salmos 8:5), apodrece na terra comido pelos vermes, fruto da desobediência voluntária que trouxe como recompensa a morte. Porque “Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte” (Tiago 1:14,15).
Deus chora desde aquele fatídico
dia no Éden quando o homem atraiu sobre si toda sorte de maldição: ‘E ao
homem declarou: "Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto
da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua
causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela
lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do
campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra,
visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará"’ (Gênesis
3:17-19).
Todavia, Deus não nos abandonou à própria sorte: “quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4:4,5). E o Seu Filho em obediência e voluntariamente “esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2:7,8).
Seu choro mostra Sua
humanidade perfeita, humanidade que foi marcada por orações, lágrimas
e confiança. Muito embora Jesus “sendo Deus, não considerou que o
ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Filipenses 2:6), tanto
que em todo o tempo de vida e toda a trajetória terrena de Jesus foi um
sofrimento só, uma caminhada rumo ao sacrifício que nos daria vida, pois “sendo
encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte,
e morte de cruz!” (Filipenses 2:8).
Todavia o Deus que muitos dizem ser insensível, além do choro demostrou mais um sentimento tipicamente
humano, medo e angústia. Jesus estava em grande agonia quando se preparava
para enfrentar a morte ‘Chegando ao lugar, ele lhes disse: "Orem
para que vocês não caiam em tentação". Ele se afastou deles a uma pequena
distância, ajoelhou-se e começou a orar: "Pai, se queres, afasta de mim
este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua". Apareceu-lhe
então um anjo do céu que o fortalecia. Estando angustiado, ele orou ainda mais
intensamente; e o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão’
(Lucas 22:40-44). Então num momento de profunda angústia Ele clamou a Deus,
pedindo para ser liberado de sofrer a grande e angustiante humilhação da
separação de Seu Pai em consequência a terrível “morte de cruz”,
contudo em Sua oração Ele diz: “contudo, não seja feita a minha vontade,
mas a tua". E assim Ele “foi obediente até à morte, e morte
de cruz!”. Tudo isso a fim de fazer a vontade de Deus.
Vemos então que embora
Jesus seja Filho de Deus, Ele aprendeu a obediência através
do sofrimento e assim se tornou a fonte perfeita de salvação para
todos quantos Lhe obedecem. Seu maravilhoso exemplo de obediência nos fortalece
e ensina que nossa vida também será marcada por orações, lágrimas e
confiança. Haverá momentos em que enfrentaremos dificuldades, não por
querer sofrer mas sim porque desejamos obedecer a Deus. Como está escrito:
“Sofro humilhação o tempo todo, e o meu rosto está coberto de vergonha por
causa da zombaria dos que me censuram e me provocam, por causa do inimigo, que
busca vingança. Tudo isso aconteceu conosco, sem que nós tivéssemos esquecido
de ti, nem tivéssemos traído a tua aliança” (Salmos 44:15-17). Permita Deus
que a nossa obediência a Cristo Jesus nos sustente e revigore as nossas forças nos
momentos de provação. Da mesma forma que “Apareceu-lhe então um anjo
do céu que o fortalecia”. Nós também poderemos enfrentar qualquer
provação conscientes de que Jesus Cristo nós acompanha. Pois “Não
sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele
não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando
forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar”
(1 Coríntios 10:13).
Quando ficou difícil de
suportar “... Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com
lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua
reverente submissão” (Hebreus 5:7). Em Sua oração Jesus
sacrificou Sua própria vontade. Porque Ele sabia que Deus era o único cuja mão
estava a Sua vida e tão somente Ele teria o poder para mudar o Seu destino. Todavia Sua oração diz: “contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua"
(Lucas 22:42). O sofrimento de Jesus não acaba no Getsêmani, Sua obediência o
leva ao caminho do sacrifício, ela O conduz até a cruz. Ali Ele morre enfrentando
o que mais temia, e com “orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas”,
‘Jesus bradou em alta voz: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni?"
que significa: "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?"’
(Mateus 27:46). E por fim “Jesus bradou em alta voz: (“àquele que o podia
salvar da morte”): "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo
dito isso, expirou” (Lucas 23:46). “Sendo ouvido por causa da sua
reverente submissão”. Pois Sua oração de confiança foi respondida
pela Sua ressurreição. “... Por que vocês estão procurando entre os
mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou” (Lucas 24:5b,6a).
Amados, se o Filho de Deus passou por tais sofrimentos por conta de Sua obediência, é natural que a Sua a igreja, eu e você, também seja aprovada na obediência a Deus através do sofrimento, sendo assim aperfeiçoados em nossa obediência e fé. Obediência prática significa, nessa situação, não recuar nem mesmo no sofrimento, porém perseverar seguindo o testemunho de Jesus. E, certamente a nossa oração de confiança será respondida pela nossa ressurreição, pois “de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram” (1 Coríntios 15:20). Portanto “Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram” (1 Tessalonicenses 4:14). “Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:40). Aleluia!!!
Para terminar, quero dizer que quando esteve aqui na Terra Ele não orou só por si próprio, pois “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas”, por você: ‘Depois de dizer isso, Jesus olhou para o céu e orou: "Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique. “Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles. Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um. Enquanto estava com eles, eu os protegi e os guardei pelo nome que me deste. Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que estava destinado à perdição, para que se cumprisse a Escritura” (João 17:1;9-12). "Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”’ (João 17:20,21). Ele orou com lágrimas nos olhos “àquele que (PODE NOS) salvar da morte, “sendo ouvido por causa da sua reverente submissão”.Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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