Eu creio que o Deus que produziu água no deserto, proverá as necessidades do Seu povo.

“Ele fez da rocha um açude, do rochedo uma fonte” (Salmos 114:8).


Nosso Deus é único porque é o Deus do improvável. Ele conduz um punhado de peregrinos ao Egito quando ainda eram poucos:
“Ao todo, os descendentes de Jacó eram setenta; José, porém, já se encontrava no Egito” (Êxodo 1:5), para ali abençoá-los e torná-los fecundos, “Deus fez proliferar o seu povo, tornou-o mais poderoso do que os seus adversários” (Salmos 105:24), e assim forjar uma nação como prometeu a seu amigo Abraão: “Os israelitas foram de Ramessés até Sucote. Havia cerca de seiscentos mil homens a pé, além de mulheres e crianças” (Êxodo 12:37).

Entretanto este povo tornou-se escravo, humilhado e injustiçado, porém, “Deus olhou para os israelitas e viu qual era a situação deles” (Êxodo 2:25). Para libertar os dependentes de Jacó Ele resgata alguém já esquecido por 40 anos, que tem se ocupado de pastorear ovelhas, um jovem de 80 anos, gago e reticente cujo nome é Moisés que embora tirado das águas, viveu no deserto quase toda sua vida. Deus o tira da glória dos palácios, onde se assentava com príncipes, para viver no deserto, rodeado por ovelhas e assim poder mudar definitivamente sua vida, começando por seus pés, que devem tocar o solo Sagrado desnudo, sem a proteção das sandálias desgastadas nas fugas aflitivas da vida: ‘Então disse Deus: "Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa"’ (Êxodo 3:5). 

Uma mudança aparentemente simples, mas de significado extraordinário, pois ao tocar o solo santo com os pés, Deus lhe dá outro alicerce, um novo chão, uma nova perspectiva do Deus conhecido até então só de ouvir falar ‘Disse ainda: "Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó". Então Moisés cobriu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus’ (Êxodo 3:6).

Ah! Os pés sem importância agora dão os primeiros passos para o começo de uma mudança radical na vida de alguém que se desfaz daquilo que o impede de se aproximar de Deus. E agora, livre de toda falsa segurança toca a Terra Santa e começa a sentir a presença de Divina com os pés purificados: ‘Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: "Senhor, vais lavar os meus pés?" Respondeu Jesus: "Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá". Disse Pedro: "Não; nunca lavarás os meus pés". Jesus respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá parte comigo". Respondeu Simão Pedro: "Então, Senhor, não apenas os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça!" Respondeu Jesus: "Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos"’ (João 13:5-10). Agora, pés formosos ‘Como são belos nos montes os pés daqueles que anunciam boas novas, que proclamam a paz, que trazem boas notícias, que proclamam salvação, que dizem a Sião: "O seu Deus reina!"’ (Isaías 52:7). 

Ao tocar o solo sagrado com os pés, Deus o levanta do pó em que vivia e o ergue diante de todos os povos: “para fazê-los sentar-se com príncipes” (Salmos 113:8); porque “tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz” (Efésios 6:15), “Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas" (Êxodo 3:10).

Deste momento em diante, o Egito testemunha o improvável: o grande “EU SOU” realizou prodígios por meio do Seu profeta! Maravilhas como densas trevas em pleno dia cobriram todo o país; águas tornaram-se sangue; rãs surgem por toda parte, moscas e outros insetos assolam o povo opressor e por fim a morte dos primogênitos. Tudo isso, sem que o povo tivesse de lutar, Deus os tirou de uma terra de língua estranha e os conduziu para o seu novo lar, trazendo redenção a Israel e confirmando a Sua aliança eterna. Dado que: “Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó saiu do meio de um povo de língua estrangeira, Judá tornou-se o santuário de Deus, Israel o seu domínio” (Salmos 114:1,2).

Os milagres Divinos e a Sua glória, são reverenciados pelos homens que são “santuário de Deus”, pela natureza, o mar, o Jordão, os montes e as colinas testemunhas do Seu poder: “o mar viu isso, e fugiu”, a terra estremeceu. Tudo isso em reconhecimento aos magníficos atos de Deus. Porque quando Deus ordenou a Lei no Sinai, o monte tremeu na presença Dele. Os mares, os rios e as montanhas seguem revelando Seu formidáveis feitos. Deus é quem controla a natureza. Visto que “O seu caminho está no vendaval e na tempestade, e as nuvens são a poeira de seus pés. Ele repreende o mar e o faz secar, faz que todos os rios se sequem. Basã e o Carmelo se desvanecem e as flores do Líbano murcham. Quando ele se aproxima os montes tremem e as colinas se derretem. A terra se agita na sua presença, o mundo e todos os que nele vivem” (Naum 1:3-5). 

Portanto quando observar o poder de uma onda no mar, ou a força dos ventos esculpindo o majestoso pico de uma montanha, pense na grandeza e na glória de Deus. E lembre-se que tremer diante da presença de Deus significa reconhecer todo o poder e a autoridade Dele em comparação com nossa fragilidade: Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: "Aquiete-se! Acalme-se!" O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. Então perguntou aos seus discípulos: "Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?" Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: "Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?"’ (Marcos 4:39-41).

Como podemos ver, novos desafios aparecem no caminho para casa. É preciso passar pelo deserto escaldante, fome e sede surgem como uma sentença de morte! Contudo o Deus do improvável: “Porque para Deus nada é impossível” (Lucas 1:37), age de forma sobrenatural para proteger o Seu povo - a quem tanto ama - “Quando fugiam, Deus estendeu sobre eles uma nuvem para os guiar, e que, durante o dia os protegia do calor escaldante, e de noite era como a luz dum fogo que os alumiava” (Salmos 105:39). Para matar a fome Ele os alimentou com o maná - o pão do céu - e para saciar a sede - fendeu uma Rocha e dela fez jorrar água em abundância, o suficiente para formar algo como que um rio, que fluía através de toda aquela terra deserta e estéril: “Ele fez da rocha um açude, do rochedo uma fonte” (Salmos 114:8). Nosso Deus sustentou a vida onde havia morte. Conduziu o Seu povo em segurança para casa. Deus tirou o Seu povo de uma terra de língua estranha e o levou para o seu lar: “Pois Ele se lembrou da santa promessa que fizera ao Seu servo Abraão” (Salmos 105:42).

Quero incentivá-lo a continuar crendo no Deus do impossível, tenha fé, porque “se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível” (Mateus 17:20). Para isso se concretizar em sua vida, comece com algo simples: “Tire as sandálias dos pés”, e deixe o Senhor “lavar os seus pés” para que eles sejam “calçados com a prontidão do evangelho da paz” e possa dizer a seu respeito: “Como são belos nos montes os pés daqueles que anunciam boas novas, que proclamam a paz, que trazem boas notícias, que proclamam salvação”. Assim sendo, tal qual a natureza você testemunhará o agir sobrenatural, do mesmo Deus que produziu água no deserto, e continua provendo as necessidades do Seu povo.

Leia na próxima Publicação: "Aleluia. Os vivos devem exaltar o Deus vivo, e conservar firme a confiança e a glória da esperança até ao fim."
Se você foi abençoado, abençoe também, não deixe de compartilhar.

“Ó talvez alguma vida possas alegrar,
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

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