‘Dize à minha alma: "Eu sou a sua salvação”’ (Salmos 35:3).
Vez por outra precisamos ser lembrados de onde vem a nossa salvação. Porque nossa memória é seletiva e, costumamos esquecer muito facilmente do quanto fomos abençoados: “Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que fizera coisas grandiosas no Egito, maravilhas na terra de Cam e feitos temíveis junto ao mar Vermelho” (Salmos 106:21,22).
Estes “feitos
terríveis e grandiosos”, se apequenam com o passar do tempo, e o agir
de Deus é suprimido por nossas ações corajosas que, entretanto, não foram
realizados pela força dos homens, mas pelo Grande “Eu Sou”. Certamente
por conta do nosso "Alzheimer espiritual" nosso Senhor faça questão de nos
lembrar dizendo: “Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, o Santo de Israel, o
seu Salvador” (Isaías 43:3). Estas lembranças são reativadas quando
enfrentamos momentos de adversidades, “Lembro-me da minha aflição e do
meu delírio, da minha amargura e do meu pesar. Lembro-me bem disso tudo, e a
minha alma desfalece dentro de mim. Todavia, lembro-me também do que pode
dar-me esperança” (Lamentações 3:19-21). Nestes terríveis momento me
vem a lembrança da Palavra de Deus que me diz: “Quando você atravessar as
águas, eu estarei com você; e, quando você atravessar os rios, eles não o
encobrirão. Quando você andar através do fogo, você não se queimará; as chamas
não o deixarão em brasas” (Isaías 43:2). Nosso esquecimento costuma fazer
falhar a nossa fé, e em geral nos leva a buscarmos resolver os problemas de
forma carnal. A amnésia das promessas de Deus, nos faz ignorar que temos não só
os exércitos celestiais, mas o próprio Deus a lutar por nós e nos proteger.
Entretanto, devido a nossa impaciência, por vezes queremos tomar as rédeas em nossas próprias mãos, pois a sede de vingança resseca a nossa alma diante das injustas e cruéis perseguições, provocadas pelo mundo: “Já que, sem motivo, prepararam contra mim uma armadilha oculta e, sem motivo, abriram uma cova para mim” (Salmos 35:7). Injustiça que vem acompanhada da terrível ingratidão daqueles aos quais um dia estendemos a mão com amor; “Elas me retribuem o bem com o mal e procuram tirar-me a vida. Contudo, quando estavam doentes, usei vestes de lamento, humilhei-me com jejum e recolhi-me em oração” (Salmos 35:12,13).
Não que tenhamos feito
alguma coisa esperando receber algo em troca, se não que aquele que recebeu
misericórdia divina através de nossas vidas, aja com misericórdia “Então
o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque
você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu
tive de você?’” (Mateus 18:32,33). Infelizmente este comportamento de
ingratidão é mais comum do que você possa imaginar, seja fora ou dentro da
igreja, “Mas, quando tropecei, eles se reuniram alegres; sem que eu o
soubesse, ajuntaram-se para me atacar. Eles me agrediram sem cessar” (Salmos
35:15)
Diante de tal comportamento,
por vezes somos tomados por sentimentos ruins em nossos corações. Entretanto
não podemos nos deixar ser dominados por tais sentimentos. Não é assim que age o
homem segundo o coração de Deus, ele não pratica as mesmas injustiças da qual é
vítima. Davi não toma a vingança em suas mãos, mas a coloca nas mãos do Justo
Juiz “Defende-me, Senhor, dos que me acusam; luta contra os que lutam
comigo” (Salmos 35:1). A petição de Davi por justiça era sincera, não
era uma vingança oculta, mas sim o desejo de procurar o ideal da justiça Divina
pois: “O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com
aqueles que o buscam; é bom esperar tranquilo pela salvação do Senhor”
(Lamentações 3:25,26). Tanto isso é verdade que Davi clamou a Deus para que o
defendesse das injustiças que lhe foram imputadas. “Toma os escudos, o
grande e o pequeno; levanta-te e vem socorrer-me. Empunha a lança e o machado
de guerra contra os meus perseguidores” (Salmos 35:2,3). A isso o Senhor
responde: “Não tenham medo deles. O Senhor, o Deus de vocês, é quem
lutará por vocês" (Deuteronômio 3:22) “Então você seguirá o
seu caminho em segurança, e não tropeçará; quando se deitar, não terá medo, e o
seu sono será tranquilo. Não terá medo da calamidade repentina nem da ruína que
atinge os ímpios, pois o Senhor será a sua segurança e o impedirá de cair em
armadilha” (Provérbios 3:23-26).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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