Livra-me, ó Senhor! Venha depressa em meu auxílio, ó Deus grande, protetor e libertador.

‘Mas regozijem-se e alegrem-se em Ti todos os que te buscam; digam sempre os que amam a tua salvação: "Como Deus é grande! "’ (Salmos 70:4).


O mal nunca se cansa de fazer mal. Já que um “Abismo chama abismo ao rugir das tuas cachoeiras; todas as tuas ondas e vagalhões se abateram sobre mim” (Salmos 42:7).  Suas afrontas dilaceram o coração, abatem a alma e assim enfraquecem o espírito e a fé. Isso é tão certo que posso me atrever a dizer que certamente v
ocê já deve ter se sentido esquecido por Deus. Sua angústia o levou a contar e recontar suas tristezas em oração várias vezes, clamando ardentemente por auxílio. Um auxílio urgente, mas que demora a chegar. Não se torture... Quero dizer que você não está só, uma vez que todos nós passamos ou passaremos por situações e pensamentos semelhantes.

É exatamente esta a situação do Salmista! Ele derrama e repete diante do Senhor suas queixas anteriores: ‘Agrada-te, Senhor, em libertar-me; APRESSA-TE, SENHOR, a ajudar-me. Sejam humilhados e frustrados todos os que procuram tirar-me a vida; retrocedam desprezados os que desejam a minha ruína. Fiquem chocados com a sua própria desgraça os que zombam de mim. Mas regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam; digam sempre aqueles que amam a tua salvação: "Grande é o Senhor!" Quanto a mim, sou pobre e necessitado, mas o Senhor preocupa-se comigo. Tu és o meu socorro e o meu libertador; meu Deus, NÃO TE DEMORES!’ (Salmos 40:13-17). Veja que são as mesmas palavras do Salmos 70.

Tanto aqui, quanto em outros momentos, um pedido de socorro urgente ecoa dos lábios de quem passa por terríveis sofrimentos: “Livra-me, ó Deus! APRESSA-TE, SENHOR, a ajudar-me!” (Salmos 70:1). O sentimento de abandono faz o salmista implorar a Deus para que o Senhor não se esqueça dele: “Senhor, não me abandones! Não fiques longe de mim, ó meu Deus! APRESSA-TE A AJUDAR-ME, SENHOR, meu Salvador!” (Salmos 38:21,22). “Responde-me, Senhor, pela bondade do teu amor; por tua grande misericórdia, volta-te para mim. Não escondas do teu servo a tua face; RESPONDE-ME DEPRESSA, pois estou em perigo. Aproxima-te e resgata-me; livra-me por causa dos meus inimigos” (Salmos 69:16-18). Tudo faz parecer que Deus simplesmente se esqueceu de nós e não compreendeu a urgência do nosso caso quando clamamos: Senhor vem logo me resgatar! Vem logo ficar do meu lado! Vem logo e livra-me! Apressa-te, Senhor. Vem logo me ajudar!

A angústia faz que o foco do clamor seja por um livramento imprescindível. O sofrimento parece se agravar a cada instante. A crise se aprofunda, entretanto o desespero não triunfará jamais na vida do justo que, com fé, guarda os seus lábios de murmurar e em oração confiante clama por auxílio Divino dizendo: “Não me negues a tua misericórdia, Senhor; que o teu amor e a tua verdade sempre me protejam” (Salmos 40:11). Pois “Quanto a mim, sou pobre e necessitado; apressa-te, ó Deus. Tu és o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não te demores!” (Salmos 70:5). Portanto: “Salva-me, ó Deus! pois as águas subiram até o meu pescoço.” (Salmos 69:1). Os problemas tornaram-se grandes demais para mim, eles se amontoam e já suplantam as minhas forças: “Pois incontáveis problemas me cercam e as minhas culpas me alcançaram, e já não consigo ver. Mais numerosos são que os cabelos da minha cabeça, e o meu coração perdeu o ânimo” (Salmos 40:12). O meu coração está abatido, dentro de mim os meus pecados se tornaram uma prisão de angústia, a minha alma está abatida de tal forma que a tristeza me impede de levantar a cabeça.

Nesses momentos difíceis, quando nos sentimos abandonados, nossa melhor arma continua sendo a oração. Mesmo diante da aflição e do desamparo. A oração nos ajudará a aguardar o tempo certo para o livramento. Lembre-se de que a demora da reposta também pode ser uma resposta à sua oração. Todos temos razões para esperar uma resposta rápida. Entretanto quando a resposta tardar, console-se exercitando a fé e a paciência: “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos” (Salmos 40:1,2).

A importunação de nossas orações não incomodam a Deus. Elas nos tornam perseverantes: "Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. "Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” (Mateus 7:7-11). Ou você acha mesmo que “Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?" (Lucas 18:7,8).

Portanto devemos nos unir ao salmista em súplica a Deus, para que Ele se apresse a nos ajudar clamando: “Não me negues, Senhor, a tua misericórdia! Que o teu amor e a tua verdade me guardem continuamente” (Salmos 40:11). Mesmo que pessoas venham a nos desiludir traindo a confiança nelas depositadas. Ou mesmo que as ameaças de morte queiram roubar nossa vitalidade, buscando abalar nosso espírito, jamais podemos perder o foco de que: “Deus é o nosso refúgio e a nossa força; é um socorro infalível nos tempos de angústia” (Salmos 46:1). Ele tem agido para socorrer os seus filhos; nunca nos abandona à própria sorte. Nós estamos sempre em Seu pensamento.

E mesmo que pareça que o Senhor nos esqueceu, nós jamais devemos nos esquecer de que: “Como é feliz o homem que põe no Senhor a sua confiança, e não vai atrás dos orgulhosos, dos que se afastam para seguir deuses falsos!” (Salmos 40:4). Assim sendo: “Gritem de alegria, ó céus, regozije-se, ó terra; irrompam em canção, ó montes! Pois o Senhor consola o seu povo e terá compaixão de seus afligidos. Sião, porém, disse: "O Senhor me abandonou, o Senhor me desamparou". "Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você! Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos; seus muros estão sempre diante de mim” (Isaías 49:13-16). Aleluia!!!

Portanto, proclame um cântico de louvor dizendo: ‘Mas regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam; digam sempre os que amam a tua salvação: "Como Deus é grande!"’ (Salmos 70:4). Mesmo nos momentos de medo não podemos deixar de glorificar a Deus. Não podemos nos esquecer de agradecer a Deus tudo o que tem feito e adorá-lo pelo que Ele É.

Eu posso até dizer: sou pobre e necessitado, grande é a minha aflição e a minha dor.  Entretanto preciso reconhecer "Como Deus é grande!" Grande em amor, grande em misericórdia, grande em justiça, grande e infalível é a Sua salvação! Portanto: “Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graças” (Salmos 69:30).

Glorifique ao Senhor, agradeça Aquele que é o único que pode encher sua vida com seu gozo. Então, espere com paciência pelo livramento de Deus e em todo tempo proclame a Sua grandeza: “Bendirei o Senhor o tempo todo! Os meus lábios sempre o louvarão. Minha alma se gloriará no Senhor; ouçam os oprimidos e se alegrem. Proclamem a grandeza do Senhor comigo; juntos exaltemos o seu nome. Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores”. (Salmos 34:1-4).

Se você foi abençoado, abençoe também, não deixe de compartilhar.

“Ó talvez alguma vida possas alegrar,
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

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