“Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer" (Salmos 51:12).
Tempos atrás preguei sobre “A intensa alegria da vida cristã”. Ao término do culto uma senhora já idosa me procurou e fez o seguinte comentário: “há muito tempo não escutava uma mensagem que falasse sobre a verdadeira alegria do crente...”. Este comentário me fez refletir sobre o quanto temos falhado como atalaias da verdade, em transmitir as “Bem-aventuranças” quem são inerentes a vida dos:
- "pobres em espírito”;
- “que choram”;
- “humildes;
- “que têm fome e sede de justiça;
- “misericordiosos”;
- “puros de coração;
- “pacificadores;
- “perseguidos por causa da justiça;
- "insultados, perseguidos e caluniados.
Observem a gama de verdadeiros
motivos que proporcionam ao crente sincero a verdadeira felicidade. Portanto: “Alegrem-se
e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma
forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês" (Mateus
5:3-12).
Pode ser que você esteja pensando:
“Mas existem motivos nesta relação que não são de forma alguma motivos de
alegria”. Humanamente falando você tem razão. Entretanto, creio que
precisamos rever os nossos parâmetros de felicidade. Visto que temos cantado: “estou
alegre... – a alegria está no coração de quem conhece a Jesus... – vivo feliz,
pois sou de Jesus...”, entre outros, mas por vezes o semblante continua
caído, triste, diante do placebo ministrado a um paciente terminal. Tal qual
aquele que toma morfina para aliviar o sofrimento, mas que passado o efeito
geme de dor, porque “Mesmo no riso o coração pode sofrer, e a alegria pode
terminar em tristeza” (Provérbios 14:13).
Somos um povo diferente. Nossa
felicidade não se associa com a felicidade do mundo. Nossa felicidade advém de
sermos participantes dos sofrimentos de Cristo, do Servo sofredor porque “Ele
não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência
para que o desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de
tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens
escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. Certamente
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças,
contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas
ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa
de nossas iniquidades; O CASTIGO QUE NOS TROUXE PAZ ESTAVA SOBRE ELE, e pelas
suas feridas fomos curados” (Isaías 53:2b-5). Palavra fiel é
esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; Se sofrermos, também
com ele reinaremos” (2 Timóteo 2:11-12).
Mas, infelizmente esta
Palavra tem sido desprezada. As pessoas não têm tempo para esperar, elas querem
ser felizes agora. Esse papo de sofrer para ser feliz depois não agrada a multidão.
Tanto que para agradar o maior número de pessoas, há muito, a “igreja”
vem dando aos enfermos “placebo” - do latim placebo, que
significa "agradarei" – o elixir da felicidade
instantânea, uma verdadeira maquiagem que não alcança a fonte do verdadeiro
problema, o coração do homem. Pois não importa o que você faça, a verdade estará
estampada no seu rosto e nos seus lábios, pois “A alegria do coração
transparece no rosto, mas o coração angustiado oprime o espírito. O coração que
sabe discernir busca o conhecimento, mas a boca dos tolos alimenta-se de
insensatez” (Provérbios 15:13,14). Portanto: “Sobre tudo o que se deve
guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”
(Provérbios 4:23)
Para infelicidade de todos a doutrina do pecado já não tem espaço na
maiorias púlpitos. Muito embora seja um tema crucial para salvação do homem,
tanto que a Bíblia do início ao fim faz questão de mostrar e denunciar a sua
existência, revelando sua origem: “Portanto, da mesma forma como o pecado
entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio
a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12); seus efeitos
nocivos no mundo físico: “Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo
definhava de tanto gemer” (Salmos 32:3) e, a terrível consequência espiritual: “Aquele que pecar é que morrerá” (Ezequiel 18:20). Definitivamente
não é um assunto que atrai as multidões, pelo contrário, afugenta: “Daquela
hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de
segui-lo” (João 6:66).
Independentemente de gostarem
ou não, as pessoas precisam saber que a dor que estão sentindo, seu sofrimento e
a tristeza da alma tem uma causa: PECADO! Mensagem alguma de autoajuda
poderá solucionar este terrível e mortal problema. Esta é uma crônica! Sem perspectiva
de cura humana. Entretanto se tratada de forma correta felizmente tem cura “Mas,
se um ímpio se desviar de todos os pecados que cometeu e obedecer a todos os
meus decretos e fizer o que é justo e direito, com certeza viverá; não morrerá.
Não se terá lembrança de nenhuma das ofensas que cometeu. Devido às coisas
justas que tiver feito, ele viverá” (Ezequiel 18:21,22). Aleluia!!!
Esta cura só tem início diante
do reconhecimento da gravidade da doença, que leva ao compromisso de realizar o
tratamento de forma adequada: “Então reconheci diante de ti o meu pecado e
não encobri as minhas culpas. Eu disse: "Confessarei as minhas
transgressões ao Senhor", e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (Salmos
32:5).
Se você não quer mais ser enganado com o placebo da falsa alegria e está cansado de viver de alívios momentâneos, entregue-se de corpo e alma ao tratamento completo que só Deus pode realizar.
Para ter 100% de cura, basta seguir as suas orientações: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva" (João 7:37b,38). Rios de felicidade fluirão na vida daquele que sabe que se humilhar atrai a verdadeira prosperidade: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra” (2 Crônicas 7:14).
Portanto faça como o salmista e em oração clame: “Cria em mim um coração
puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da
tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da
tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer” (Salmos
51:10-12), porque “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito
quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás”
(Salmos 51:17).
Saiba que quando você assim
orar, com certeza, Deus ouvirá a sua oração porque: “O Senhor, o seu Deus,
está em seu meio, poderoso para salvar. Ele se regozijará em você, com o seu
amor a renovará, ele se regozijará em você com brados de alegria"
(Sofonias 3:17). Então você se deleitará na verdadeira alegria que não está
vinculada a bens materiais ou saúde física, mas em ter a “alegria da
salvação”, da presença Divina em sua vida e “Mesmo não florescendo
a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas,
não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois
nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da
minha salvação” (Habacuque 3:17,18). Amém.
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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