Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que ficas tão longe? Por que não escutas quando grito pedindo socorro?
“Lembra-te do povo que adquiriste em tempos passados, da tribo da tua herança, que resgataste, do monte Sião, onde habitaste”. - Salmos 74:2
Você já sentiu a terrível sensação de ser esquecido por Deus? Você já experimentou aflição das aflições que o levou ao ponto de a dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Por que ficas tão longe? Por que não escutas quando grito pedindo socorro. Deixando a terrível sensação de que é o fim de tudo, pois parece que Deus nos deixo a própria sorte e não há mais salvação.
Contudo,
contrariando toda a lógica humana e previsões, eles confiaram em Deus “Mas
tu, ó Deus, és o meu rei desde a antiguidade; trazes salvação sobre a terra”
(Salmos 74:12). Muito embora suas dúvidas sejam indagações fortes, que provavelmente
nós mesmos já devemos tê-las feito. Tal questionamento: “Por que nos
rejeitaste definitivamente, ó Deus? Por que se acende a tua ira contra as
ovelhas da tua pastagem?” (Salmos 74:1). Demonstra na verdade a total perplexidade que
envolve uma pessoa atormentada por uma ou várias situações adversas. É a
expressão da dor de sentir-se abandonado por Deus; da aflição causada pelo
sentimento de que Deus repudiou e esqueceu o Seu povo, como se isso fosse possível.
Em
tempos de muita aflição, aprendemos ao olhar para o passado, como devemos nos
comportar em circunstâncias semelhantes: “Lembra-te do povo que adquiriste
em tempos passados, da tribo da tua herança, que resgataste, do monte Sião,
onde habitaste” (Salmos 74:2). Lembra-te que “Tu dividiste o mar
pelo teu poder; quebraste as cabeças das serpentes das águas. Esmagaste as
cabeças do Leviatã e o deste por comida às criaturas do deserto. Tu abriste
fontes e regatos; secaste rios perenes. O dia é teu, e tua também é a noite;
estabeleceste o sol e a lua. Determinaste todas as fronteiras da terra; fizeste
o verão e o inverno” (Salmos 74:13-17). Com isso aprendemos que o
primeiro inimigo a ser vencido somos nós mesmos. Pois eles lutaram contra as suas
dúvidas e, em consequência contra a fé vacilante. Para isso voltaram o seu olhar
para o passado “Lembra-te, (...) pelo teu poder! Tu dividiste, quebraste;
esmagaste; abriste; secaste; estabeleceste; determinaste; fizeste”. Foi
assim que eles lutaram contra os seu inimigos, com a oração que esmaga as
dúvidas e estabelece a fé, pois “lembro-me também do que pode dar-me
esperança” (Lamentações 3:21).
Entretanto
a pergunta: “Por que nos rejeitaste definitivamente, ó Deus? Por que se
acende a tua ira contra as ovelhas da tua pastagem? (Salmos 74:1). Precisa
de uma resposta. Então vamos responder com outra pergunta: Como pode o Deus que
disse: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que
cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se
esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” (Isaías 49:15),
ser agora acusado de rejeitar o Seu povo? Como pode agora “a geração
eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1ª Pedro
2:9), ser alvo da ira Divina que torna o paraíso em uma terra de escuridão e
violência?
Para
responder a estas questões precisamos nos valer do pretexto de tentar lembrar
ao Deus onisciente, de forma que nós é que sejamos lembrados e não Ele. Quando
fazemos isso tal qual o salmista, somos lembrados da Sua aliança; dos Seus
grandes feitos e Santidade; e, desta forma trazemos à nossa memória que este mesmo
Deus disse: “Eu sou o Senhor, vosso Deus. Vós vos santificareis e sereis
santos, porque Eu Sou Santo. Não vos contaminareis” (Levítico 11:44a). Portanto não se contaminar é consagrar-se dia a dia ao Santo Deus,
submetendo-se a Ele e purificando o coração para não dar lugar ao pecado (pois
essa sim é a maldição, uma praga que atrai a grande desonra do nosso distanciamento
de Deus) “mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados esconderam o Seu Rosto de vós, de modo que não vos ouça”
(Isaías 59:2).
Lembre-se
de que Deus é amor; mas também é justo! A Sua ira se manifesta devido à
multidão dos pecados e idolatria de um povo que deveria ser santificado,
entretanto escolheu acolher iniquidades que “ocultaram a face de Deus”,
atraindo sobre si a ira Divina. Muito embora Deus seja longânimo, Ele não deixa
o pecado sem punição: ‘O Senhor é muito paciente e grande em fidelidade, e
perdoa a iniquidade e a rebelião, se bem que não deixa o pecado sem punição, e
castiga os filhos pela iniquidade dos pais até a terceira e quarta geração’
(Números 14:18), “mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam
e guardam os meus mandamentos” (Êxodo 20:6).
Lembre-se
de que a manifestação de tal ira dá a sensação de abandono total por parte de
Deus, entretanto é impossível que Deus venha a esquecer-se do Seu povo: “Lembra-te
destas coisas, ó Jacó, e Israel, porquanto és meu servo; Eu te formei, meu
servo és, ó Israel, não me esquecerei de ti” (Isaías 44:21). É
impossível que Ele nos rejeite, “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o
que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37).
Se
em sua vida o que você tem experimentando é escuridão e violência; se o som que
você tem escutado é o silêncio Divino; se você está se sentindo rejeitado e
esquecido por Deus; tome uma atitude urgente, submeta-se à Ele e purifique o
seu coração. Livre-se da Sua ira: “Se confessarmos os nossos pecados, ele
é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a
injustiça” (1ª João 1:9). Sua misericórdia virá veloz e sua ira
desaparecerá da mesma forma: “Pois a sua ira só dura um instante, mas o
seu favor dura a vida toda; o choro pode persistir uma noite, mas de manhã
irrompe a alegria” (Salmos 30:5).
Portanto
não persista em pecar, não teste a paciência Divina, caso contrário, esteja
preparado para enfrentar a Sua ira.
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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