“Felizes são vocês!” - Parte 42 – Felizes são vocês que dependem completamente do Senhor seu Deus, que põe no Eterno a sua esperança pois conhece o que é bênção de verdade!
“Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó, cuja esperança está no Senhor, no seu Deus” (Salmos 146:5).
A felicidade daquele que é assistido por Deus em cuja esperança repousa não tem limites; pois ela não está ligada a príncipes e poderosos que desaparecem no pó e são varridos da terra por logo deixarem de existir. Portanto nenhum auxílio duradouro pode vir de alguém cuja vida e pensamentos desaparecem quando volta ao pó. Assim sendo “Não confiem em príncipes, em meros mortais, incapazes de salvar. Quando o espírito deles se vai, voltam ao pó; naquele mesmo dia acabam-se os seus planos” (Salmos 146:3,4). Antes coloque sua esperança no Deus “que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e que mantém a sua fidelidade para sempre!” (Salmos 146:6). Foi este mesmo Deus que em Seu infinito poder determinou: “Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará" (Gênesis 3:19).
A
realidade é que toda humanidade não passa de “pó que ao pó voltará".
Então como podemos viver compromissos que vão além da brevidade dos nossos
dias? Planos e mais planos são destruídos em um único instante, quando o pó
reivindica para si o seu direito sobre toda carne dos seres viventes, neste
momento único, de que vale todo o investimento futuro confiado tão somente na
nossa “infalibilidade” irreal e na nossa “imortalidade” mortal, que
atingirá também o barro que está no nosso corpo, que muito embora saiba do seu fim “Ele
pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha
colheita’. "Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus
celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos
os meus bens. E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens,
armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’” (Lucas
12:17-19). Certamente, cedo ou tarde, ele constatará como a sua segurança é não
só precária, mas falsa, porque não faz a mínima ideia do que lhe reserva o
segundo seguinte de sua frágil existência: ‘"Contudo, Deus lhe disse:
‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará
com o que você preparou?’ "Assim acontece com quem guarda para si riquezas,
mas não é rico para com Deus"’ (Lucas 12:20,21).
O
alerta foi dado: você é “pó e ao pó voltará". Então o que
nos resta a fazer diante de tão dura realidade? O salmista nos ensina onde
realmente colocar a nossa confiança. Diz ele: “Aleluia! Louve, ó minha
alma ao Senhor. Louvarei ao Senhor por toda a minha vida; cantarei louvores ao
meu Deus enquanto eu viver” (Salmos 146:1,2). Os meus celeiros não
serão de madeira ou pedras que se deterioram com o tempo, mas de louvor: “Louvarei
ao Senhor por toda a minha vida”. Minha safra será de “cânticos
de louvores ao meu Deus enquanto eu viver”, e não de grande “quantidade
de bens, armazenados para muitos anos”. Não serei insensato e
prepotente ao pondo de pensar: “direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade
de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se”.
Mas quanto a essa loucura somos alertados “Quem de vocês, por mais que se
preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Lucas
12:25). A resposta é ninguém. ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe
será exigida. Lembre-se está escrito que “o homem está destinado
a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo” (Hebreus 9:27).
Na contramão daqueles insensatos
que infelizmente vivem só para esta vida sem esperança futura: “Se é
somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens
somos os mais dignos de compaixão” (1 Coríntios 15:19), o salmista faz
uma declaração poderosa: “O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os
meus lábios te exaltarão” (Salmos 63:3)! Você já parou para pensar na
magnitude desta declaração? Se a “vida é mais importante do que a comida”
que é fundamental para se manter vivo, a “graça” está
extraordinariamente acima da própria “vida”. Esta afirmação vem
do mesmo coração que já havia dito: ‘Ao Senhor declaro: "Tu és o meu
Senhor; não tenho bem nenhum além de ti"’ (Salmos 16:2). E mais “Senhor,
tu és a minha porção e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro”
(Salmos 16:5). Para este sábio homem os valores humanos se deterioram diante da
preciosidade que é viver para e com Deus tanto que ao contrário do louco que
diz: “Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos.
Descanse, coma, beba e alegre-se”, ele expressa o seu maior desejo em outra
declaração extraordinária: “Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco
intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa
terra seca, exausta e sem água. Quero contemplar-te no santuário e avistar o
teu poder e a tua glória” (Salmos 63:1,2).
Porque eu
sei “Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó, cuja esperança
está no Senhor, no seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que
neles há, e que mantém a sua fidelidade para sempre!” (Salmos 146:5,6).
Pois todo aquele que tem o Senhor como seu ajudador e sua esperança é
verdadeiramente abençoado. Sua esperança está no Deus Eterno, criador do universo.
Sua esperança está no Seu cuidado amoroso para com os homens: "Glória
a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu
favor" (Lucas 2:14). Pois “Ele defende a causa dos oprimidos
e dá alimento aos famintos. O Senhor liberta os presos, o Senhor dá vista aos
cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos. O Senhor protege o
estrangeiro e sustém o órfão e a viúva, mas frustra o propósito dos ímpios”
(Salmos 146:7-9). Portanto “Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de
Jacó”, o Deus que é defensor dos necessitados e oprimidos.
“Como
é feliz aquele cuja esperança está no Senhor”. Aquele que é temente
a Deus, que deseja ardentemente gozar da presença constante de Deus e de Seus
benefícios: “Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita,
não serei abalado. Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto; mesmo o
meu corpo repousará tranquilo, porque tu não me abandonarás no sepulcro, nem
permitirás que o teu santo sofra decomposição” (Salmos 16:8-10).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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