Oh! Pastor de Israel guia o Teu rebanho no resplendor da Tua glória e, com poder e misericórdia, restaura-nos.
“Restaura-nos, ó Deus! Faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.” - Salmos 80:3.
Muda o salmista, mas não muda o desejo de restauração, o personagem é outro, mas o Deus é o mesmo, os problemas parecem se repetir em uma multiforme terrível, assim sendo a bênção almejada é a mesma: “FAZE RESPLANDECER SOBRE NÓS O TEU ROSTO, para que sejamos salvos.”
Semelhantemente nós
encontramos: “Resgata-me da opressão dos homens, para que eu obedeça aos
teus preceitos. FAZE O TEU ROSTO RESPLANDECER SOBRE O TEU SERVO, e ensina-me os
teus decretos” (Salmos 119:134,135)1.
Atribuídos a Davi:
“O meu futuro está
nas tuas mãos; livra-me dos meus inimigos e daqueles que me perseguem. FAZE O
TEU ROSTO RESPLANDECER SOBRE O TEU SERVO; salva-me por teu amor leal” (Salmos
31:15,16)
“Que Deus tenha
misericórdia de nós e nos abençoe, e FAÇA RESPLANDECER O SEU ROSTO SOBRE NÓS,
Pausa para que sejam conhecidos na terra os teus caminhos, a tua salvação entre
todas as nações” (Salmos 67:1,2).
No salmo 80, atribuídos a Asaf,
encontramos o mesmo pedido sendo feito 3 vezes com um pequena, mas crescente
variante: “Restaura-nos, ó Deus!” (Verso 3). “Restaura-nos,
ó Deus dos Exércitos” (Verso 7) e; “Restaura-nos, ó Senhor, Deus
dos Exércitos” (Verso 19). Parece que à medida que a oração é feita, a
confiança do salmista cresce, como cresce a sua visão de Deus. No princípio da
oração “ó Deus!” no final ele está diante do “Senhor, Deus
dos Exércitos”. Enquanto Deus continua sendo engrandecido, o pedido de
Asaf, continua sendo o mesmo de Davi e de outros salmistas: “FAZE
RESPLANDECER SOBRE NÓS O TEU ROSTO, para que sejamos salvos”. Ele se
dirige ao Senhor que no passado agiu como um Pastor para com o Seu povo “Escuta-nos,
Pastor de Israel, tu, que conduzes a José como a um rebanho; tu, que tens o teu
trono sobre os querubins, MANIFESTA O TEU ESPLENDOR” (Salmos 80:1). Pois
“Desde Sião, perfeita em beleza, DEUS RESPLANDECE. Nosso Deus vem!
Certamente não ficará calado! À sua frente vai um fogo devorador, e, ao seu
redor, uma violenta tempestade” (Salmos 50:2,3).
Os salmistas não perderam
tempo pedindo “riquezas, nem bens, nem honra, nem a morte dos seus
inimigos, nem vida longa” (2 Crônicas 1:11). Mas sabiamente em suas orações
pediram: “faze resplandecer sobre nós o teu rosto”. Pois sabiam que
esta foi, é, e será a única e verdadeira benção que supera todas as demais. Porque
como está escrito ‘O Senhor disse a Moisés: "Diga a Arão e aos seus
filhos: Assim vocês abençoarão os israelitas: "O Senhor te abençoe e te
guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o
Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz. "Assim eles invocarão o meu
nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei"’ (Números 6:22-27).
Certamente somos um povo privilegiado,
apesar de muitas vezes nos rebelarmos contra Deus através de nossos pecados. Temos, “em nós”, a esperança da renovação do favor Divino “sobre
nós”, pois somos ovelhas do Seu pasto. E para que isso se torne real em
nossas vidas, basta que cada um “Reconheçam que ele é o nosso Deus. Ele
nos fez e somos dele: somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio” (Salmos
100:3). Mesmo quando se afasta do aprisco a ovelha perdida pode invocar a
manifestação do bom Pastor, para guiá-lo. Ela grita à procura do Pastor clamando:
“Escuta-nos, Pastor de Israel, tu, que conduzes a José como a um rebanho;
tu, que tens o teu trono sobre os querubins, manifesta o teu esplendor”
(Salmos 80:1). Esse grito solitário na verdade ecoa o clamor de muitos outros,
incluído nós mesmos; cuja a intenção é de provocar uma atitude Divina - a fim de
que Ele se manifeste trazendo restauração e salvação ao Seu povo! Por três
vezes Asafe clama a Deus para que os "restaure", visando que eles voltem a possuir algo que foi perdido: o resplandecer da glória de
Deus sobre os seus rostos. Resplandecer que concede Graça e Paz que só tem
aquele que recebeu a grande benção da salvação.
Entretanto a restauração
deve ser precedida de um arrependimento profundo. Que venha a gerar uma mudança
real de atitude em relação à nossa vã maneira de viver acalentado os nossos
pecados. Portanto se você quer realmente ser restaurado: “Produza, pois,
frutos dignos de arrependimento” (Mateus 3:8). Sem esse pré-requisito a restauração não será realizada, porque o fruto do arrependimento requer que nos
humilhemos e voltemos para Deus: “se o meu povo, que se chama pelo meu
nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus
caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”
(2 Crônicas 7:14); ou seja, quando Deus fizer “resplandecer o seu rosto
sobre” a sua vida: a restauração virá trazendo a recuperação das forças
sugadas pela doença do pecado, após a confissão dos mesmos; e, em seguida o
vigor se renovará com a concessão do perdão e em consequência a salvação. Contudo processo de arrependimento deve ser uma constante em nossa vida, como foi na
vida de Davi, Asaf e de todo o povo de Deus. Só assim teremos restaurada a
nossa comunhão com Deus, visto que quando nós voltamos para Deus somos restaurados e
temos de volta a benção do “resplandecer da face de Deus” sobre
nossas vidas.
É maravilhoso saber que
mesmo que venhamos a andar em densas trevas, a luz do nosso Senhor nos
alcançará “Mesmo que eu dissesse que as trevas me encobrirão, e que a luz
se tornará noite ao meu redor, verei que nem as trevas são escuras para ti. A
noite brilhará como o dia, pois para ti as trevas são luz” (Salmos
139:11,12). Para isso só precisamos clamar: Senhor “Faze resplandecer
sobre nós o teu rosto”. Este é um grito de socorro onde nós clamamos ao
Senhor: “Conduz-nos de novo para ti, ó Deus dos exércitos divinos. Olha
para nós com alegria e amor, e seremos salvos” (Salmos 80:19).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
1 - O autor do Salmo 119 não se identificou, mas obviamente era um amante da palavra de Deus. Sugestões de possíveis compositores incluem Davi e Esdras. Uma certeza nós temos, certamente estes homens valorizavam cada palavra comunicada por Deus aos seus servos.
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