Me escutem queridos amigos, prestem atenção no que estou dizendo! Pois explicarei os segredos do passado. Que o Senhor é a minha Rocha, o Deus altíssimo é o meu redentor!
“O que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram. Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez” - Salmos 78:3,4.
Este é o primeiro dia de abril “Neste dia do mês de abibe vocês estão saindo” (Êxodo 13:4). Infelizmente, no mês da libertação, os homens dedicaram o dia de hoje ao pai da mentira, e a mentira introduziu um coelho e ovos na Páscoa. Hoje é primordial recordar e propagar a verdade que liberta: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" (João 8:32). Que essa verdade dita no passado seja relembrada todos os dias da nossa vida, porque “Recordar o ontem, viver o hoje e acreditar no amanhã”1.
Lembro-me com saudades dos tempos em que me assentava no chão para ouvir as histórias contadas pelos mais velhos. Recordo saudosista das histórias que ouvia na Escola Bíblica Dominical - EBD. Histórias que contavam sobre a glória de Deus e Sua bondade para com seu povo. Eu ficava deslumbrado com tais histórias. Os professores se empenhavam para transmitir os ensinamentos de Deus, através daquilo que eles próprios já tinham ouvido e aprendido. Particularmente, eu gostava quando tinha o flanelógrafo e as figuras eram colocadas para ilustrar a história! Volta e meia me delicio revivendo estes momentos.
Este belíssimo Salmo nos relembra a necessidade de transmitir a fé que recebemos dos nossos “heróis da
fé” para a próxima geração: “Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel
estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que a ensinassem aos seus
filhos, de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que
ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. Então
eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos
seus mandamentos. Eles não serão como os seus antepassados, obstinados e
rebeldes, povo de coração desleal para com Deus, gente de espírito infiel.
(Salmos 78:5-8).
Passados alguns anos estamos aqui, fruto da obediência dos nossos pais, dos ensinamentos que alicerçaram a fé
de muitos, que hoje estão pelo mundo contando os grandes feitos do Senhor! Se
hoje temos a alegria da salvação devemos à essas pessoas que nos transmitiram a sua
fé e nos instruíram nas veredas do Senhor. Pessoas que não negligenciaram o
decreto Divino que diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e
até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6).
Entretanto, por displicência o povo agiu sem fé: “Os homens de Efraim, flecheiros armados,
viraram as costas no dia da batalha; não guardaram a aliança de Deus e se
recusaram a viver de acordo com a sua lei. Esqueceram o que ele tinha feito, as
maravilhas que lhes havia mostrado. Ele fez milagres diante dos seus
antepassados, na terra do Egito, na região de Zoã” (Salmos 78:9-12). Graças
a amnésia carnal e satânica eles “Não se lembravam da sua mão poderosa,
do dia em que os redimiu do opressor, do dia em que mostrou os seus prodígios
no Egito, as suas maravilhas na região de Zoã” (Salmos 78:42,43). Veja o
perigo de se ignorar o que Deus “ordenou aos nossos antepassados” para
que “ensinassem aos seus filhos”. A negligência daqueles que
deveriam fazer notória as maravilhas Divinas tem como consequência o “esquecimento
dos feitos” maravilhosos de Deus. Que leva o povo a “desobedecer
aos Seus mandamentos”, isso tudo resulta em falta de conhecimento de
Deus, portanto: “eles não porão a confiança em Deus”. ‘Como,
pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não
ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se
não forem enviados? Como está escrito: "Como são belos os pés dos que
anunciam boas novas!"’ (Romanos 10:14,15).
Ele se esqueceram do êxodo,
da peregrinação no deserto, das grandes conquistas realizadas sob a poderosa mão
de Deus. Se esqueceram da sua verdade
que ficou no passado. E nós também temos esquecido a importância destas
memórias para nós e para as futuras gerações. Hoje em dia todos precisão ser lembrados
de que: ‘Verdades não são piores por serem velhas: diz o ditado antigo.
"Lenha velha é melhor para queimar; livros velhos são melhores para ler; e
amigos velhos são aqueles em quem mais podemos confiar"’2.
Agora cabe a cada um de nós relembrar dos atos maravilhosos de Deus, das Suas revelações. Dos atos fiéis de Deus mesmo quando o seu povo foi infiel e agiu sem fé. O que nós ouvimos durante a nossa gestação espiritual falava das grandes maravilhas feitas por Deus em prol do seu povo.
Como não se emocionar com a história de José? Como se esquecer das
maravilhas operadas no Egito e aquela fantástica saída passando por dentro do
mar a pés secos? Como não desejar ter a força de Sansão? Como não celebrar
junto com os pastores e anjos o nascimento do Filho de Deus? Seria incrível seguir
aquela estrela junto com os reis magos. Hoje estas histórias estão bem vivas em
nossa mente. Como não chorar diante da terrível Cruz ensanguentada?
A história do povo de Deus
nos alerta que o esquecimento destas verdades leva o povo a rebeldia e a
infidelidade. Em contra partida vem revelar o grande o amor e fidelidade do
Senhor que é rico em misericórdia: “Lembravam-se de que Deus era a sua
Rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor. Com a boca o adulavam, com a
língua o enganavam; o coração deles não era sincero; não foram fiéis à sua
aliança. Contudo, ele foi misericordioso; perdoou-lhes as maldades e não os
destruiu. Vez após vez conteve a sua ira, sem despertá-la totalmente. Lembrou-se
de que eram meros mortais, brisa passageira que não retorna” (Salmos
78:35-39).
Misericórdia revelada no
Deus menino deitado em uma manjedoura, que por causa da nossa rebeldia e
infidelidade foi cravado em uma cruz. São estas histórias verdadeiras que
devemos contar às novas gerações. A história do amor de Deus dizendo: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16);
anunciar entre as nações o Deus que eles precisam conhecer, como fez Paulo
diante dos religiosos atenienses que por não conhecerem a história do Grande “EU
SOU” erigiram um altar a vários deuses, entre eles havia um altar “AO
DEUS DESCONHECIDO”. Aproveitando a oportunidade, ele começa a contar “Ora,
o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio” (Atos
17:23). Contar “os louváveis feitos do Senhor”.
É dever nosso contar às
novas gerações que Deus foi morto numa cruz, mas, ressuscitou e graças aos que testemunharam este grande feito do Senhor, hoje sabemos que um poder extraordinário emana dentro
de nós: “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e
serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da terra" (Atos 1:8). Portanto precisamos cumprir nossa
missão de vida: fazer “discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o
que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos"
(Mateus 28:19,20).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
1 - Cláudio M. Assunção
2 - Lord Bacon
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