Senhor vem depressa socorrer-nos com a tua misericórdia, pois estamos muito fracos. Estamos com a corda no pescoço.
“Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do Teu nome; e livra-nos, e perdoa os nossos pecados por amor do Teu nome” - Salmos 79:9.
Em certos momentos da nossa vida, principalmente quando enfrentamos situação de extrema opressão, nos vemos vulneráveis e impotentes para reagir a tudo que está acontecendo ao nosso redor.
Visto que os justos são objeto de
perseguição, afronta, humilhação e morte para os ímpios. Então o que devemos
fazer diante dessa provação? Como isso irá terminar? Neste momento o pedido de
misericórdia vem na forma de uma triste canção, uma oração cheia de incerteza
diante da destruição provocada pelos inimigos: “Até quando, Senhor?”,
revelando a dor amarga de alguém que implora a Deus por uma resposta (que
insiste em não chegar). “Até quando os ímpios, Senhor, até quando os
ímpios exultarão?” (Salmos 94:3). “Ó Senhor, Deus dos Exércitos,
até quando arderá a tua ira contra as orações do teu povo?” (Salmos
80:4). “Volta-te, Senhor! Até quando será assim? Tem compaixão dos teus
servos!” (Salmos 90:13). Como vemos essa dúvida se tornou recorrente na
vida do povo da aliança.
Com isso o clamor se
intensifica e ao grito desesperado segue-se imediatamente a segunda pergunta: “Ficarás
irado para sempre?”. Ou seja, “Por que nos rejeitaste
definitivamente, ó Deus? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas da tua
pastagem?” (Salmos 74:1). “Desperta, Senhor! Por que dormes?
Levanta-te! Não nos rejeites para sempre” (Salmos 44:23). “Ficarás
indignado conosco para sempre? Prolongarás a tua ira por todas as gerações?”
(Salmos 85:5). E ainda “Arderá o teu ciúme como o fogo?” aqui a
dor amarga do fica evidente “Até quando, Senhor? Para sempre te
esconderás? Até quando a tua ira queimará como fogo?” (Salmos 89:46)
Muito embora tais dúvidas
pareçam falta de fé, elas demonstram justamente o contrário, uma vez que quando as
fazemos, na verdade estamos exercitando a nossa fé através de uma oração ao
Deus da nossa salvação! Tanto que o clamor por socorro reconhece os pecados do
passado e renova a esperança de compaixão no presente: “Não cobres de nós
as maldades dos nossos antepassados; venha depressa ao nosso encontro a tua
misericórdia, pois estamos totalmente desanimados!” (Salmos 79:8) A oração é feita sem esperar a resposta (que na verdade já temos em nossos corações): “Pois
a Sua ira só dura um instante, mas o Seu favor dura a vida toda; o choro pode
persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria” (Salmos 30:5).
A oração rogando por socorro
contempla três aspectos “Ajuda-nos; livra-nos, e perdoa-nos”, os
três pedidos são realizados não para alcançar proveito próprio, não para
exaltar o homem, mas “pela glória do Teu Nome, por amor do Teu Nome”.
Tudo que viermos a realizar precisa redundar em glória ao nome do Senhor: “Não
a nós, SENHOR, não a nós, mas ao Teu Nome dá glória, por amor da Tua
benignidade e da Tua verdade” (Salmos 115:1). “Por isso Deus o
exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para
que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra,
e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”
(Filipenses 2:9-11). “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer
outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).
Porquê “Eu sou o Senhor;
este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor
às imagens de escultura” (Isaías 42:8). Portanto o nosso pedido de “Ajuda”
tem que contemplar a glória de Deus Pai “pela glória do Teu nome”,
ou seja, devemos orar dizendo: “Não nos rejeites por amor do Teu Nome;
não abatas o trono da Tua glória; lembra-te, e não anules a Tua aliança
conosco” (Jeremias 14:21), vem em nosso auxílio Senhor, Tu é o nosso
Deus, só em Ti confiamos, e no Nome do Senhor dos Exércitos enfrentaremos as
adversidades por isso cantamos louvores à glória do Teu Nome. Portanto: “Ajuda-nos,
ó Deus, nosso Salvador, para a glória do teu nome; livra-nos e perdoa os nossos
pecados, por amor do teu nome” (Salmos 79:9). Ao pedido de ajuda
segue-se a petição de perdão e livramento “livra-nos, e perdoa-nos”,
acompanhado da afirmativa “por amor do Teu Nome”.
Entre todas as coisas que
Deus honra em especial está o zelo pelo Seu Nome, ciente disto o salmista apela
para esta característica Divina: “livra-nos e perdoa os nossos pecados,
por amor do teu nome”. E por amor ao Seu Nome o Senhor responde: “Mas,
por amor do Meu Nome, Eu agi, evitando que o Meu Nome fosse profanado aos olhos
das nações entre as quais estavam e à vista de quem Eu tinha me revelado aos
israelitas para tirá-los do Egito” (Ezequiel 20:9). "Por
isso diga à nação de Israel: ‘Assim diz o Soberano Senhor: Não é por causa de
vocês, ó nação de Israel, que vou fazer essas coisas, mas por causa do meu
santo nome, o qual vocês profanaram entre as nações para onde foram. Mostrarei
a santidade do meu santo nome, o qual foi profanado entre as nações, o nome que
vocês profanaram no meio delas. Então as nações saberão que eu sou o Senhor,
palavra do Soberano Senhor, quando eu me mostrar santo por meio de vocês diante
dos olhos delas” (Ezequiel 36:22,23).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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