“Felizes são vocês!” - Parte 63 – Felizes são vocês que amam a Deus e estão vivendo ajustados nos planos Dele

"Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28).


Este é um daqueles versículos que sabemos de cor e salteado, ele está na boca de todo crente. Vira e mexe ouvimos alguém dizer:
“todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus”.  Geralmente este versículo é dirigido a alguém que passa por dias turbulentos. Certamente você, em momentos de crise, ouviu esta poderosa declaração. Por vezes ela soou como um fortalecimento, em outra oportunidade como uma acusação de falta de fé, e isso não lhe ajudou em nada, produzindo na verdade uma rejeição àquela palavra.

Seja qual for o motivo, nossa reação será fruto do que sabemos ou não a respeito das circunstâncias que nos cercam “Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto” (Romanos 8:22); da nossa comunhão com Deus que nos faz saber como chegar a Ele: “não sabemos como orar” (Romanos 8:26b). E por fim, do conhecimento que temos do agir de Deus: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam” (Romanos 8:28). Quando sabemos estas coisas fica mais fácil entender e aceitar o que nos atingiu. Entretanto, na maioria das vezes a única coisa que sabemos é que nada sabemos. Pois “Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria. Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus” (1 Coríntios 8:2,3).

A palavra de Deus nos exorta a buscar o conhecimento Divino: “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra" (Oséias 6:3). Este é o grande segredo para entendermos a verdade de "que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”. Ou seja, Deus em Sua onisciência, utiliza-se de todas as coisas que nos acontecem como parte de Seu penoso trabalho para a nossa santificação; sua didática tem como objetivo nos tornar cada vez mais parecidos com Seu filho Cristo Jesus.

“Amar a Deus”  - eis o pressuposto para entender o agir Divino! Como Ele mesmo disse: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele" (João 14:21). Esta revelação só é dada àqueles que desfrutam da Sua intimidade. Por isso “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15:15).

Na verdade, o nosso amor a Deus é um reflexo do Seu amor a nós: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:10). Por isso sabemos que “a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5:5). Portanto todo aquele que entende o circuito do amor Divino, triunfa sobre tudo. Porque tudo aquilo que hoje parece nos cercar com múltiplas aflições, a longo prazo resulta em bem, para o bem-estar daqueles que são de Cristo Jesus. “Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte” (2 Coríntios 12:7-10).

Portanto, precisamos saber que por amor a nós, Deus também coloca “um freio no focinho” das adversidades, encaminhando-as soberanamente para o propósito que Ele estabeleceu, isto é, a salvação. Visto que: “Seu sopro é como uma torrente impetuosa, que sobe até o pescoço. Ele faz sacudir as nações na peneira da destruição; ele coloca na boca dos povos um freio que os desencaminha. E vocês cantarão como em noite de festa sagrada; seus corações se regozijarão como quando se vai, ao som da flauta, ao monte do Senhor, à Rocha de Israel. O Senhor fará que os homens ouçam sua voz majestosa e os levará a ver seu braço descendo com ira impetuosa e fogo consumidor, com aguaceiro, tempestades de raios e saraiva” (Isaías 30:28-30).

O que foi declarado vale tão somente para todos aqueles “que foram chamados de acordo com o seu propósito” chamados segundo o propósito de Deus, desde antes da fundação do mundo. “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado” (Efésios 1:4-6).

Deus age e Seu agir é irreversível. Deus atua de modo objetivo e consequente, para desenvolver uma relação de confiança pessoal com aqueles que o amam. Em suma, os que se acercaram desse amor de uma vez por todas não serão envergonhados, porque: ”O Senhor cuida da vida dos íntegros, e a herança deles permanecerá para sempre. Em tempos de adversidade não ficarão decepcionados; em dias de fome desfrutarão fartura” (Salmos 37:18,19). Portanto, “Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado; decepcionados ficarão aqueles que, sem motivo, agem traiçoeiramente. Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas; guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo” (Salmos 25:3-5).

Diante de tudo isso, agora, nós sabemos e entendemos como é o agir de Deus, e  podemos declarar com fé verdadeira que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”. Observe que entender verdadeiramente esta declaração é necessário inverter a ordem dos fatores: pois em  primeiro lugar está o amor a Deus: "daqueles que amam a Deus", para só então serem dirimidas todas as dúvidas sobre o que submerge diante deste amor: "coisas contribuem juntamente para o bem". Essas “coisas”, são compreendidas tão somente por aqueles que continuamente expressam amor a Deus tanto por meio de palavras quanto por atos. Alguém capaz de dizer: “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21). “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42:5,6). “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:21,22).

Leia na próxima Publicação: '“Felizes são vocês!” - Parte 64 – Felizes são vocês que têm Deus ao seu lado, pois ninguém poderá lhe vencer!'
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No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

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