“Felizes são vocês!” - Parte 47 – Felizes são vocês que, justificados pela revelação Divina, manifestam sua fé com atos de fé vivendo pela fé.

‘Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: "O justo viverá pela fé"’ (Romanos 1:17).


Viver é muito mais do que respirar. Viver é muito mais do que buscar prazeres: 
“Mas a que vive para os prazeres, ainda que esteja viva, está morta” (1 Timóteo 5:6). Viver é saber que o único prazer real que podemos ter nesta curta existência é ter a felicidade de “viver pela fé"; é fazer com que a nossa existência tenha um propósito sublime: ser considerado justo por Deus.
Pois aquele que tem a alegria de ser aceito por Deus e por Ele considerado justo, “pela fé viverá”. Assim a “obediência que vem pela fé” (Romanos 1:5) passa a ser um feliz estilo de vida. Agora, ao invés do castigo definitivo da morte certa por conta do pecado o justo aprende a viver uma nova forma de vida. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:1,2).

Verdadeiramente feliz é o justo, pois ele sabe que “no evangelho é revelada a justiça de Deus”. Sua alegria é tanta que pela fé ele conclama a natureza para celebrarem a “justiça que do princípio ao fim é pela fé”: “Batam palmas os rios, e juntos, cantem de alegria os montes; cantem diante do Senhor, porque ele vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com retidão (Salmos 98:8,9).

As boas-novas de grande alegria revelam como Deus julgará o mundo com justiça e os povos, com retidão e nos declarará justos, não diante do mundo, mas diante Dele. Pois  É evidente que diante de Deus ninguém é justificado pela lei, pois "o justo viverá pela fé" (Gálatas 3:11), portanto, Escreva: "O ímpio está envaidecido; seus desejos não são bons; mas o justo viverá pela sua fidelidade’ (Habacuque 2:4). Assim sendo, “Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito em breve "Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele". Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos” (Hebreus 10:36-39). “Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (João 3:17,18). "Portanto, meus irmãos, quero que saibam que mediante Jesus lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela lei de Moisés.” (Atos 13:38,39)

Portanto, Parece legítimo afirmar, portanto, que "a justiça de Deus" é a iniciativa justa tomada por Deus ao justificar os pecadores consigo mesmo, concedendo-lhes uma justiça que não lhes pertence, mas que vem do próprio Deus. "A justiça de Deus" é a justificação justa do injusto, sua maneira justa de declarar justo o injusto, através da qual ele demonstra sua justiça e, ao mesmo tempo, nos confere justiça. Ele o fez através de Cristo, o justo, que morreu pelos injustos, como Paulo explica mais adiante. E ele o faz pela fé quando confiamos nele, clamando a ele por misericórdia.”1 Pois “a origem da fé, como diz Bengel: "Da fé de Deus, que faz a oferta, à fé do homem, que a recebe". Ou, mais simplesmente, "da fé (ou melhor, fidelidade) de Deus à nossa fé". A fidelidade de Deus vem sempre primeiro, e a nossa nunca passa de uma resposta.”2

A nossa felicidade tem princípio na fé simples e objetiva, fé que gera uma fiel resposta “que do princípio ao fim é pela fé” na fidelidade Divina, tal fidelidade é que nos leva a crer que “No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1). Crer no Deus Todo-Poderoso, criador nosso, que no princípio estabeleceu as normas para nossa justificação: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar" (Gênesis 3:15). Tanto que essa inimizade entre a semente do justo e do ímpio, logo se revelou: “Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas. Embora esteja morto, por meio da fé ainda fala” (Hebreus 11:4). Felizmente para nós o “descendente” justo persiste pois, apesar das injustiças ele não é  “dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos”. Tanto que A Noé, porém, o Senhor mostrou benevolência. Esta é a história da família de Noé: Noé era homem justo, íntegro entre o povo da sua época; ele andava com Deus” (Gênesis 6:8,9).

Entretanto, é bom tomar cuidado para não cair na tentação da justiça própria: "Por isso, filho do homem, diga aos seus compatriotas: ‘A retidão do justo não o livrará se ele voltar-se para a desobediência, e a maldade do ímpio não o fará cair se ele se desviar dela. E se o justo pecar, não viverá por causa de sua justiça’. Se eu garantir ao justo que ele vai viver, mas ele, confiando em sua justiça, fizer o mal, nada de justo que fez será lembrado; ele morrerá por causa do mal que fez” (Ezequiel 33:12,13).

Quanto a isso, o Cordeiro de Deus, que com Seu sangue nos purificou de todo pecado e injustiça diz: "Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. "Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’. "Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado" (Lucas 18:10-14). 

Diante disto somos todos “indesculpáveis” pois todos nós “sabemos que o ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado” (Gálatas 2:16). 

Contudo o justo vive feliz como quem já alcançou ao ser justificado por Deus “Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião, à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados, a Jesus, mediador de uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que fala melhor do que o sangue de Abel” (Hebreus 12:22-24).

Portanto a nossa felicidade que tem princípio na fé, chegará ”ao fimcontemplando a fidelidade de Deus, pois “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1 Coríntios 13:12,13).

O amor que desde o princípio está no “evangelho” revelando a “justiça de Deus”, e ao fim se revelará o “Alfa e o Ômega" e Sua maravilhosa justiça “João às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono, e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém. Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém. "Eu sou o Alfa e o Ômega", diz o Senhor Deus, "o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso" (Apocalipse 1:4-8).

Portanto nossa atitude para com o Evangelho deve ser de orgulho por poder proclamar com alegria uma Mensagem extraordinária de vida abundante. Essa é a natureza do Evangelho: revelar o plano de Deus de resgatar todos que creem Nele e em Seu filho Jesus Cristo, o justificador de todos os homens. E, revelar que Deus torna justo todo ser humano que manifestar sua fé com atos de fé vivendo pela fé. 

‘Aquele que dá testemunho destas coisas diz: "Sim, venho em breve! " Amém. Vem, Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém. (Apocalipse 22:20,21).

Leia na próxima Publicação: '“Felizes são vocês!” - Parte 48 – Felizes são vocês que beberam até a última gota do cálice da nova aliança no sangue do Cordeiro, derramado em favor de todos nós.'
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No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
1 - Stott, John R. W. – A mensagem de Romanos / John R. W. Stott; {tradução Silênda e Marcos D. S. Steuernagel]. São Paulo: ABU Editora, 2000; 528p.; 21cm. – (A Bíblia fala hoje); Pg. 68.
2 - Stott, John R. W. – A mensagem de Romanos / John R. W. Stott; {tradução Silênda e Marcos D. S. Steuernagel]. São Paulo: ABU Editora, 2000; 528p.; 21cm. – (A Bíblia fala hoje); Pg. 68.

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