“Felizes são vocês!” - Parte 45 – Felizes são vocês que podem repartir, com o seus irmãos, as bênçãos recebidas.
“Anseio vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los, isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé” (Romanos 1:11,12).
Como é maravilhoso poder dividir a nossa felicidade com outros, poder contagiar as pessoas com a felicidade verdadeira e, com este pequeno gesto ver surgir um sorriso entre lágrimas sufocantes de tristeza. Como é magnífico viver um cotidiano em que o individualismo e o egoísmo do isolamento não fazem parte do nosso dia, porquanto “Quem se isola, busca interesses egoístas, e se rebela contra a sensatez” (Provérbios 18:1). Porque a vida cristã é feita do amor de um pelos outros, de contato, de vida na vida, do bom hábito de ser benção na vida do próximo: “e você será uma bênção” (Gênesis 12:2c).
Como é
sublime poder ser encorajado pela fé mútua. A fé que foi testemunhada por toda
parte como confirmação de uma vida comprometida com Cristo. Eu posso até ver a
alegria estampada no rosto sofrido do apóstolo Paulo, alegria que faz com que
ele abra o seu coração para seus leitores reconhecendo que ele foi encorajado por
sua fé, tanto que sente gratidão pelo testemunho da
fé deles, uma fé sem fronteiras, conhecida em todo o mundo: “Antes de
tudo, quero dizer que, por meio de Jesus Cristo, agradeço a meu Deus por todos
vocês, pois sua fé nele é comentada em todo o mundo.” (Romanos
1:08); assim o apóstolo revela que, por meio de Jesus Cristo, seu coração está
cheio de “gratidão a Deus”, por suas vidas de testemunho vivo.
Tal testemunho faz brotar a alegria de interceder por aqueles que
lhe proporcionaram tamanha alegria: “O Deus a quem sirvo em meu espírito,
anunciando as boas-novas a respeito de seu Filho, sabe como nunca deixo de me
lembrar de vocês em minhas orações, sempre pedindo, se for da vontade de Deus,
uma oportunidade de ir vê-los” (Romanos 1:09-10); Alegria que desenvolve uma ansiedade santa: Anseio vê-los”, por isso oro “sempre pedindo, se for da vontade de Deus, uma oportunidade
de ir vê-los.” Enquanto isso não
acontece ele continua em sua feliz prática de oração por pessoas na grande
maioria desconhecidas, mas que já habitam a sua mente e coração: “Deus é minha
testemunha de que nunca deixo de me lembrar de vocês em minhas orações”.
Por isso “Quero que saibam, irmãos, que muitas vezes planejei
visitá-los, mas até agora fui impedido. Meu desejo é
trabalhar entre vocês e ver frutos espirituais como tenho visto entre outros
gentios.” (Romanos 1:13);
Isso nos revela a importância de todos nós praticarmos mutuamente o encorajamento da fé e pela fé ao ponto de sermos ansiosos, no bom sentido, ao ponto de dizer: “Desejo muito visitá-los, a fim de compartilhar com vocês alguma dádiva espiritual que os ajude a se fortalecerem.” (Romanos 1:11)
Porque seu testemunho de fé me encorajou e fortaleceu e eu desejo: “Compartilhar” a minha fé para “fortalecer”, “Encorajar” a fé de vocês, e assim também ser “encorajado” através da fé de vocês; pois “Quando nos encontrarmos, quero encorajá-los na fé, e também quero ser encorajado por sua fé.” (Romanos 1:12).
O encorajamento mútuo é uma via de mão dupla. Por maior autoridade ou conhecimento que possamos ter, a exemplo do apóstolo Paulo, sempre há espaço para sermos “humildes em espírito” (Mateus 5:3) e revelar a pobreza espiritual que nos torna ricos, nos sustentando em humildade, fazendo oposição a arrogância espiritual de achar que já sabe tudo, e que não precisa aprender mais nada, assim como fizeram os sacerdotes, escribas e fariseus.
Portanto precisamos humildemente
aprender a dizer “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em
vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa.”, frase atribuída ao
grande filósofo grego Sócrates, significando que o “sábio conhece a dimensão
da própria ignorância.” A vantagem de saber que “nada sei”, é a revelação
de um espírito que tem boa disposição em relação ao outro; revela sabedoria de estar
disponível tanto para receber como para dar, portanto seja sedento para aprender
e assim poder ensinar, esteja disposto a ser encorajado, para então encorajar.
Como é bom ter a fé encorajadora para animar tanto “livre” como “cativo” - Em Cristo, que independentemente da sua situação, tem toda “liberdade” para com alegria encorajar outros a cumprir a sua missão com alegria: “Sempre fiz questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse edificando sobre alicerce de outro. Mas antes, como está escrito: "Hão de vê-lo aqueles que não tinham ouvido falar dele, e o entenderão aqueles que não o haviam escutado". É por isso que muitas vezes fui impedido de chegar até vocês.” (Romanos 15:20-22), “pois sinto grande obrigação tanto para com os gregos como os bárbaros, tanto para com os instruídos como os não instruídos.” (Romanos 1:13-14); Portanto, “Foi você chamado sendo escravo? Não se incomode com isso. Mas, se você puder conseguir a liberdade, consiga-a. Pois aquele que, sendo escravo, foi chamado pelo Senhor, é liberto e pertence ao Senhor; semelhantemente, aquele que era livre quando foi chamado, é escravo de Cristo. Vocês foram comprados por alto preço; não se tornem escravos de homens.” (1ª Coríntios 7:21-23).
Por isso
tenho a alegria de compartilhar com vocês o prazer da obrigação daqueles, que por
meio de Cristo, receberam “graça e apostolado”, para ser um escravo
livre, com o objetivo de chamar dentre todas as nações (etnias), um povo para obediência
que vem pela fé. Pois “este Senhor só pode se tornar Senhor na livre obediência
da fé; se existe alguma coisa que não pode ser forçada é a fé.”[1]
“Por isso, aguardo com expectativa para visitá-los, a fim de anunciar as
boas-novas também a vocês, em Roma.” (Romanos 1:15); “Não
que tenhamos domínio sobre a sua fé, mas cooperamos com vocês para que tenham alegria,
pois é pela fé que vocês permanecem firmes” (2 Coríntios 1:24).
Portanto, “felizes são vocês!” que têm a felicidade de repartir; dividir;
distribuir, e utilizar o tesouro Divino que nos foi dado pelo Espírito Santo de Deus, que em nós habita - a fé. A fim de fortalecer, encorajar, de modo racional e prazeroso os dons que
nos foram presenteados, a todos aqueles
que como nós vivem pela fé, e que pela fé devem ser animados.
“Felizes são vocês!” que têm a felicidade de partilhar, compartilhar, dividir, de repartir sua alegria com seus irmãos e amigos, espalhando e enchendo de felicidade todas as pessoas que ouvirem o seu testemunho de fé.
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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