“Felizes são vocês!” - Parte 34 – Felizes são vocês os que são disciplinados por Deus, o Pai amoroso que educa os seus filhos para a maturidade e para o discernimento espiritual.
“Como é feliz o homem a quem disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei” (Salmos 94:12)
Disciplina é uma palavra que está fora de moda. As pessoas costumam associá-la a castigos e ninguém gosta de ser castigado. Assim sendo o culpado busca as brechas da lei para se safar da condenação. Entretanto, a falta de disciplina só traz confusão sobre confusão. Por isso a Bíblia nos exorta a disciplinar aqueles que amamos com a disciplina do amor: “Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua alma” (Provérbios 29:17). “Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura. Meu filho, se o seu coração for sábio, o meu coração se alegrará. Sentirei grande alegria quando os seus lábios falarem com retidão” (Provérbios 23:13-16).
Disciplina
fala de “retidão”; bom seria que este e outros conselhos de Deus fossem
seguidos mas, desde a criação, o homem busca as brechas na Lei Divina para
justificar seus erros: ‘Disse o homem: "Foi a mulher que me deste
por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi".’ (Gênesis
3:12). Só que na lei de Deus não há brechas, porque “A lei do Senhor é
perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança,
e tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos, e dão
alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos
olhos. O temor do Senhor é puro, e dura para sempre. As ordenanças do Senhor
são verdadeiras, são todas elas justas. São mais desejáveis do que o ouro, do
que muito ouro puro; são mais doces do que o mel, do que as gotas do favo. Por
elas o teu servo é advertido; há grande recompensa em obedecer-lhes” (Salmos
19:7-11).
Por conta disto, os homens fizeram as suas próprias regras baseadas em “mentira” e “falsidade”, de forma que a indisciplina bata palmas para a libertinagem coletiva. Contudo, o sonho de liberdade tornou-se em pesadelo e escravidão: “Pois o que se diz é: ‘Ordem sobre ordem, ordem sobre ordem, regra e mais regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali’." Pois bem, com lábios trôpegos e língua estranha Deus falará a este povo, ao qual dissera: "Este é o lugar de descanso. Deixem descansar o exausto. Este é o lugar de repouso! " Mas eles não quiseram ouvir. Por isso o Senhor lhes dirá: "Ordem sobre ordem, ordem sobre ordem, regra e mais regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali", para que saiam, caiam de costas, firam-se, fiquem presos no laço e sejam capturados. Portanto, ouçam a palavra do Senhor, zombadores, vocês, que dominam este povo em Jerusalém. Vocês se vangloriam, dizendo: "Fizemos um pacto com a morte, com a sepultura fizemos um acordo. Quando vier a calamidade destruidora, não nos atingirá, pois da mentira fizemos o nosso refúgio e na falsidade temos o nosso esconderijo".” (Isaías 28:10-15).
Portanto, você que ama a Lei de Deus e sabe “Como é feliz o
homem a quem Ele disciplina”, muito cuidado com as falsas doutrinas,
doutrinas de homens, bela como o fruto do conhecimento do bem e do mal, mas
cheia de veneno mortal. Assim sendo: “Já que vocês morreram com Cristo para
os princípios elementares deste mundo, por que é que vocês, então, como se
ainda pertencessem a ele, se submetem a regras: "Não manuseie!"
"Não prove!" "Não toque!"? Todas essas coisas estão
destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos
humanos. Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade,
falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear
os impulsos da carne” (Colossenses 2:20-23). Desse modo: “Tenham
cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se
fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e
não em Cristo” (Colossenses 2:8).
Aqueles
que seguem os “princípios elementares deste mundo”, têm
grandes dificuldades para aceitar a disciplina como algo bom; visto que a associam
a castigo. Todavia, antes mesmo do castigo, a disciplina apresenta a obediência às
regras Divinas como forma de evitar que se chegue à punição merecida pelo
desobediente e, Deus o faz não por prazer, “Porque o Senhor não o desprezará
para sempre. Embora ele traga tristeza, mostrará compaixão, tão grande é o seu
amor infalível. Porque não é do seu agrado trazer aflição e tristeza aos filhos
dos homens” (Lamentações 3:31-33), mas o faz por amor: “Saibam,
pois, em seu coração que, assim como um homem disciplina o seu filho, da mesma
forma o Senhor, o seu Deus, os disciplina. Obedeçam aos mandamentos do Senhor,
o seu Deus, andando em seus caminhos e dele tendo temor” (Deuteronômio
8:5,6). Fazendo isso estaremos livres do castigo, “Mas, se os homens
forem acorrentados, presos firmemente com as cordas da aflição, e lhes dirá o
que fizeram, que pecaram com arrogância. Ele os fará ouvir a correção e lhes
ordenará que se arrependam do mal que praticaram. Se lhe obedecerem e o
servirem, serão prósperos até o fim dos seus dias e terão contentamento nos
anos que lhes restam. Mas, se não obedecerem, perecerão à espada e morrerão na
ignorância” (Jó 36:8-12).
Os desobedientes
“perecerão à espada e morrerão na ignorância” da infelicidade
pois não se arrependeram dos seus erros e agora definham massacrados pelo
injusto pecado: “Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava
de tanto gemer. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; minha força
foi se esgotando como em tempo de seca” (Salmos 32:3,4).
Enquanto isso os que se “arrependam do mal que praticaram. Se lhe obedecerem e o servirem, serão prósperos até o fim dos seus dias e terão contentamento nos anos que lhes restam.” Por isso se diz: "Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto, não despreze a disciplina do Todo-poderoso. Pois ele fere, mas dela vem tratar; ele machuca, mas suas mãos também curam” (Jó 5:17,18).
Portanto, venha ser feliz, "Venham,
voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele nos feriu,
mas sarará nossas feridas. Depois de dois dias ele nos dará vida novamente; ao
terceiro dia nos restaurará, para que vivamos em sua presença. Conheçamos o
Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele
aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera
que regam a terra" (Oséias 6:1-3). Portanto “Meu filho,”
seja inteligente, “não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a
sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao
filho de quem deseja o bem” (Provérbios 3:11,12).
Porque, feliz é o homem que é disciplinado e educado por Deus, pois este está ouvindo a
voz amorosa do Pai que diz: “Repreendo e disciplino aqueles que eu amo.
Por isso, seja diligente e arrependa-se” (Apocalipse 3:19). “Dedique
à disciplina o seu coração, e os seus ouvidos às palavras que dão conhecimento”
(Provérbios 23:12). “Meu filho, se o seu coração for sábio, o meu
coração se alegrará. Sentirei grande alegria quando os seus lábios falarem com
retidão” (Provérbios 23:15,16).
Feliz é
o homem que é disciplinado e educado por Deus! Porque, com certeza ele terá
sabedoria e forças para “falar com retidão” e assim enfrentar os
dias difíceis com a certeza da vitória final, podendo declarar: “O Senhor
me castigou com severidade, mas não me entregou à morte. Abram as portas da
justiça para mim, pois quero entrar para dar graças ao Senhor. Esta é a porta
do Senhor, pela qual entram os justos. Dou-te graças, porque me respondeste e
foste a minha salvação” (Salmos 118:18-21).
Feliz é
o homem que é disciplinado e educado por Deus, porque sabe que o pior castigo foi
sofrido por Ele mesmo, “Certamente ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos
castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por
causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o
castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados”
(Isaías 53:4,5).
Então “Que
diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele
que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos
dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” (Romanos 8:31,32).
A única coisa que posso dizer é: “Como sou feliz por ser disciplinado pelo
Senhor e ensinado na Sua lei”.
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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