“Porque vivemos por fé” - Parte 30 (Profeta Eliseu) – Porque pela fé persistente nos dá coragem e compreensão espiritual para entender o significado de ser herdeiro do espírito profético.
‘Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: "O que posso fazer por você antes que eu seja levado para longe de você?" Respondeu Eliseu: "Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético”’ (2 Reis 2:9).
“Que direi dos profetas? Que direi eu de Eliseu?” Uma coisa eu sei com certeza: não posso chamá-lo de “careca”. ‘De Jericó Eliseu foi para Betel. No caminho, alguns meninos que vinham da cidade começaram a caçoar dele, gritando: "Suma daqui careca!" Voltando-se, olhou para eles e os amaldiçoou em nome do Senhor. Então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois meninos’ (2 Reis 2:23,24).
Entretanto longe de querer
ofender o profeta desejo chamá-lo carinhosamente de “carrapato da fé”. Porque Eliseu
teve um objetivo: Ser o herdeiro e sucessor de Elias. "Faze de mim o
principal herdeiro de teu espírito profético”’, roga ele. Sua meta está estabelecida e, na primeira
oportunidade, ele agarra a chance e não a solta mais. ‘Então Elias saiu de
lá e encontrou Eliseu, filho de Safate. Ele estava arando com doze parelhas de
bois, e estava conduzindo a décima-segunda parelha. Elias o alcançou e lançou a
sua capa sobre ele’ (1 Reis 19:19). Pela fé ele deixa tudo para trás, se
despede de seus pais e se desfaz de tudo que o prendia àquela vida. Mata e destrói
qualquer coisa que pudesse dar motivos para retroceder, se desfaz do arado
e das juntas de boi, coloca fogo em tudo e distribui a carne entre o povo. ‘Eliseu
deixou os bois e correu atrás de Elias. "Deixa-me dar um beijo de
despedida em meu pai e minha mãe", disse, "e então irei contigo."
"Vá e volte", respondeu Elias, "pelo que lhe fiz." E
Eliseu voltou, apanhou a sua parelha de bois e os matou. Queimou o equipamento
de arar para cozinhar a carne e a deu ao povo, e eles comeram. Depois partiu
com Elias, e se tornou o seu auxiliar.’ (1 Reis 19:20,21).
Assim Eliseu foi com Elias
em busca do seu objetivo de ser um profeta aprovado por Deus. E, não há nada
neste mundo que possa desviá-lo do seu alvo, o de ser nomeado sucessor de Elias.
Para isso ele, como um carrapato, não desgruda de Elias: ‘Elias e Eliseu
saíram de Gilgal, e no caminho disse-lhe Elias: "Fique aqui, pois o Senhor
me enviou a Betel". Eliseu, porém, disse: "Juro pelo nome do Senhor e
por tua vida, que não te deixarei ir só". Então foram a Betel.’ (2
Reis 2:1,2); ‘Então Elias lhe disse: "Fique aqui, Eliseu, pois o
Senhor me enviou a Jericó". Ele respondeu: "Juro pelo nome do Senhor
e por tua vida, que não te deixarei ir só". Desceram então a Jericó’
(2 Reis 2:4); ‘Em seguida Elias lhe disse: "Fique aqui, pois o
Senhor me enviou ao rio Jordão". Ele respondeu: "Juro pelo nome do
Senhor e por tua vida, que não te deixarei ir só! " Então partiram juntos’
(2 Reis 2:6). Certamente Eliseu, o “carrapato da fé” poderia dizer com autoridade:
“Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que
crêem e são salvos” (Hebreus 10:39).
Até parece que Eliseu aprendeu
a ser persistente com o seu patriarca Jacó que lutou até ser abençoado: ‘Então
o homem disse: "Deixe-me ir, pois o dia já desponta". Mas Jacó lhe
respondeu: "Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes"’ (Gênesis
32:26). Com o foco na benção de Elias ele não dá ouvido às vozes de desânimo dos
outros discípulos de Elias que insistiam em desanimá-lo: ‘Em Betel os
discípulos dos profetas foram falar com Eliseu e perguntaram: "Você sabe
que hoje o Senhor vai levar para os céus o seu mestre, separando-o de você?
" Respondeu Eliseu: "Sim, eu sei, mas não falem nisso"’
(2 Reis 2:30). Também a cena se repetiu ‘Em Jericó os discípulos dos
profetas foram falar com Eliseu e lhe perguntaram: "Você sabe que hoje o
Senhor vai levar para os céus o seu mestre, separando-o de você? "
Respondeu Eliseu: "Sim, eu sei, mas não falem nisso"’ (2 Reis
2:5).
Por conta da sua fé e na
certeza do que iria ocorrer os ‘Cinquenta discípulos dos profetas os
acompanharam e ficaram olhando a distância’, enquanto ‘Elias e
Eliseu pararam à margem do Jordão’ (2 Reis 2:7) ao contrário de Eliseu
eles mantiveram distância de Elias; estavam satisfeitos com o que já tinham
alcançado e, por conta disto, perderam a benção de presenciar bem de perto o que
Deus estava por fazer. Eliseu, entretanto, mantinha-se firme no propósito se
ser o herdeiro de Elias. A obstinação de Eliseu tornou isso possível. Ele é o único
ao lado de Elias, enquanto os outros só observavam o que acontecia junto ao
Jordão. Eliseu se aproxima com fé à espera da recompensa que só quem está próximo
de Deus pela fé pode receber: “Faze de mim o principal herdeiro de teu
espírito profético"(2 Reis 2:9). Ou como está escrito em outra
versão: “Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim”
(2 Reis 2:9). Ou seja: faze-me o seu herdeiro e sucessor.
Eliseu pela fé pediu porção
dobrada e a resposta a seu pedido não foi uma garantia de que receberia, pois o
favor pedido não pertencia a Elias conceder. Pois ‘Disse Elias:
"Você fez um pedido difícil; mas, se você me vir quando eu for separado de
você, terá o que pediu; do contrário, não será atendido"’ (2 Reis
2:10). Pois “a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas
que não vemos” (Hebreus 11:1). Elias responde a Eliseu: “se você
me vir quando eu for separado de você”. Ou seja, se Eliseu tivesse fé
para ver o com os olhos da fé, coragem de presenciar a transladação e a
compreensão espiritual para entender o significado da partida do homem de Deus,
ele receberia a recompensa que pediu. Este seria o sinal pelo qual Eliseu
saberia que seu pedido fora atendido. Por conta de sua fé persistente Eliseu vê
como os olhos da fé o carro de fogo com cavalos de fogo e o redemoinho que levou
Elias embora.
O carro de fogo com cavalos
de fogo são símbolos do poder de Deus na batalha ‘E Eliseu orou:
"Senhor, abre os olhos dele para que veja". Então o Senhor abriu os olhos
do rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao
redor de Eliseu’ (2 Reis 6:17). Eliseu está próximo e de olhos bem
abertos quando ‘De repente, enquanto caminhavam e conversavam, apareceu
um carro de fogo, puxado por cavalos de fogo, que os separou, e Elias foi
levado aos céus num redemoinho. Quando viu isso, Eliseu gritou: "Meu pai!
Meu pai! Tu eras como os carros de guerra e os cavaleiros de Israel!" E
quando já não podia mais vê-lo, Eliseu pegou as próprias vestes e as rasgou ao
meio’ (2 Reis 2:11-12).
Eliseu é um vocacionado e
pela fé ele se apossa do manto de Elias um símbolo do ofício profético; pois
quando “Elias saiu de lá e encontrou Eliseu, filho de Safate. Ele estava
arando com doze parelhas de bois, e estava conduzindo a décima-segunda parelha.
Elias o alcançou e lançou a sua capa sobre ele” (1 Reis 19:19). E agora
que Elias foi transladado pelo Senhor ele toma para si o manto do profeta que
se torna um símbolo do poder de Deus: ‘Depois pegou o manto de Elias,
que tinha caído, e voltou para a margem do Jordão. Então bateu nas águas do rio
com o manto e perguntou: "Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias?
" Tendo batido nas águas, essas se dividiram e ele atravessou. Quando os
discípulos dos profetas, vindos de Jericó, viram isso, disseram: "O
espírito profético de Elias repousa sobre Eliseu". Então foram ao seu
encontro, prostraram-se diante dele e disseram: "Olha, nós, teus servos,
temos cinqüenta homens fortes. Deixa-os sair à procura do teu mestre. Talvez o
Espírito do Senhor o tenha levado e deixado em algum monte ou em algum
vale". Respondeu Eliseu: "Não mandem ninguém".’ (2 Reis
2:13-16).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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