“Porque vivemos por fé” - Parte 21 (Josué) – Porque Deus opera com a fé de seu povo. A obediência prática é um ato de fé e traz a resposta de Deus à fé de seu povo.

“Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de serem rodeados durante sete dias” (Hebreus 11:30).


A fé é dinâmica. A fé de ontem precisa ser renovada hoje, porque os desafios 
também se renovam a cada dia. O mar e a fé que o abriram ficaram para trás. A fé que sustentou a vida de milhões de pessoas no deserto foi levada pelo vento como areia; com exceção de Josué e Calebe que testemunharam todos os grandes feitos do Senhor, todos estão mortos, pois a incredulidade ressurgiu no meio de um povo que deveria viver pela fé. Assim sendo: “A ira do Senhor se acendeu naquele dia, e ele fez este juramento: ‘Como não me seguiram de coração íntegro, nenhum dos homens de vinte anos para cima que saíram do Egito verá a terra que prometi sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, com exceção de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, seguiram ao Senhor com integridade de coração’” (Números 32:10-12). Nem mesmo o grande profeta Moisés pôde entrar na terra prometida, em seu lugar assume Josué: “Depois da morte de Moisés, servo do Senhor, disse o Senhor a Josué, filho de Num, auxiliar de Moisés: "Meu servo Moisés está morto. Agora, pois, você e todo este povo, preparem-se para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que eu estou para dar aos israelitas” (Josué 1:1,2).

Um novo líder, uma nova geração, que relembram as velhas tradições erguidas no passado pela fé. Tradições da fé passada de pai para filho em obediência ao mandamento de Deus: "Celebrem a festa dos pães sem fermento, porque foi nesse mesmo dia que eu tirei os exércitos de vocês do Egito. Celebrem esse dia como decreto perpétuo por todas as suas gerações” (Êxodo 12:17). 

Esta celebração traz à memória os grandes feitos que o Senhor realizou no passado, portanto para o meu bem “Recordarei os feitos do Senhor; recordarei os teus antigos milagres. Meditarei em todas as tuas obras e considerarei todos os teus feitos. Teus caminhos, ó Deus, são santos. Que deus é tão grande como o nosso Deus? Tu és o Deus que realiza milagres; mostras o teu poder entre os povos. Com o teu braço forte resgataste o teu povo, os descendentes de Jacó e de José” (Salmos 77:11-15). 

Assim sendo trago a memória o que me pode dar esperança e não permito que a incredulidade encha a minha mente ao ponto de dizer: “Então pensei: a razão da minha dor é que a mão direita do Altíssimo não age mais” (Salmos 77:10). Pois “No dia seguinte ao da Páscoa, nesse mesmo dia, eles comeram pães sem fermento e grãos de trigo tostados, produtos daquela terra. Um dia depois de comerem do produto da terra, o maná cessou. Já não havia maná para os israelitas, e naquele mesmo ano eles comeram do fruto da terra de Canaã” (Josué 5:11,12).

“Moisés está morto”, “o maná cessou”.  Neste momento é inevitável que o medo e as dúvidas começassem a tomar corpo em nossas mentes e coração: “Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor? Desapareceu para sempre o seu amor? Acabou-se a sua promessa? Esqueceu-se Deus de ser misericordioso? Em sua ira refreou sua compaixão” (Salmos 77:7-9).

A resposta Divina não tarda: “Como prometi a Moisés, todo lugar onde puserem os pés eu darei a vocês. (...). Ninguém conseguirá resistir a você, todos os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei. (...). Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido” (Josué 1:3-8).

Pessoas morrem, pessoas mudam, gerações passam, renovam-se os líderes, a fé oscila, novos desafios surgem, entretanto, Deus e a Sua Palavra permanecem, pois “Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei”. Tão somente “Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou”; só assim “os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido”, pois “O Senhor lutará por vocês; tão-somente acalmem-se" (Êxodo 14:14).

Josué é o herdeiro de Moisés para conduzir o povo de Deus na conquista da Terra Santa. Mas, tal tarefa só foi possível porque Deus estava com ele: “Tendo recebido o tabernáculo, nossos antepassados o levaram, sob a liderança de Josué, quando tomaram a terra das nações que Deus expulsou de diante deles” (Atos 7:45). Suas vitórias são consequência dos seus atos de fé obediente. 

A fé transcorre em toda a história do povo de Deus como podemos ler nos exemplos selecionados pelo escritor de Hebreus no capítulo 11, alguns episódios marcantes do Antigo Testamento. Vimos que não somente a peregrinação pelo deserto estabelece uma série de testemunhos de fé, como também a ocupação da Terra prometida está sob a tutela da fé. Pois ‘o Senhor disse a Josué: "Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus homens de guerra”’ (Josué 6:2).

Deus cumpriu a Sua promessa, mas não de imediato, para que Israel pudesse demonstrar que tinha aprendido o que Ele quis dizer quando falou: “tão-somente acalmem-se" e desta forma mostrar sua fé obediente na Palavra de Deus.

As instruções de Sua Palavra para conquistar aquela fortaleza, aos olhos dos inimigos, soa como um comportamento ridículo. Imagine os cidadãos de Jericó olhando de cima das muralhas aquele bando dia após dia, dando voltas na cidade. Durante seis dias Israel deveriam marchar em redor de Jericó enquanto os sacerdotes iam diante do povo com as trombetas. Creio que os jericoenses pensavam consigo mesmos: “este povo é maluco, não irão conseguir nada com essa loucura”.

Contudo, Deus cumpriu as suas promessas literalmente. No sétimo dia Israel agiu diferente, eles rodearam a cidade seis vezes sob o som das trombetas. E na sétima volta soltaram o grito de guerra. E “Quando soaram as trombetas o povo gritou. Ao som das trombetas, e do forte grito, o muro caiu. Cada um atacou do lugar onde estava, e tomaram a cidade” (Josué 6:20). A cidade caiu mediante a obediência prática de fé.

Jericó caiu porque Josué e os filhos de Israel lutaram usando as armas da fé: “Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2 Coríntios 10:3,4). 

A queda de Jericó foi a resposta de Deus à fé de seu povo. “Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de serem rodeados durante sete dias” (Hebreus 11:30). Isto é uma demonstração clara de que “a mão direita do Altíssimo continua agindo”, o que valia no tempo de Moisés, o que Josué e o povo testemunhou diante de Jericó, estabelece o padrão para toda luta enfrentada pelos filhos de Deus: a fé obediente está estabelecida como única possibilidade e único caminho para viver com Deus e na dependência de Seu poder que fortalece a nossa fé. “Assim lhes diz o Senhor: ‘Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus’” (2 Crônicas 20:15). Por isso “Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2 Coríntios 10:5).

Estas sem dúvidas são palavras eternas que no passado encorajaram a fé de muitos e hoje elas são mais do que lembranças que vivificam a nossa fé. Elas nos enchem de esperança enquanto olhamos para o futuro glorioso que nos aguarda. Portanto “Gritem! O Senhor lhes entregou a cidade!” (Josué 6:16b).

Leia na próxima Publicação: '“Porque vivemos por fé” - Parte 22 (Raabe) – Porque a fé é para todos para que ninguém fosse excluído de sua salvação. Isso é glorioso.'
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No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

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