“Porque vivemos por fé” - Parte 19 (Moisés) – A fé nos faz participantes no sacrifício redentor do Cordeiro de Deus onde a comunhão dos libertos se torna visível.
“Pela fé celebrou a Páscoa e fez a aspersão do sangue, para que o destruidor não tocasse nos filhos mais velhos dos israelitas” (Hebreus 11:28).
A Páscoa tem um significado profundo e de infinito alcance. Ela sempre apontou e aponta para Cristo: “Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7b).
Pela fé Moisés e o povo de
Israel celebraram a “passagem”. Uma vez que Páscoa se origina da palavra
hebraica “Pessach / Pesach”, que significa “a passagem”.
Essa “passagem” está descrita no livro de Êxodo a partir do capítulo 12. Pela fé eles celebraram “passagem” do destruidor sem que
ele tivesse poder para lhes fazer mal: ‘"Naquela mesma noite PASSAREI
pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais,
e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor! O sangue
será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o
sangue, PASSAREI ADIANTE. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir
o Egito’ (Êxodo 12:12,13). “Quando o Senhor PASSAR pela terra
para matar os egípcios, verá o sangue na viga superior e nas laterais da porta
e PASSARÁ SOBRE AQUELA PORTA; e não permitirá que o destruidor entre na casa de
vocês para matá-los” (Êxodo 12:23).
Pela fé eles celebram a “passagem”
da escravidão para a liberdade, celebraram a libertação do povo israelita da
escravidão: ‘Naquela mesma noite o faraó mandou chamar Moisés e Arão e
lhes disse: "Saiam imediatamente do meio do meu povo, vocês e os
israelitas! Vão prestar culto ao Senhor, como vocês pediram” (Êxodo
12:31). “No mesmo dia o Senhor tirou os israelitas do Egito, organizados
segundo as suas divisões” (Êxodo 12:51). “Ora, o período que os
israelitas viveram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. No dia quando se
completaram os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do Senhor saíram
do Egito” (Êxodo 12:40,41).
“Pela fé PASSARAM o
Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram” (Hebreus
11:29). Pela fé eles celebram a “passagem” pelo mar: “Então
disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que
marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o,
para que os filhos de Israel PASSEM pelo meio do mar em seco” (Êxodo
14:15,16).
Ao celebrar a Páscoa, Moisés
envia uma mensagem para o mundo de que “Assim como o Senhor passou em
vigília aquela noite para tirar do Egito os israelitas, estes também devem
passar em vigília essa mesma noite, para honrar ao Senhor, por todas as suas
gerações” (Êxodo 12:42). Pela fé ele envia uma mensagem para o futuro,
para nós, de que o livramento só se dá pelo derramamento de sangue: “O
sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu
vir o sangue, PASSAREI adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu
ferir o Egito” (Êxodo 12:13). No passado, o sangue que oferecia
proteção contra o destruidor deveria ser aspergido nos umbrais das portas do
povo de Deus, este ato de fé lhe garantiu proteção contra o anjo da morte. Este simples ato de fé, tem como base uma decisão de fé. O sangue foi o sinal
que salvou o povo de Deus do destruidor, da catástrofe do juízo que se abateu
contra os ímpios.
Pela fé eles tomaram a
decisão de obedecer a ordem Divina que disse: “PASSEM, então, um pouco do
sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês
comerão o animal” (Êxodo 12:7). Pois “Quando o Senhor PASSAR pela
terra para matar os egípcios, verá o sangue na viga superior e nas laterais da
porta e passará sobre aquela porta; e não permitirá que o destruidor entre na
casa de vocês para matá-los” (Êxodo 12:23). A obediência às orientações
de Deus de celebrar a Páscoa, torna-se o indicativo da fé na salvação futura. Estas evidências de fé celebrando a Páscoa é a prova daquilo que ainda não se
vê, mas se espera. Esta é a fé que reivindica para si mesmo o sacrifício pascal
da nova aliança “Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1
Coríntios 5:7b). Celebrando deste modo a conquista da nova vida liberta do julgo
da escravidão; libertos para participar da comunhão dos santos; celebrando a
ceia com a comunidade de fé, onde Cristo crucificado é comparado ao cordeiro
pascal imolado.
Para entendermos melhor precisamos
voltar no tempo, no início, a Páscoa já apontava para Cristo: “O
animal escolhido será macho de um ano, sem defeito, e pode ser CORDEIRO OU
CABRITO. Guardem-no até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de
Israel irá sacrificá-lo, ao pôr-do-sol” (Êxodo 12:5,6).
Na plenitude dos tempos a Páscoa apontou para Cristo, pois “quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4:4,5). ‘No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO!”’ (João 1:29). Redimir através da aspersão do sangue pois “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7b). No passado, o sangue do cordeiro pascal apontava para o tempo em que Jesus morreria definitivamente como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo: ‘Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: "Tomem e comam; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados” (Mateus 26:26-28).
É maravilhoso saber que o
passado garante o nosso futuro, no fim dos tempos, a Páscoa também aponta
para Cristo: “Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste
fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino
de meu Pai" (Mateus 26:29). ‘Então vi um Cordeiro, que
parecia ter estado morto, de pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres
viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete
espíritos de Deus enviados a toda a terra. Ele se aproximou e recebeu o livro
da mão direita daquele que estava assentado no trono. Ao recebê-lo, os quatro
seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro.
Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as
orações dos santos; e eles cantavam um cântico novo: "Tu és digno de
receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue
compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os
constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a
terra". Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e
milhões de milhões. Eles rodeavam o trono, bem como os seres viventes e os
anciãos, e cantavam em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto de
receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!"’
(Apocalipse 5:6-12). Portanto “Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e
dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já
se aprontou” (Apocalipse 19:7).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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