“Porque vivemos por fé” - Parte 13 (Isaque) – Porque a fé é uma fonte de bênção segura, que confirma aquilo que ainda não vemos. É pela fé que abençoamos as futuras gerações.

“Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú com respeito ao futuro deles” (Hebreus 11:20).


Quando Deus chamou Abraão Ele disse:
"Farei de você um grande povo, e O ABENÇOAREI. Tornarei famoso o seu nome, e VOCÊ SERÁ UMA BÊNÇÃO. Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e POR MEIO DE VOCÊ TODOS OS POVOS DA TERRA SERÃO ABENÇOADOS".” (Gênesis 12:2). Portanto: Sê tu uma bênção (SBB). Certamente Abraão foi e ainda é uma benção. Com certeza ele viveu pela fé convicta e segura das coisas que iriam acontecer mesmo depois de sua morte, “Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus” (Hebreus 11:10).

Pela fé “Abraão deixou tudo o que tinha para Isaque” (Gênesis 25:5). Deixou não só bens materiais, mas principalmente a benção da fé no Deus que lhe falou em uma visão: “Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa" (Gênesis 15:1). Abraão creu e na sua fé plantou a semente da fé em seu filho, através do testemunho de vida pessoal com Deus, vida firmada no tripé: “Fé, obediência, fidelidade”, fé que agrada a Deus, fé que abençoa o futuro de Isaque, tanto que “Depois da morte de Abraão, Deus abençoou seu filho Isaque” (Gênesis 25:11b). Fé que abençoou o nosso presente e futuro: ‘O Senhor apareceu a Isaque e disse: "Não desça ao Egito; procure estabelecer-se na terra que eu lhe indicar. Permaneça nesta terra mais um pouco, e EU ESTAREI COM VOCÊ E O ABENÇOAREI. Porque a você E A SEUS DESCENDENTES darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a seu pai Abraão. Tornarei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e lhes darei todas estas terras; e POR MEIO DA SUA DESCENDÊNCIA TODOS OS POVOS DA TERRA SERÃO ABENÇOADOS, porque Abraão me obedeceu e guardou meus preceitos, meus mandamentos, meus decretos e minhas leis"’ (Gênesis 26:2-5).

Como “quem sai aos seus não degenera”. Encontramos Isaque abençoando a seus dois filhos, Jacó e Esaú. “Pela fé Isaque abençoou Jacó com respeito ao futuro” dizendo: "Ah, o cheiro de meu filho é como o cheiro de um campo que o Senhor abençoou. Que Deus lhe conceda do céu o orvalho e da terra a riqueza, com muito cereal e muito vinho. Que as nações o sirvam e os povos se curvem diante de você. Seja senhor dos seus irmãos, e curvem-se diante de você os filhos de sua mãe. Malditos sejam os que o amaldiçoarem e benditos sejam os que o abençoarem" (Gênesis 27:27b-29). Encontramos na benção proferida por Isaque a mesma promessa de Deus feita a seu Pai, que agora passa de geração a geração.

Estas, sem dúvida, são as palavras abençoadoras de uma pessoa que fundamenta a sua esperança na fé, que se pronuncia com uma certeza inabalável a respeito de um futuro que não se vê, mas se espera. Uma convicção que o leva bem adiante, até a fronteira da eternidade. Palavras poderosas possuem importância singular, pois “A bênção que os pais pronunciaram sobre seus filhos constitui de modo especial uma expressão de sua fé pelo fato de que neste momento dispõem sobre o que lhes havia sido prometido como se fosse sua posse atual. Incluem-no em seu patrimônio que podem legar a seus filhos, não apenas no desejo, e sim com uma poderosa palavra de bênção. Com tanta firmeza eles se apropriaram das dádivas de Deus. Tinham certeza delas.”1

É interessante notar que Isaque, ao pressentir a morte próxima sabe que precisa passar a diante a benção do Senhor, portanto diz ele: “Prepare-me aquela comida saborosa que tanto aprecio e traga-me, para que eu a coma e o abençoe antes de morrer" (Gênesis 27:4). Pois “Pressentindo a superação da morte, um após outro dos patriarcas, ao morrer, transmite adiante a esperança, cujo cumprimento não lhe foi concedido. Desta maneira atestam que na fé o limite da morte deixa de ser um limite.”2

Tanto é verdade que num futuro distante um descendente de Isaque profetizou: “O remanescente de Jacó estará no meio de muitos povos como orvalho da parte do Senhor, como aguaceiro sobre a relva; não porá sua esperança no homem nem dependerá dos seres humanos. O remanescente de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais da floresta, como um leão forte entre rebanhos de ovelhas, leão que, quando ataca, destroça e mutila a presa, sem que ninguém a possa livrar” (Miquéias 5:7,8). Porque assim diz o Senhor: “Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio. Como o cedro do Líbano aprofundará suas raízes; seus brotos crescerão. Seu esplendor será como o da oliveira, sua fragrância como a do cedro do Líbano. Os que habitavam à sua sombra voltarão. Reviverão como o trigo. Florescerão como a videira, e a fama de Israel será como o do vinho do Líbano” (Oséias 14:5-7).

Entretanto, enquanto Jacó foi abençoado com fertilidade na terra e domínio político, pois assim ‘Disse-lhe o Senhor: "Duas nações estão em seu ventre, já desde as suas entranhas dois povos se separarão; um deles será mais forte que o outro, mas o mais velho servirá ao mais novo"’ (Gênesis 25:23). Porque assim ‘declara o Senhor. "Todavia eu amei Jacó, mas rejeitei Esaú. Transformei suas montanhas em terra devastada e as terras de sua herança em morada de chacais do deserto"’ (Malaquias 1:2b,3). Pois “Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho” (Gênesis 25:34). Portanto uma promessa semelhante à de Jacó poderia ser pronunciada para Esaú. Assim sendo, “Pela fé Isaque também abençoou Esaú com respeito ao futuro” dizendo: “Sua habitação será longe das terras férteis, distante do orvalho que desce do alto céu. Você viverá por sua espada e servirá a seu irmão. Mas quando você não suportar mais, arrancará do pescoço o jugo" (Gênesis 27:39,40). Assim Esaú, que tinha prazer de viver “por sua espada” e não “por fé”, herdaria as regiões montanhosas, pedregosas e inférteis de Edom. E mesmo que em sua rebeldia ‘Edom afirme: "Fomos esmagados, mas reconstruiremos as ruínas", assim diz o Senhor dos Exércitos: "Podem construir, mas eu demolirei. Eles serão chamados Terra Perversa, povo contra quem o Senhor está irado para sempre’ (Malaquias 1:4). Pois “desprezou o seu direito de filho mais velho” (Gênesis 25:34). Isso demonstra que Esaú parecia se preocupar apenas com assuntos materiais. Para ele, o direito de primogenitura, que envolvia bênçãos materiais e espirituais, tinha pouco valor até que o perdeu por sua própria culpa. Viveu sem demonstrar qualquer interesse louvável pelos tesouros espirituais.

Assim, mais uma vez “Pela fé Isaque abençoou Jacó com respeito ao futuro”, ampliando o alcance da benção daquilo que ele não via, mas sabia que aconteceria, pois pela fé Isaque abençoou futuras gerações: ‘Então Isaque chamou Jacó, deu-lhe sua bênção e lhe ordenou: "Não se case com mulher cananéia. Vá a Padã-Arã, à casa de Betuel, seu avô materno, e case-se com uma das filhas de Labão, irmão de sua mãe. Que o Deus Todo-poderoso o abençoe, faça-o prolífero e multiplique os seus descendentes, para que você se torne uma comunidade de povos. Que ele dê a você e a seus descendentes a bênção de Abraão, para que você tome posse da terra na qual vive como estrangeiro, a terra dada por Deus a Abraão"’ (Gênesis 28:1-4).

Portanto lembre-se: a fé é uma fonte de bênçãos segura, que confirma aquilo que ainda não vemos. Pois é pela fé que abençoamos as futuras gerações.
Leia na próxima Publicação: '“Porque vivemos por fé” - Parte 14 (Jacó) – Porque pela fé somos abençoados com a perpétua bênção de Deus. Pela fé eternizamos a promessa e damos provas de fé e submissão quando adoramos.'
Se você foi abençoado, abençoe também, não deixe de compartilhar.
No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

1 - Carta aos Hebreus: Comentário Esperança – Código 398 - A. Schlatter, pág 403.

2 - Carta aos Hebreus: Comentário Esperança - Código 398 - W. Loew, pág 94.

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