O meu alvo é a glória junto do próprio Deus. Por isso vou trilhar o caminho da cruz com obediência amor e confiança.
“Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada” (Hebreus 10:35).
Fico a refletir na crise que encheu o coração do grande profeta Elias, que, com toda confiança, enfrentou e derrotou “os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, que comem à mesa de Jezabel" (1ª Reis 18:19). E assim, com sua coragem e exemplo de fé, fez retornar a confiança a um povo descrente, ao verem que ‘o fogo do Senhor caiu e queimou completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão, e também secou totalmente a água na valeta. Quando o povo viu isso, todos caíram prostrados e gritaram: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! "’ (1ª Reis 18:38,39). É preciso ressaltar que estas façanhas foram realizadas não no poder de Elias, mas pelo Deus de Elias, pois “a mão do Senhor estava sobre Elias” (1 Reis 18:46), e, conduzido pela mão do Senhor, sua confiança era inabalável, ‘Ora, Elias, o tesbita da Tisbe de Gileade, disse a Acabe: "Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra"’ (1ª Reis 17:1), sua confiança era tanta que trazia força e coragem para os desesperados, ‘Elias, porém, lhe disse: "Não tenha medo. Vá para casa e faça o que disse’ (1ª Reis 17:13).
Entretanto, este grande
homem de Deus, que tinha sobre si “a mão do Senhor”, que fez
retornar a confiança do povo no Deus de seus pais fazendo-os clamar novamente
dizendo: "O Senhor é Deus!”, que com autoridade Divina
ordenou ao povo: "Prendam os profetas de Baal. Não deixem
nenhum escapar!" (1ª Reis 18:40). E, com fé, encorajou uma mulher
estrangeira, da cidade de Sarepta de Sidom, viúva, que depositava suas últimas palavras
de confiança na morte certa dizendo: “Estou colhendo uns dois gravetos
para levar para casa e preparar uma refeição para mim e para o meu filho, para
que a comamos e depois morramos" (1ª Reis 17:12), a rever seus conceitos e passa a confiar no Deus
único e verdadeiro ‘Então a mulher disse a Elias: "Agora sei que tu
és um homem de Deus e que a palavra do Senhor, vinda da tua boca, é a
verdade"’ (1ª Reis 17:24). Este homem, um exemplo de fé, teve o
seu momento de fraqueza e medo, porque na realidade era “homem sujeito às
mesmas paixões que nós” (Tiago 5:17). Ou seja, sujeito as mesmas
paixões, dúvidas, receios, medos, que temeu por sua vida ao ouvir as ameaças pela
rainha do inferno: ‘Por isso Jezabel mandou um mensageiro a Elias para
dizer-lhe: "Que os deuses me castiguem com todo o rigor, caso amanhã nesta
hora eu não faça com a sua vida o que você fez com a deles". ELIAS TEVE
MEDO E FUGIU PARA SALVAR A VIDA. Em Berseba de Judá ele deixou o seu servo’
(1 Reis 19:2,3). Diante de tal ameaça, sua confiança se foi e, então, como
solução humana buscou a solidão e o deserto como abrigo: “e entrou no
deserto, caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e
orou, pedindo a morte. "Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não
sou melhor do que os meus antepassados” (1ª Reis 19:4). Elias estava tão
angustiado na alma, que de forma incoerente, o homem que fugira das ameaças de
morte para salvar a sua vida, agora ora pedindo a mesma morte que a viúva e seu
filho aguardavam, mas que, pela mão do Senhor, não os atingiu.
Apesar do momento de
fraqueza, a mão do Senhor continuou sobre Elias e também sobre nós, Ele jamais abandona
os Seus, e mesmo diante da nossa fé vacilante, Deus age de forma amorosa e misericordiosa:
‘Depois se deitou debaixo da árvore e dormiu. De repente UM ANJO TOCOU
NELE E DISSE: "LEVANTE-SE E COMA". Elias olhou ao redor e ali, junto
à sua cabeça, havia um pão assado sobre brasas quentes e um jarro de água. Ele
comeu, bebeu e deitou-se de novo. O ANJO DO SENHOR VOLTOU, TOCOU NELE E DISSE:
"LEVANTE-SE E COMA, POIS A SUA VIAGEM SERÁ MUITO LONGA". Então ele se
levantou, comeu e bebeu. FORTALECIDO com aquela comida, viajou quarenta dias e
quarenta noites, até que CHEGOU A HOREBE, O MONTE DE DEUS’ (1ª Reis
19:5-8).
Note que no momento de maior
aflição do profeta, quando a sua confiança e fé vacilaram, “a mão do
Senhor” sempre esteve com Elias. E não é diferente comigo e com você, porque Deus não faz acepção de pessoas: “Então Pedro começou a falar:
‘Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade,
mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo’”
(Atos 10:34,35), “Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela
será ricamente recompensada” (Hebreus 10:35).
Portanto não se desespere,
por mais que tudo pareça não ter solução, “a mão do Senhor” está
com você. Você será recompensado por Deus, que agirá “Com mão forte, e
com braço estendido; porque a sua benignidade dura para sempre” (Salmos
136:12). E com Sua mão, carinhosamente nos conduz ao Monte santo de Deus, “De
repente, enquanto caminhavam e conversavam, apareceu um carro de fogo, puxado
por cavalos de fogo, que os separou, e Elias foi levado aos céus num
redemoinho” (2ª Reis 2:11).
Portanto quero deixar para você
uma palavra de ânimo: não abandonem a sua fé, em tempos de perseguição, exercitem a fé genuína, demonstre mediante a paciência que a sua fé é
verdadeira. Lembre-se: A fé significa depender de Deus, relembrando o que Ele
fez por nós no passado, crendo que vale apena esperar o agir da “mão do
Senhor”, pois essa mesma mão agirá em nosso favor não só no presente mas
também no futuro com uma gloriosa recompensa: “Portanto, irmãos, estamos
em dívida, não para com a carne, para vivermos sujeitos a ela. Pois se vocês
viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer
os atos do corpo, viverão, porque todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize
para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por
meio do qual clamamos: "Aba, Pai". O próprio Espírito testemunha ao
nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos
herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos
dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. Considero que
os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós
será revelada. A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos
de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua
própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de
que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que
se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a
natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós
mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente,
esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. Pois
nessa esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é esperança. Quem
espera por aquilo que está vendo? Mas se esperamos o que ainda não vemos,
aguardamo-lo pacientemente” (Romanos 8:12-25).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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