Não desperdice sua vida, pois não passamos de um sopro, uma sombras projetadas em uma noite escura. Portanto devemos viver para Deus enquanto temos tempo.
“O homem é como um sopro; seus dias são como uma sombra passageira” (Salmos 144:4)
Perto de minha casa estão fazendo obras do Sistema Corumbá IV. O vai e vem das máquinas me fizeram viajar a um tempo, da minha infância, quando outras máquinas realizavam obras próximo de onde morávamos. Lembro que a nossa diversão era olhar admirados aquelas máquinas incríveis! E, quando elas paravam de trabalhar, nos divertíamos escorregando naqueles montes de barro vermelho. Pude me ver totalmente camuflado pela vermelhidão da terra! Então mais que de repente abri os olhos e pude contemplar que as cãs substituíram rapidamente a vermelhidão que estava sobre a minha cabeça, aquela criança no passado ficou, e agora “Quando olho no espelho, estou ficando velho e acabado”1. Tal realidade só veio a confirmar o que que o Salmista declarou dizendo: “Meus dias são como sombras crescentes; sou como a relva que vai murchando” (Salmos 102:11), neste momento recordei as palavras do poeta: “Oh! que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais! — Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras, a sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais!”2. Provavelmente o poeta chegou a mesma conclusão do salmista ao lembrar dos seus dias de ingênua felicidade, e talvez seus com versos queira dizer: “Lembra-te, ó Deus, de que a minha vida não passa de um sopro; meus olhos jamais tornarão a ver a felicidade” (Jó 7:7), pois “Deste aos meus dias o comprimento de um palmo; a duração da minha vida é nada diante de ti. De fato, o homem não passa de um sopro” (Salmos 39:5).
O sopro de uma felicidade
que parece ter ficado no passado visto que a vida tem sentido único, sempre em
frente, não há retornos, o máximo que podemos fazer é relembrar momentos
marcantes que ficaram na lembrança, fazendo com que a saudade nos faça querer
trazer de volta os “tempos que não voltam mais”, todavia é
preciso então seguir em frente... "Esqueçam o que se foi; não
vivam no passado” (Isaías 43:18).
Sim, a vida é muito curta! Ela é "semelhante à vaidade" e os nossos dias são "como
a sombra que passa", uma verdade que nós parecemos querer ignorar,
entretanto o espelho insiste em revelar quando diante dele nos perguntamos:
“Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e
depois se dissipa” (Tiago 4:14). Não interessa a posição social, o
tempo é igual para todos “Os homens de origem humilde não passam de
um sopro, os de origem importante não passam de mentira; pesados na balança,
juntos não chegam ao peso de um sopro” (Salmos 62:9), pois todo "O
homem nascido de mulher vive pouco tempo e passa por muitas dificuldades. Brota
como a flor e murcha. Vai-se como a sombra passageira; não dura muito” (Jó
14:1,2).
Diante da fragilidade da
vida Davi faz um pedido simples mas sábio: “Mostra-me, Senhor, o fim da
minha vida e o número dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou”
(Salmos 39:4), ao invés de ficar preso no passado ele olha para frente em busca
de um propósito que dê sentido a sua vida. Já o grande Moisés roga “Ensina-nos
a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria!” (Salmos
90:12) Pois ele sabe que “Todos os nossos dias passam debaixo do teu
furor; vão-se como um murmúrio. Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a
oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de
sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!” (Salmos 90:9,10).
Já que “o tempo passa, o
tempo voa”, e a poupança Bamerindus”, foi devorada por traças, corroída
pela ferrugem ou pior! Roubada, não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar a
nossa vida naquilo que certamente murchará, precisamos ser sábios diante da
nossa fragilidade e investir no que é eterno, pois além do senso de brevidade,
Deus “Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade” (Eclesiastes
3:11). Assim sendo, é sábio buscar ao “Ao Rei eterno, ao Deus único,
imortal e invisível” (1 Timóteo 1:17); “Antes de nascerem os
montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus”
(Salmos 90:2), só Ele pode dar valor, propósito e significado à nossa vida.
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
1 - A lua e eu – Cassiano
2 - Casimiro de Abreu: Meus oito anos.
Excelente!!
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