“Mem” – Pai preciso de “sabedoria”, “discernimento” e “entendimento”, a fim de ficar longe dos caminhos da falsidade.
“Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro. Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer à tua palavra” (Salmos 119: 97,101).
Em tempos que as pessoas vivem no automático, onde um simples apertar de botão, vidas têm sido destruídas pela proliferação de falsas verdades pronunciadas por mentirosos sinceros; pessoas totalmente descompromissadas com a verdade, precisamos mais do que nunca rogar ao Pai por “sabedoria”, “discernimento” e “entendimento”. Três virtudes cada vez mais raras no mundo globalizado inclusive dentro daquela que deveria primar por estes valores da Graça, a Igreja. Visto que são Dons de Deus dados aos homens que buscam em Sua Palavra algo que o mundo não pode dar, o conhecimento que vem do alto para edificação mútua: “Pelo Espírito, a um é dada a palavra de SABEDORIA; a outro, a palavra de CONHECIMENTO, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, DISCERNIMENTO de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas” (1ª Coríntios 12:8-10). Tanto é verdade que o salmista descreve como o estudo da Lei Divina o tornou mais sábio e mais entendido do que seus inimigos, seus mestres e os anciãos. Porque a fonte do seu conhecimento está na meditação diária na Lei do Senhor: “Ganho entendimento por meio dos teus preceitos” (Salmos 119:104a).
A fonte inesgotável de tais
virtudes não secou! Ela continua hidratando as almas daqueles que sedentos
buscam o manancial da vida, onde adoçam os lábios com palavras afetuosas, pois “As
palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem
cura para os ossos” (Provérbios 16:24). Tais palavras “agradáveis”
e “doces”, são encontradas facilmente nas Sagradas
Escrituras, “Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais do
que o mel para a minha boca!” (Salmos 119:103). Entretanto mesmo os
libertos da escravidão, por vezes, andarão pelo deserto árido deste mundo e
serão conduzidos as fontes de Mara, um aparente oásis no ermo, ledo engano, pois
logo a alegria se transforma em tristeza diante da amargura que o mundo oferece,
‘Então chegaram a Mara, mas não puderam beber das águas de lá porque eram
amargas. Esta é a razão por que o lugar chama-se Mara. E o povo começou a
reclamar a Moisés, dizendo: "Que beberemos?”’ (Êxodo 15:23,24).
Muito embora eles estivessem defronte a muitas águas, por serem amargas, não
podiam bebe-la. E, como disse o poeta eles sentiram na pele “O que é morrer de
sede em frente ao mar”, seus corações são tomados por uma angústia
coletiva, seu desespero faz manifestar então a total falta de “sabedoria”,
“discernimento” e “entendimento”, numa enxurrada de
murmurações que de forma automática contamina toda uma comunidade. Palavras
amargas que fizeram derreter o coração do povo, o mesmo povo que embora já
tenha visto o agir de Deus não morre de amores por Sua Palavra.
Contudo aquele que ama a
Palavra de Deus diz: “Não me afasto das tuas ordenanças, pois tu mesmo me
ensinas” (Salmos 119:102). A didática de Deus é sem igual, Ele ensina a
fórmula para transformar o amargo em doce, ensina através de Suas ordenanças: ‘Moisés
clamou ao Senhor, e este lhe indicou um arbusto. Ele o lançou na água, e esta
se tornou boa. Em Mara o Senhor lhes deu leis e ordenanças, e os colocou à
prova, - dizendo-lhes: "Se vocês derem atenção ao Senhor, ao seu Deus e
fizerem o que ele aprova, se derem ouvidos aos seus mandamentos e obedecerem a
todos os seus decretos, não trarei sobre vocês nenhuma das doenças que eu
trouxe sobre os egípcios, pois eu sou o Senhor que os cura". Depois
chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e
acamparam junto àquelas águas’ (Êxodo 15:25-27). É após esta aula que Ele
conduz os seus alunos às “fontes de água” num exemplo claro do
que acontece com aquele que ama a Lei do Senhor.
Certamente por isso o
salmista se entusiasma com a instrução Divina e com todo coração declara: “Como
eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro” (Salmos 119:97). Porque essa
meditação lhe dá “entendimento” para descrever os benefícios
deste amor, visto que “Os teus mandamentos me tornam mais sábio”
(Salmos 119:98), comprovando o que diz Tiago: “Se algum de vocês tem
falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e
lhe será concedida” (Tiago 1:5). Só que esta sabedoria não cai do céu,
ela é fruto de amor e amor a Palavra de Deus. Sabedoria que nos mantém longe de “todo
caminho mau” e trilhando o “caminho dos justos”, por isso
eu “Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer à tua palavra. Não me
afasto das tuas ordenanças, pois tu mesmo me ensinas” (Salmos
119:101,102).
Os benefícios desta sábia decisão
não param por aí. O salmista continua dizendo que o amor à Palavra de
Deus o tornou: “mais sábio que os
meus inimigos” (Salmos 119:98); e, portanto “Tenho mais discernimento
que todos os meus mestres” (Salmos 119:99), assim como “Tenho mais
entendimento que os anciãos” (Salmos 119:100). Tudo isso porque “eu
amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro” (Salmos 119:97). Porque a minha
“satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite” (Salmos
1:2)
Esta parceria “sabedoria & discernimento” é simplesmente imbatível! Pois “Com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida” (Provérbios 24:3). Portanto “aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor” (Efésios 5:10). O salmista prova que aprendeu bem esta lição ao dizer: “Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer à tua palavra” (Salmos 119:101), e “Não me afasto das tuas ordenanças, pois tu mesmo me ensinas” (Salmos 119:102); porquanto diz o Senhor: “Todas as minhas palavras são justas; nenhuma delas é distorcida ou perversa. Para os que têm discernimento, são todas claras, e retas para os que têm conhecimento” (Provérbios 8:8-9).
Outro benefício é a
aquisição de conhecimento, “entendimento”, uma vez que este anda
de mãos dadas com o “discernimento”, pois “O coração do que
tem discernimento adquire conhecimento; os ouvidos dos sábios saem à sua
procura” (Provérbios 18:15); por isso o salmista diz: “Tenho mais
entendimento” (Salmos 119:100); e “Ganho entendimento” (Salmos
119:104). Este entendimento lhe afasta de todo caminho de falsidade, pois “Quem
examina cada questão com cuidado, prospera, e feliz é aquele que confia no Senhor.
O sábio de coração é considerado prudente; quem fala com equilíbrio promove a
instrução. O entendimento é fonte de vida para aqueles que o têm, mas a
insensatez traz castigo aos insensatos. O coração do sábio ensina a sua boca, e
os seus lábios promovem a instrução” (Provérbios 16:20-23).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
Salmos 119:97-104. – letra de hoje “Mem” – Conceito - O brotar da sabedoria na fonte do supra consciente. Significado - Água; uma mancha. Formato - Um tanque, com uma ligeira abertura em seu canto inferior esquerdo. O “Mem” final: Um tanque completamente fechado. Qualidade - Amor expressando-se como água. Exemplo – o Messias filho de Davi.
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