“Vav” - Cobre a minha vida com misericórdia e salvação, jamais tire da minha boca a palavra da verdadeira liberdade.
“Andarei em verdadeira liberdade, pois tenho buscado os teus preceitos.” (Salmos 119:45).
Liberdade é o que almeja todo ser vivo! Esse desejo alcança até mesmo aqueles que fisicamente estão livres visto que a pior prisão não são as grades, mas a prisão da alma aflita e torturada pelo cárcere do pecado, tanto que “Jesus respondeu: "Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (João 8:34). O “escravo do pecado”, tem uma falsa sensação de liberdade e isso faz com que ele não consiga discernir os caminhos da sua própria vida. Para este, o viver em uma masmorra traz a falsa sensação de estar no paraíso. Sua alienação é tamanha que ele chega a afirmar: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres" (João 8:33). A resposta a esta afirmação absurda é dada por nosso senhor que diz: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar LIBERDADE aos presos e recuperação da vista aos cegos, para LIBERTAR os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor" (Lucas 4:18,19). “Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” (João 8:36).
Pessoas pensam erradamente
que Cristo oprime a nossa liberdade. Que as muitas regras tiram a nossa alegria
de viver, mas nós sabemos que isso não é verdade, e é justamente sobre isso que
o salmista nos mostra quando diz: “Obedecerei constantemente à tua lei,
para todo o sempre. Andarei em verdadeira liberdade, pois tenho buscado os teus
preceitos” (Salmos 119:44,45). Ele afirma que podemos guardar as leis e mesmo assim ser
livre. Isso vai contra ao que os “escravos do pecado”
defendem. Pois, tão certo como você está vivo, e lendo este texto, obedecer às
leis de Deus não nos inibe nem restringe. Pelo contrário, libera-nos para sermos
o que ELE nos libertou para que sejamos.
Certo é que ao guardarmos os preceitos de Deus encontramos a salvação e o
perdão de Deus e, finalmente somos libertos do pecado e de toda culpa opressora
do passado, da nossa vã maneira de viver, do rancor e do ódio que reinava em
nossas vidas. Agora libertos podemos propagar e viver o amor libertador que
nos leva a viver no caminho de Deus tendo a liberdade para cumprir o plano que
ELE tem para nós.
Portanto agora podemos dizer
com fé: “Venha sobre mim a Tua Misericórdia” (Salmos 119:41); pois
meu desejo é testemunhar com coragem a
verdadeira liberdade que nos alcançou. Para muitos o pedido por misericórdia é um
pedido egoísta. Na verdade, trata-se de um pedido altruísta do salmista, um
apelo por auxílio, inspirado pelo desejo de responder aos insultos proferidos
contra ele e, desta forma, assumir a sua fé e defendê-la diante de grandes e
pequenos com ousadia e sem constrangimento algum, pois como está escrito: “Antes,
santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para
responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.”
(1ª Pedro 3:15).
Em sua súplica contínua pela
permanência da graça em sua vida ele roga “Cobre a minha vida com
misericórdia e salvação”, para que ao responder, ele esteja alicerçado
na Palavra. Quando abrir a boca a Palavra da verdade seja pronunciada com
fidelidade, porque ele sabe que a palavra Divina no seu todo é verdadeira, não
havendo lugar para enganos, visto que: “A verdade é a essência da tua palavra,
e todas as tuas justas ordenanças são eternas” (Salmos 119:160). Sendo
assim é imprescindível que a verdade esteja nos lábios dos filhos de Deus,
portanto ele roga que: “Jamais tires da minha boca a palavra da verdade,
pois nas tuas ordenanças coloquei a minha esperança.” (Salmos 119:43).
Esperança cultivada na experiência de viver diariamente a verdade libertadora
através da submissão à Palavra da verdade: “Obedecerei constantemente à tua
lei, para todo o sempre” (Salmos 119:44).
A obediência aos mandamentos
de Deus é simplesmente libertadora porque leva à verdadeira fonte capaz de
purificar o homem da podridão do pecado. E isso só é possível: “Purificando
as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal,
não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro” (1
Pedro 1:22). Purificados pelo Espírito podemos dizer: “Andarei em
verdadeira liberdade, pois tenho buscado os teus preceitos” (Salmos 119:45);
porquanto “Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor,
ali há liberdade” (2ª Coríntios 3:17); liberdade que nos faz com prazer
nos tornarmos “servos/livres/servos da justiça”, já que “graças
a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a
obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram
libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça” (Romanos
6:17,18); e como “escravo da justiça” agora podemos falar livremente
“dos teus testemunhos diante de reis, sem ser envergonhado” (Salmos
119:46); porque a Palavra de Deus diz ao meu respeito: “O Espírito do
Soberano Senhor está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas
notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração
quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos
prisioneiros” (Isaías 61:1).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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