Quando eu gritar por socorro Senhor, por se multiplicarem dentro de mim as preocupações, consola-me, e torna a dar alegria e esperança à minha alma.
“Quando eu disse: O meu pé vacila; a Tua benignidade, Senhor, me susteve.” (Salmos 94:18).
Por mais que creiamos em Deus e em Sua Palavra, não estamos imunes a momentos de fraqueza. Por vezes enfrentamos situações tão terríveis em nossas vidas que a nossa fé chega a vacilar diante das chibatadas que o opressor impõe às nossas vidas: ‘Até quando os ímpios, Senhor, até quando os ímpios exultarão? Eles despejam palavras arrogantes, todos esses malfeitores enchem-se de vanglória. Massacram o teu povo, Senhor, e oprimem a tua herança; matam as viúvas e os estrangeiros, assassinam os órfãos, e ainda dizem: "O Senhor não nos vê; o Deus de Jacó nada percebe"’ (Salmos 94:3-7).
Ao fazer uma reflexão
sincera da minha vida, em especial do meu relacionamento com Deus, pude
observar as inúmeras vezes em que hesitei, apesar da convicção de que: “O
Senhor não desamparará o seu povo; jamais abandonará a sua herança. Voltará a
haver justiça nos julgamentos, e todos os retos de coração a seguirão” (Salmos
94:14,15). Muito embora tenha eu sido ensinado nestas verdades minha infância: “Porque
desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo
sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15).
Devo confessar que mesmo conhecedor das sagradas escrituras, meus pés vacilaram
e eu hesitei na época da adversidade. Dúvidas e medos encheram meu coração ao
ponto de dizer: “Quem se levantará a meu favor contra os ímpios? Quem
ficará a meu lado contra os malfeitores?” (Salmos 94:16).
Por conta da impiedade e impunidade crescente, aliada a isso, a sensação de que Deus demora em responder as orações, em meu íntimo eu disse: “Cansei-me de pedir socorro; minha garganta se abrasa. Meus olhos fraquejam de tanto esperar pelo meu Deus” (Salmos 69:03); cansaço e solidão me fizeram desacreditar em mim mesmo como filho de Deus e em consequência, desacreditar no próprio Deus. Meu descuido trouxe interrogações movidas pela ausência de confiança “Não fosse a ajuda do Senhor, eu já estaria habitando no silêncio” (Salmos 94:17).
“Não fosse a ajuda do Senhor” quando já me sentia a ponto de naufragar num oceano de amargura “Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei. Pois tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ímpios” (Salmos 73:2,3). Neste terrível momento meu consolo vem das “sagradas letras” onde fui ensinado a buscar resposta para o que não compreendo. Instruções que me treinam e capacitam a combater o bom combate: “mantendo a fé e a boa consciência que alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé” (1ª Timóteo 1:19); ao recorrer ao auxílio das “sagradas letras” as nuvens de dúvidas e medo começaram a se dissipar como a neblina matutina. Nela nos deparamos com a verdade que diz: “O Senhor não desamparará o seu povo; jamais abandonará a sua herança” (Salmos 94:14).
Agora confiante no
agir de Deus, e seguro pelas constatações pessoal dos grandes feitos Divinos, os
raios de sol começam a aquecer nosso coração nos encorajando a rejeitar não a
fé, mas as amarguras que nos sufocam a alma, as “sagradas letras”
nos exortam dizendo: “Esforçai-vos, e animai-vos; não temais, nem vos
espanteis diante deles; porque o Senhor teu Deus é o que vai contigo; não te
deixará nem te desamparará” (Deuteronômio 31:6).
Certo é que quando mantemos “a
fé e a boa consciência”, somos estimulados e incentivados, através das “sagradas
letras” a demonstrar coragem para seguir adiante sabendo que Deus está
conosco: “Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se
apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde
você andar" (Josué 1:9); diante de tal testemunho, nossa reflexão
agora toma outro rumo, deixamos de olhar para nós mesmos e passamos a focar na “benignidade
do Senhor, que nos sustentou”; agora “a boa consciência”,
traz a resposta correta a nossa indagação: “Quem se levantará ao meu
favor? Quem ficará ao meu lado?” A nossa experiência com Deus dirá o
seguinte: Deus! Visto que “Se o Senhor não tivera ido em meu auxílio, a
minha alma quase que teria ficado no silêncio” (Salmos 94:17).
Apesar das intempéries que
buscam fazer naufragar a nossa fé, a única conclusão possível que podemos tirar
é: como é feliz é o homem que “conhece as sagradas letras”,
que é ensinado por Deus. Pois “Quando a ansiedade já me dominava no
íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma” (Salmos 94:19).
Ele terá forças para
enfrentar os dias difíceis e certeza da vitória final, pois como está escrito
nas “sagradas letras”: “Como é feliz o homem a quem
disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei; tranquilo, enfrentará os
dias maus, enquanto que, para os ímpios, uma cova se abrirá” (Salmos
94:12,13).
Portanto quando nossos “pés”
estiverem próximos de “vacilar” tenhamos a sabedoria dos
apóstolos que pediram ao Senhor: “Acrescenta-nos a fé” (Lucas
17:5b); relembrando aos que “conhecem as sagradas letras” e estão
enfrentando dias maus, que devem fazê-lo com tranquilidade, “Sabendo que
a prova da vossa fé opera a paciência” (Tiago 1:3); e que “Ora, a
fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se
não veem” (Hebreus 11:1). E depois de tudo poder dizer com fé: ‘Quando
eu disse: "Os meus pés escorregaram", o teu amor leal, Senhor, me
amparou!’ (Salmos 94:18).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
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