A vida é curta. Portanto derrama abundantemente Suas bênçãos sobre nós!

“Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos; consolida a obra de nossas mãos!” (Salmos 90:17)


O deserto tem muito a nos ensinar. Feliz aquele que transformou o azedume do limão em uma limonada refrescante. Após caminhar por 40 anos no deserto, Moisés pôde se conhecer melhor como ser humano, e pôde não só conhecer, mas estabelecer uma intimidade na sua vida cotidiana com Deus. Aproveitou cada situação, favorável ou não, para construir uma relação muito próxima de amizade pessoal com Deus. Não que Moisés tenha sido perfeito, ele cometeu falhas terríveis, pois Moisés: 
“Correu o olhar por todos os lados e, não vendo ninguém, matou o egípcio e o escondeu na areia” (Êxodo 2:12). Entretanto “Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum tempo” (Hebreus 11:24,25).

Na corte de faraó, Moisés se tornou um assassino. No deserto, num ambiente de privação, longe da segurança e do aconchego do palácio, num homem de fé, maduro que sabe o que realmente é importante: “a bondade do nosso Deus Soberano”. Foi no deserto que Moisés conseguiu desfrutar do que infelizmente poucos usufruem, ter familiaridade, no que diz respeito, aos atos, sentimentos e pensamentos mais íntimos de Deus.

Esse precioso conhecimento pessoal de Deus o faz declarar com fé: “Senhor, tu és o nosso refúgio”. Nosso refúgio não é um palácio ou um lugar, mas uma Pessoa, a mesma Pessoa eterna que existe mesmo: “Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo”, estes são os mesmos montes que testemunham do Seu poder protetor “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Salmos 121:1,2). Nosso socorro e refúgio está no Senhor, pois nenhuma pessoa ou lugar, nada debaixo da criação, será capaz de nos colocar em segurança, senão o nosso Deus, pois foram criados por ELE, visto que “de eternidade a eternidade tu és Deus”.

Entretanto tal conhecimento extrapola nosso entendimento, pois “Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez” (Eclesiastes 3:11). Pois nós mesmos “somos feitura Sua” (Efésios 2:10). E diferentemente do Deus eterno, nós somos finitos. Os montes nos lembram disso, eles continuam inabaláveis, enquanto os seres humanos têm deixado de existir desde que “nasceram os montes”. Porque Tu Senhor eterno “Fazes os homens voltarem ao pó, dizendo: "Retornem ao pó, seres humanos!" A intimidade com Deus nos faz lembrar que a nossa origem é o pó e que o nosso destino também é o pó! E, neste pequeno detalhe é demonstrada a abismal diferença entre nós mortais e o Deus eterno. Pois “mil anos para ti são como o dia de ontem que passou”. Nós, entretanto, somos como um “breves como o sono”, arrastados como por “uma correnteza” revelando toda fragilidade da nossa existência que “germina e brota pela manhã, mas, à tarde, murcha e seca”.

Muito embora seja verdade de que “Somos consumidos pela tua ira e aterrorizados pelo teu furor”. Tudo isso se dá, não porque Deus tenha prazer em nos castigar “Pois não me agrada a morte de ninguém; palavra do Soberano Senhor. Arrependam-se e vivam!” (Ezequiel 18:32). Mas por conta da maldade ilimitada em nossos corações; nossa inclinação para pensar e colocar em prática os nossos pecados, que não estão ocultos a Deus, pois “Conheces as nossas iniquidades; não escapam os nossos pecados secretos à luz da tua presença”. Por isso “Todos os nossos dias passam debaixo do teu furor; vão-se como um murmúrio”.

A sabedoria adquirida nos dias do deserto revela que a ira Divina é real: “Quem conhece o poder da tua ira? Pois o teu furor é tão grande como o temor que te é devido”. Este conhecimento traz consigo o medo. Entretanto esse medo não é mal ‘O espetáculo era tão terrível que até Moisés disse: "Estou apavorado e trêmulo!"’ (Hebreus 12:21). Pois “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso. Ele será louvado para sempre!” (Salmos 111:10). Este temor benéfico, nos leva a considerar que os nossos dias estão contados, e que devemos fazer deles algo que frutifique para a eternidade: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (Salmos 90:12).

Portanto “Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos; consolida a obra de nossas mãos!” (Salmos 90:17). A sabedoria adquirida nos dia do deserto nos faz ver de que a graça do Senhor é tudo de que realmente precisamos. Pois como declarou Davi: “a tua benignidade é melhor do que a vida” (Salmos 63:3b). Assim sendo “Volta-te, Senhor! Até quando será assim? Tem compaixão dos teus servos! Satisfaze-nos pela manhã com o teu amor leal, e todos os nossos dias cantaremos felizes. Dá-nos alegria pelo tempo que nos afligiste, pelos anos em que tanto sofremos. Sejam manifestos os teus feitos aos teus servos, e aos filhos deles o teu esplendor!” (Salmos 90:13-16).

Durante 40 anos no deserto, Moisés sabiamente aprendeu a viver na dependência de Deus. Ele se tornou um grande “homem de Deus”, e sua vida se tornou exemplo para nós, nos abençoando diariamente nos fazendo relembrar de que: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9a).

“Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim” (2 Coríntios 12:9). Para que a minha passagem neste mundo não seja infrutífera. Agora te peço: “Volta-te, Senhor!” e renova as nossas forças para o trabalho! Que sejamos prósperos em tudo que fizermos! Nosso desejo é que nosso trabalho não seja vão. Queremos ser eficazes e produtivos em nosso viver. Resumindo: Quero ser uma benção. Cumpre-se em mim o Teu propósito de vida ‘"Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados".’ (Gênesis 12:2,3).

O nosso desejo é ver revelado agora os “teus feitos aos teus servos, e aos filhos deles”, o plano eterno de salvação de Deus é que as nossas obras reflitam a Tua graça contínua a todas as gerações futuras.

Se você se sentir insatisfeito com esta vida e todas suas imperfeições, recorde que estamos caminhado por um deserto, e como Moisés, aproveite cada momento, bom ou ruim, para estreitar o seu relacionamento com Deus, lembre-se de que o nosso desejo só pode ser plenamente satisfeito, na eternidade. Até lá...
 “A favor de vocês, manifeste Deus o seu poder! Mostra, ó Deus, o poder que já tens operado para conosco” (Salmos 68:28). Portanto devemos seguir nossa jornada aqui amando e servindo a Deus em intimidade.

Se você foi abençoado, abençoe também, não deixe de compartilhar.

“Ó talvez alguma vida possas alegrar,
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
No amor de Cristo,
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus

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