"Com Deus conquistaremos a vitória". Salmos 60:12a.
Na história da humanidade estão registradas batalhas épicas em que um exército de menor força saiu-se vencedor sobre outro mais poderoso. A Guerra dos Seis Dias. Guerra do Yom Kippur. Isso com certeza é uma proeza! Entretanto, creio que, antes de conquistarem a vitória épica, certamente tiveram que vencer um inimigo invisível: o medo. Seguramente o medo tomou conta daqueles corações ao verem a sombra ameaçadora do opressor sobre suas vidas.
Contudo os “filhos da
luz”, por vezes negligenciam sua filiação ao flertam com as “trevas”.
Se esquecendo de que a nossa força vem do Deus que é nossa fortaleza: “Finalmente,
fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus,
para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Efésios 6:10,11).
Uma das grandes “ciladas do diabo”, é nos fazer esquecer que
vivemos em um estado de guerra permanente, uma batalha de vida ou morte contra
o próprio diabo e seus anjos. Com isso tendemos a relaxar e depor nossas
armas. Armas que são fundamentais para nossa sobrevivência. Porque as emboscadas
do diabo não são um jogo de “War” entre amigos no fim de semana, nem uma
diversão que logo será esquecida, de forma alguma!
Este esquecimento nos faz
sucumbir diante das “forças espirituais do mal”, nos levando a negligenciar
os fundamentos da nossa fé; gerando o pecado que desagrada e nos afasta de Deus.
Por conta da nossa negligência agora nos vemos diante de uma situação de total
desgraça porque, diante das nossas iniquidades, a glória de Deus se vai e
sentimos o desespero cercando as nossas almas: “Tu nos rejeitaste e nos
dispersaste, ó Deus; tu derramaste a tua ira; restaura-nos agora! Sacudiste a
terra e abriste-lhe fendas; repara suas brechas, pois ameaça desmoronar-se.
Fizeste passar o teu povo por tempos difíceis; deste-nos um vinho estonteante”
(Salmos 60:1-3)
“Ó Deus, tu nos
rejeitaste”. Esta é uma situação pior do que ser derrotado
por seus inimigos, pois não há nada que cause mais danos na vida do justo do
que sentir-se abandonado por Deus; viver longe da Sua
presença. Essa terrível situação faz os “filhos da luz” clamarem:
“Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito”
(Salmos 51:11). Porque “Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo
definhava de tanto gemer. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim;
minha força foi se esgotando como em tempo de seca” (Salmos 32:3,4).
Por misericórdia Senhor “Devolve-me a alegria da tua salvação e
sustenta-me com um espírito pronto a obedecer” (Salmos 51:11,12).
A aparente “rejeição”
Divina provoca verdadeiros terremotos, prejuízos incalculáveis, que fazem o justo cambalear como se estivesse embriagado: “Fizeste passar o teu povo por tempos difíceis; deste-nos um vinho
estonteante” (Salmos 60:3). Então andando de maneira insegura são conduzidos
à derrota. Vale lembrar que a rejeição de Deus em relação ao Seu povo, muito embora
chocante, está em concordância com o caráter e os propósitos de Deus - “Deus
falou na sua santidade; eu me regozijarei, repartirei a Siquém e medirei o vale
de Sucote” (Salmos 60:6). A citação "na Sua
santidade" é um poderoso lembrete do caráter Santo de Deus e, do Seu
propósito para o seu povo. ELE quer que sejamos um modelo para todas as nações: ‘Gileade
é minha, Manassés também; Efraim é o meu capacete, Judá é o meu cetro. Moabe é
a pia em que me lavo, em Edom atiro a minha sandália; sobre a Filístia dou meu
brado de vitória!" Quem me levará à cidade fortificada? Quem me guiará a
Edom?’ (Salmos 60:7-9). ‘Tive preocupação com o meu santo nome, o
qual a nação de Israel profanou entre as nações para onde tinham ido. "Por
isso diga à nação de Israel: ‘Assim diz o Soberano Senhor: Não é por causa de
vocês, ó nação de Israel, que vou fazer essas coisas, mas por causa do meu
santo nome, o qual vocês profanaram entre as nações para onde foram. Mostrarei
a santidade do meu santo nome, o qual foi profanado entre as nações, o nome que
vocês profanaram no meio delas. Então as nações saberão que eu sou o Senhor,
palavra do Soberano Senhor, quando eu me mostrar santo por meio de vocês diante
dos olhos delas’”’ (Ezequiel 36:21-23).
Mas nem tudo está perdido,
ainda podemos pedir por socorro “Salva-nos com a tua mão direita e
responde-nos, para que sejam libertos aqueles a quem amas” (Salmos 60:5), pois “Não foste tu, ó Deus, que nos rejeitaste e deixaste de sair com os
nossos exércitos? Dá-nos ajuda contra os adversários, pois inútil é o socorro
do homem” (Salmos 60:10,11).
O pedido transicional dá lugar a uma nova e necessária abordagem.
A verdade é que “inútil é o socorro do homem”, portanto não
podemos esquecer que temos uma arma poderosa em nossas mãos: a oração “Salva-nos...; responde-nos...; liberta-nos. Dá-nos ajuda”. Isso nos faz lembra de que
para obtermos a vitória não precisamos derramar sangue de ninguém, basta fazer
a “ORAÇÃO DA FÉ”. Esta oração nos traz a memória que “todo
o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé” (1ª João 5:4). Tal esperança nos faz sair do meio da escuridão
pois “não somos da noite nem das trevas”, mas “filhos da
luz”. A fé é esperança viva, esperança confiante de que “Em Deus
faremos proezas; porque ele é que pisará os nossos inimigos” (Salmos
60:12). Com o auxílio de Deus, faremos coisas formidáveis.
Entenda uma coisa de vez: Deus é sua única esperança de vencer a batalha. Porque “Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a VITÓRIA, e a majestade, porque teu é tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos” (1ª Crônicas 29:11). Quando o inimigo de nossas almas nos ofende, ele está ofendendo o nosso Deus; quando nos desafia, está desafiando o Senhor dos Exércitos. Davi tinha esta confiança quando enfrentou o gigante Golias, “E Davi disse ao filisteu: "Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou” (1 Samuel 17:45).
Portanto
quando o inimigo vier contra você, lembre-se ele está indo contra o próprio
Deus. E mesmo que este inimigo seja a
própria morte, não devemos temer, pois é diante dela que teremos a vitória
final: "Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele
que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte
para a vida” (João 5:24); então mesmo diante de um inimigo tão voraz
podemos ter esperança confiante de que em Deus alcançaremos vitória, “Onde
está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1ª
Coríntios 15:55).
Com palavras doces em amor;
Ou talvez algumas almas tristes alcançar,
Com a mensagem do Senhor!” (Hino 417 C.C.).
Pr. José de Arimatéa Nascimento
Servo de Cristo Jesus
Comentários
Postar um comentário